Capítulo 1

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A necessidade pela busca de algo é como a nossa necessidade de respirar, principalmente pela busca do que já foi nosso e se perdeu.
Meu nome é Avery Carter, tenho quase 18 anos, sou de Michigan, moro na cidade de Lansing. Há dois anos meu irmão chamado Brad desapareceu, de repente, quando menos esperávamos. Ele participou de uma excursão para um acampamento no litoral de Detroit por duas semanas e nunca mais tivemos notícias dele. Essa excursão reunia diversos formandos de várias cidades vizinhas e muitos dos que foram também desapareceram. Desde então, isso tornou-se um grande mistério para toda nossa família e também para os familiares dos desaparecidos.
Minha mãe sofreu muito com sua perda. Na verdade foi muito doloroso para nós duas. Para ser sincera, ela luta para acreditar que ele está morto, para que tudo se torne menos doloroso. Mas eu tenho esperanças! Para mim ele está vivo! E eu não vou lutar para acreditar em algo que não faz sentido para mim! Ele está vivo. Posso sentir! E não vou desistir de procurá-lo.
Já foi difícil quando minha mãe perdeu meu pai. Ele morreu antes mesmo de eu nascer, mas passei a vida toda a ouvindo falar o quanto ele fazia falta, o quanto doía ficar sem ele. E não posso me acomodar na ideia de que perdemos meu irmão também!
Na época de seu desaparecimento, comecei a me esquecer dos estudos e ir mal na escola.
Agora, estou em minhas últimas semanas de aula na Academia Haller. Após me formar terei que me decidir sobre alguma das profissões que estou em dúvida. Admito que me sinto um tanto pressionada com tudo isso.
Gosto muito da Haller, porque as pessoas de lá são muito gentis, exceto... Uma garota da minha sala chamada Julie que é uma tremenda esnobe e egoísta que sabe como tornar a vida das pessoas um verdadeiro inferno. Ela me odeia sem motivo algum, nunca fiz nada a essa garota, pelo contrario, já até tentei me aproximar mas Julie prefere ter inimigos em vez de amigos. Certa vez, minha caneta caiu no chão, bem longe de mim e bem perto dela, pedi por favor para que pegasse para mim, ela levantou, foi até a minha carteira e jogou todo o meu material no chão.
Também posso relembrar o dia em que meus melhores amigos Steven, Peter, Shaylin e eu estávamos no corredor do colégio, guardando nossas coisas no armário após a aula, quando surge Julie no meio da multidão vindo em direção a nós com um copo de suco na mão, nesse momento eu já sabia que ela ia fazer alguma coisa para nos provocar e fez.
Passando por nós, fingiu tropeçar derramando todo o suco na roupa de Shay, sem motivo algum, afinal Shaylin é aquela pessoa que todos adoram. E também teve aquela vez em que ela... Bem, acho que vocês já entenderam!
Só sei que agora vou ignorar essa garota, pois não mereço me estressar por ela. Sei que ela não merece a minha atenção. Tenho tantas outras coisas que são realmente importantes para me preocupar, como por exemplo achar um jeito de encontrar o meu irmão. Preciso encontrá-lo, custe o que custar. Tem uma magia, uma coisa, que me faz sentir que ele está vivo, está bem e essa mesma coisa tem o poder de me atrair até lá. Até onde ele foi acampar. Assim que eu tiver oportunidade, vou para lá.
Admito que as vezes escuto vozes, tenho sonhos ou visões me guiando até lá.
As vezes me vejo embaixo d' água, vejo um trem, pessoas desconhecidas, um casal, flashs de asas, cachoeiras, colinas e coisas inexplicáveis.
As vezes eu só queria saber o que significa...

Em busca pelo perdido || Theo James. Onde histórias criam vida. Descubra agora