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!ੈ♡‧₊˚ ❛ ── #𝐋𝐈𝐀𝐌: ❝diga-me, onde erramos? deveríamos estar cantando canções de natal, em vez de gritar a noite toda, como fazemos. continuamos lutando na rua, quando deveríamos estar em casa embrulhados nos lençóis, colocando presentes debaixo da árvore para mim e você.❞⌇🎄¡
A NEVE CAÍA DO CÉU em pequenos flocos brancos, preenchendo as janelas e os telhados das casas da cidade. Fumaça saía pelas chaminés e, em meio a tanta alegria e amor que apenas o espírito natalino era capaz de trazer, uma família em particular dentre todas as outras estava inteiramente reunida para celebrar a alegria do Natal, em uma casa gigante e bastante afastada de todas as outras da vizinhança.
Dentro da enorme casa, a lareira estava acesa e o fogo crepitante fazia a madeira estalar de tempos em tempos ao lado da exageradamente grande árvore de Natal brilhante, adornada por uma centena de decorações na esquina direita do cômodo amplo. Quinze crianças estavam sentadas no gigantesco tapete entre os sofás e a lareira, todas tinham cada uma sua própria e diferente identidade demarcadas por suas meias de natal penduradas na lareira, cada uma com difusos tamanhos, cores e desenhos feitos por eles, bem próximas umas das outras juntas as de seus pais até que não houvesse mais espaço no parapeito da lareira, idades que mudavam de uma para a outra e pijamas com tema natalino coloridos, todas com as pernas cruzadas e olhares ansiosos para a mulher alta e esguia de longos cabelos negros e enormes olhos castanho escuros que adentrava o ambiente com uma bandeja de biscoitos amanteigados com decoração natalina e xícaras cheias de chocolate quente com marshmallows para os pequenos “duendes” sentados no chão.
Depois de servir à todos e se sentar, a mulher de aparência jovial que ainda tinha aquele rosto macio de vinte anos sorriu para os sobrinhos, os netos e os irmãos e pegou seu filho no colo, o mais novinho dentre todas as crianças, com cabelos ruivos, pele morena e enormes olhos âmbar cintilando preguiçosos para sua mãe, enquanto agarrava seu ursinho de pelúcia amarelo com mais força para prestar total atenção na história que ela contaria em seguida. Os outros parentes na casa, provavelmente já dormiam, restando apenas o vovô e a vovó na cozinha, preparando mais chocolates para as crianças na sala de estar e ouvindo a história que sua mais velha filha estava prestes a narrar.
— Esta história aconteceu há muitos anos atrás, quando nem mesmo eu era nascida ainda. Foi numa época assim como esta, em uma antevéspera de Natal que um jovem do pequeno vilarejo de East Shire decidiu sair, entre a neve e o frio congelante para procurar o seu amor que havia saído depois de uma briga e não voltou para ele já fazia muito.
