Capítulo 4.

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Acordo as 6:30 com meu despertador tocando, faço minha higiene matinal, tomo banho, escovo os dentes, arrumo meu cabelo, coloco um vestido florido e uma sapatilha rosa.

Desço pra tomar café da manhã, e encontro lá a minha família.

Eu: Bom dia, família linda.. -Digo sorridente -

Mãe: Bom dia filha, que felicidade toda e essa, hein? -pergunta curiosa -

Irmã: Bom dia, maninha. - diz sorrindo -

Padrasto: Bom dia, Dani. - diz sonolento -

Eu: Sabe mãe, resolvi seguir seu conselho! - digo, e minha mãe sorri pra mim, enquanto Renato nos olha curioso -

Mãe: Que bom filha, fico feliz! - diz ela, entusiasmada -

Padrasto: Será que eu posso saber qual foi o conselho que causou essa alegria na casa? - pergunta, divertido -

Eu: Sair pra curtir e esquecer o passado - digo lembrando da conversa de ontem a noite com minha mãe -

Padrasto: Ah sim - diz simples, já sabendo de que tipo de passado eu me refiro -

Eu: Família, o papo está ótimo, tenho que ir logo, ou chegarei atrasada. - digo levantando-me da mesa e dando um beijo em cada um -

Conecto o fone ao celular e vou ouvindo Outside - Calvin Harrs Ft. Ellie Goulding. Chegando lá, encontro meus amigos no lugar de costume e vou até eles.

Fabrício: Oi, gata. Beleza? - diz me abraçando -

Eu: Oi, gato. Beleza e você? - devolvo a pergunta e o apelido ridículo, - risos - -

Ray: Oi, Danielle. Bom Dia, estou ótima e você? - ironiza minha amiga -

Ju: Oi Danielle. Também estou ótima, obrigada. - gente, o que aconteceu com essas duas hoje? -

Eu: Nossa. - digo, meia confusa. E logo depois que as comprimento, o sinal toca. -

Fabrício: Vamos, o sinal já tocou.

Fomos cada um para a sua respectiva sala, e ao chegar na minha, dou uma breve olhada pela mesma e encontro Daniel, vou em direção a ele, e sento-me na cadeira vaga que tem ao seu lado.

Eu: Oi, Dan. - digo, assim que sento-me confortavelmente -

Dan: Oi Dani, tudo bem? - pergunta olhando-me brevemente -

Eu: Tudo sim, e você? - retruco -

Dan: Estou bem. - diz, e olha para a porta na qual a professora acaba de entrar - no intervalo nós conversamos melhor, a professora pode nos expulsar ou brigar, e isso é o que eu menos quero - diz, e eu somente assinto enquanto rio baixo, do jeito certinho dele -

Não prestei muita atenção na aula, sei que depois terei de correr atrás da matéria e procurar entender, afinal o professor já marcou o dia do teste. Mas foi impossível, já que estava pensando na situação do Dan, me perguntando o por que de ele sofrer sozinho, acuado, e o por que de ele não procurar o apoio de alguém.

O sinal toca - finalmente, já estava na hora - arrumo meu material sem pressa, para que os alunos afobados saiam primeiro, até que sobram eu Daniel, e alguns outros poucos alunos na sala.

Eu: Dan, posso te fazer uma pergunta? - murmuro, pra que só ele me ouça -

Dan: Claro, Dani. - responde-me e ajeita o óculos em seu rosto magro -

Eu: Por que você deixa as pessoas te humilharem? - percebo rapidamente que ele fica desconfortável. Droga! Eu e minha boca grande. -

Dan: Porque será pior. - diz ele com calma - Já tentei mudar, responder à altura das ofensas, das zoações, mas sempre piora. Então eu desisti, entende?! Desisti de tentar me vestir como um adolescente normal, fazer coisas que normalmente vocês fazem. Eu cansei de tentar fazer coisas normais e mesmo assim continuar apanhando, e ouvindo ofensas, e gracinhas de todos os tipos. - ele fala tudo de uma vez, sem pausas, como se estivesse finalmente, desabafando e colocando tudo o que lhe encomoda pra fora. -

Danielle.Onde histórias criam vida. Descubra agora