Prólogo

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Jungkook

Abro a porta e me deparo com aquele olhar penetrante sobre mim, seus olhos caramelo transbordam confusão, olhar de quem não entende a mínima o que faz aqui em minha frente, o porquê de estar aqui, o porque logo ele, mesmo não entendendo, ao meu primeiro chamado se despencou de outra cidade para me ver.

Puxo seu corpo para dentro do apartamento sem ao menos o cumprimentar, encosto ele na parede e pressiono meu corpo contra o dele, um arfar surpreso sai de seus lábios, lábios esses que já estão entreabertos num convite perfeito para ser tomado por mim, e assim faço.

O beijo é totalmente desesperado, há tanta coisa num só beijo, tanto sentimento sufocado, tanto desejo retardado, tanta paixão que foi apagada a força, mas agora queima, queima de tal forma que sinto em meu corpo todo o calor, meu membro rígido friccionar contra o seu só me deixa ainda mais sedento, puxo suas pernas para minha cintura deixando ele completamente em meu colo, quando estou prestes a caminhar em direção a cama ele para o beijo e me encara.

- Ei, calma, o que i-isso significa? - Taehyung me perguntou ainda ofegante.

- O que ? - perguntei de volta sem entender a questão, ele me encara, como se quisesse ouvir algo de mim.

- Eu amo você, você me ama também ? - travei, não fazia ideia do que responder - Você me ama ? - ele insistiu.

- Se não sente nada por mim por que me chamou até aqui ? - ele se atirou de meus braços e se pós de volta em pé - Vamos, fale, o que sente por mim ? Você sente algo ? Você só quer me usar não é? Eu amo você, e você…

- Eu só quero sexo - eu o interrompi, ele me encarou atordoado.

- Diga, eu quero te ouvir falar que você não me ama - ele me encara de perto agora. - Vamos, fale, fale me olhando nos olhos.

- Eu odeio - eu mal havia terminado a frase seu rosto já está pálido e assustado - Odeio não conseguir deixar de pensar em você, eu odeio que você seja meu primeiro pensamento quando acordo, eu odeio me preocupar a todo instante com você, eu odeio desejar você noite após noite em meus braços, eu odeio sentir tudo isso, sabe por que ? - ele negou quase chorando - Por que eu não consigo direcionar esses sentimentos a outra pessoa e você só pisa neles.

- E-eu …

- Você vem, diz que me ama e foge de mim, some da minha vida para aparecer do nada, carente a minha procura, mas é só para me usar e agora que eu decidi fazer o mesmo você quer que eu me declare, você é tão engraçado, é um mesquinho, um egoísta, que só pensa em você mesmo, quando é comigo você deixa claro que é só sexo, nada mais…

- E-eu amo você, pare de falar essas coisas eu amo você - ele fala enquanto empurra meus ombros.

- E eu odeio, odeio tanto te amar, a ponto de não me amar o suficiente para te deixar no passado. - ele parou, seus olhos úmidos demonstram o quanto minhas palavras o machucaram, o queixo tremendo avisa o possível choro, então ele abaixa a cabeça.

- Eu sempre vou te amar, mas nem sempre estarei aqui. - então ele me dá as costas e sai pela porta.

Mais uma vez me deixa.

Mais uma vez me encontro sem ele.

Nossa história segue sempre os mesmo passos, reencontrar, amar, brigar e se despedir, sempre assim.

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