Capítulo Único

505 70 13
                                    


Notas: Antes de qualquer coisa, eu quero desejar um Natal mágico a todos vocês! Aproveitem o espiríto festivo desta data maravilhosa!

Boa leitura!

-


Qual é a forma mais romântica de comunicação? E por que ela parece tão pausada no mundo atual? Qual o sentido de estarmos tão ocupados com nossas corridas diárias, sendo que nem tempo para amar existe mais? E qual é o real significado do Natal?

Tantas perguntas loucas por suas respostas em nossas mentes, e quanta dor nos corações partidos desses jovens abrangentes. Remus já estava cansado de procurar pelas respostas e significados para aquela data que escalava até chegar nas mentes de todos. E também estava cansado de limpar aquela neve escorregadia e congelante que o impedia de sair para fora de seu pequeno chalé.

Mas não era como que se ele tivesse um lugar para ir. Quer dizer, ele tinha, mas era idiota de qualquer maneira. A neve de setenta centímetros deveria estar o impedindo de cometer uma grande besteira.

Ora, o Natal estava chegando, e até Remus havia sido picado pelo mosquitinho irritante da data. Ele tinha uma carta para entregar, e, se não chegasse a tempo no correio, aquele pedaço de papel nunca seria entregue a Severus Snape antes do Natal.

Maldita neve!

A pá já estava torta, e suas malditas mãos estavam prestes a cair. Nunca conseguiria tirar aquela neve há tempo, e isso era o que mais o incomodava.

Ele taca a pá na neve com raiva, e um bufo alto se solta de seus lábios. Ele estava cansado, completamente cansado e frustrado.

--Precisa de ajuda?

Ele poderia ter tido um infarto, mas não fora isso que aconteceu. Seus olhos apenas se arregalaram, e um som gutural de completa alegria e surpresa se soltou de sua boca (muito mais de surpresa). Ele não podia acreditar no que estava vendo em sua frente, nem na voz baixa e rouca que havia escutado.

Remus limpa os olhos com as luvas, os fechando, tendo plena certeza que aquilo era muito bom para ser real. Quando tornou a abri-los novamente, a pessoa que via ainda estava lá, perfeitamente visível.

Aquilo não podia estar acontecendo... Aquela pessoa não deveria estar aí em carne e osso.

Ele tinha muitas perguntas para fazer, mas com seus olhos arregalados e a surpresa, a única coisa que saiu de sua boca foi uma pergunta grossa e desnecessária, já que a visita inesperada diria de qualquer jeito:

--O que você está fazendo aqui?

Era Severus Snape em carne e osso, olhando em sua direção com um sorriso estranho. Anos que eles apenas trocavam correspondência, desde o fim da escola, por não quererem acabar com a amizade estranha que nutriram com os anos. A distância que os separavam era enorme, mas de alguma maneira Severus havia a quebrado.

--O que eu estou fazendo aqui?--Severus repete a pergunta, o provocando.--A época de Natal é mágica, é possível sentir a felicidade. Eu andei pensando em você... Precisava vê-lo.

Mais nada... Severus pensava nele, havia viajado quilômetros somente para vê-lo. O coração do jovem homem pula uma batida, e um sorriso de tirar o fôlego toma conta de seus lábios.

Ele estava aí... Estava aí mesmo. Seu mau humor vai embora com um sopro.

Severus estava corado pelo frio, os olhos pregados na neve alta. Ele não sabia como ajudaria Remus a tirar toda aquela neve, mas ele seria movido pelo desejo que sentia... O desejo de se aproximar do corpo de quem o fitava.

Surpresa de Natal-SnupinOnde histórias criam vida. Descubra agora