Capítulo I

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Mansão dos Partridge Moormeier –
Berlim, Alemanha.
Dois meses depois, 01:17 p.m.

Dois meses já haviam se passado desde a fuga dos três irmãos. A adaptação dos mesmo na Alemanha estava sendo – até então – tranquila. Estar morando com a mãe e o pai deixava tudo ainda mais fácil. Os primeiros dias foram, sem dúvidas, os mais difíceis. Não só para eles em si, mas para toda a família.

Durante muitas noites eles acordaram assustados, em virtude de alguns pesadelos. Ninguém realmente sabe quais são os motivos para eles, ou como eles são. Claro, todos desconfiavam de algumas coisas, entretanto não tinham certeza, e ainda assim, preferiram não pressioná-los a contar. Seria melhor esperar até que quisessem ou estivessem bem para contar.

Bem, com exceção dos pesadelos, de resto estava tudo muito melhor do que imaginavam. Payton há muito não teve nenhum pico de raiva, já que não tinha ninguém para fazer com ele se descontrolasse. Louis havia voltado a sorrir mais, seus olhos estavam um pouco mais brilhantes, comparado a quando havia chego meses atrás.

E Aidan havia progredido. O mesmo não agia mais como uma criança, agora agia quase como seus irmãos: como um simples adolescente de dezesseis anos. Ele também havia começado a tomar remédios e fazer exercícios, que foram recomendados pelo médico da família, os quais o ajudavam a fazer coisas simples como se manter em pé por um tempo, sem que caísse desmaiado de repente.

Estava tudo normal. E mesmo que a normalidade deles significasse um Louis totalmente irritado pelas pegadinhas de Payton e Catarina, e um Aidan vermelho de tanto rir fingindo que não foi cúmplice de nada, ainda estava normal, resultando em uma muito estranha e engraçada briga, estava normal. Era sem dúvidas uma normalidade caótica, mas, bem, eu disse normal e não calmo, certo?

[...]

Todos estavam reunidos na sala. Alison havia chamado todos para uma reunião "de última hora". A mulher de pele morena e cabelos pretos enrolados na altura de sua cintura, andava de um lado para o outro no meio de todos. Seus olhos incrivelmente escuros sempre indo em direção a porta.

Arthur não estava ali. Ele havia saído fazia meia hora, dizendo que ia buscar algo especial. Mas pelo seu tom de voz e sorriso, todos concluíram que seria alguém e não algo em si. Quando seus olhos mais uma vez foram em direção a porta, Payton grunhiu entediado e levemente irritado com todo o suspense.

– Mamãe, estamos aqui desde que o tio Arthur saiu, e a senhora não para de andar de um lado para o outro, estou ficando tonto com isso. De verdade. – Reclamou cruzando os braços.

Alison não respondeu, apenas revirou os olhos, continuando a ir de um lado a outro na sala de estar. Payton jogou a cabeça para trás e fechou os olhos.

– Tia, porque estamos aqui exatamente? – Louis perguntou o que tanto queria saber.

– Estamos esperando seu pai chegar. – Alison respondeu sem olhar diretamente para ele.

– Mas não seria muito mais fácil nos chamar quando ele tivesse chegado? Ou perto de chegar, pelo menos? – Louis questionou.

Não que ele estivesse realmente incomodado em ficar ali, da mesma forma em que Payton está, porém o silêncio e a demora já está lhe dando um pouco de sono.

– Lou tem razão, minha bunda já deve estar quadrada pelo tempo que estou sentada nesse sofá. –  Catarina resmungou fazendo uma careta.

– Se esse for o problema, levanta-se então. Eu não estou impedindo nenhum de vocês de ficar em pé. – Alison rebateu.

Aidan que até então estava em silêncio deu uma alta risada cheia de fôlego. Catarina e Louis se entreolharam com as testas franzidas. Payton levantou a cabeça para dizer algo, mas foi interrompido pela porta principal abrindo.

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⏰ Última atualização: Dec 22, 2021 ⏰

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