OS ARTEFATOS CELESTIAIS: a maldição do sol e da lua

CAPITULO 2: a caverna da lua

  Dois dias depois. Em um vilarejo extenso Noah morava, um garoto de cabelos acinzentado, sua pele era bem branca e usava roupas tradicionais daquela época, estava com uma jaqueta azul escura até o chão, parecia um couro bem resistente e uma calça de couro preta, brilhante. Com a morte de Ayla os demônios estavam dominando a terra novamente. Noah era um garoto confiante e as vezes bem chato com as palavras. Ele e sua mãe chamada Zoe, sempre fugiam dos demônios que atacavam a vila, sempre à procura de algo. Em sua casa, olhando para o reflexo do seu rosto em uma tigela de água, Noah perguntou para si mesmo:
  - Quem sou eu? Qual é o meu propósito? Meu passado, tudo é tão confuso. Será que eu tenho algum propósito na vida.
Tudo começou a tremer, a tigela rachou e desesperada sua mãe entrou na casa e disse:
- Filho!  Já começou. Temos que ir para as cavernas.
  — Então vamos mãe. Disse Noah correndo em direção à porta.
    Zoe, a mãe de Noah, sentiu uma vibração muito forte, o que fez com que a mesma se apoiasse na parede feita de madeira, sentindo um arrepio disse:
— Filho, você é especial. Se algo acontecer, não olhe pra trás. Siga seu caminho. —  disse com os olhos cheios de lágrimas.
  Uma espécie de garra atravessou a parede dilacerando o coração de Zoe que em um piscar de olhos veio a falecer.
- O que é isso? Mãe? Não me deixe. – disse Noah com os olhos repletos de lágrimas. Seu corpo estava totalmente trêmulo.
   Não tinha outra opção... viver ou morrer? Essa era a realidade daquele pobre vilarejo. Com seu olhar coberto por lágrimas, seu coração gelou e Noah se viu no direito de seguir o que sua mãe previa. Ele era especial! Suando muito frio, Noah fugiu para uma floresta escura e densa correndo sem direção alguma, tudo pela sobrevivência. Naquela noite Noah podia jurar que os céus choravam. Tempestades furiosas brigavam nos céus, relâmpagos e trovões se entrelaçavam no céu repleto de escuridão.
Com o amanhecer, Noah sentiu uma forte dor em seus ombros, abriu seus olhos, estava tudo muito escuro levantou-se daquele chão impregnado de neblina e viu um brilho de luz que se parecia com um farol, andou na mesma direção e ao chegar, deparou-se com sua Villa toda queimada, as casas estavam totalmente destruídas, sangue por todo lado pintava as gramas que antes eram verdes, e o chão que agora ganhou um tom avermelhado. Noah foi até sua Casa e viu que a mesma estava completamente destruída, naquele momento, um turbilhão de emoções veio à tona, as lágrimas corriam por seu rosto. Naquele momento começou a retirar todas as tábuas que estavam cobrindo o corpo de sua mãe morta. Noah apoiou seus joelhos no chão e chorando disse:
   — Mãe! Por que você? Suas mãos estavam no chão e Noah de lembrou de que sua mãe sempre o fez forte. Ele retirou forças das palavras que sua mãe falou e se levantou, fechou sua mão fortemente e disse.
   — Não é hora para olhar no passado. Seja forte Noah. — ele disse a si mesmo e deslizou suas mãos calmante em seu rosto.
   Noah pegou sua mãe morta no colo e a enterrou embaixo de uma árvore de pinheiro. Andou por dias e mais dias atrás do seu destino, quase congelando, Noah achou uma cabana perto de uma extensão de árvores coberta de neves.
  Com receio, chegou se até a cabana e bateu. Em alguns segundos um velho com roupas brancas, de pura seda, que cobriam seu corpo até o chão e com os olhos brancos, abriu a porta. Perguntou a Noah:
  — Você? O que um garoto como você faz aqui?
— O quê? Você me conhece? Questionou Noah.
— Qualquer pessoa como eu, sabe quem você é. Você é o destino do mundo! Só você pode acabar com esses demônios. — Disse o velho olhando para Noah  com um olhar firme. 
— Como assim? Do que você está falando ? Eu não sei do que você  está falando. — ele disse, mas no fundo sabia que tinha uma ponta de verdade.
     — Não precisa fingir que nada aconteceu. Vá até a Caverna da Lua, perto das Montanhas do Norte. Lá você vai encontrar uma coisa que poderá lhe ajudar. —Respondeu com sua voz roca.
  Sem pensar duas vezes, Noah saiu correndo para o norte foram três dias caminhando na neve massiva comendo somente oque achava no meio do caminho. De longe ele viu uma caverna brilhante, algo se esvaia dali que Noah não podia explicar, quando chegou, Símbolos da lua desenhados nas paredes deixava o lugar mais misterioso.
   — Será que aqui estão as respostas para todos os meus problemas? — ele pensou.
   Entrando em um labirinto, Noah  viu uma fonte circular, água caia nela feito uma cachoeira. Noah rapidamente foi para beber um pouco, parecia deliciosa aquela água azul, mas Quando colocou sua mão, a água não a molhou e sim um brilho se esvaiu Dali.  saiu um grimorio velho com a capa de couro em tons avermelhados. Noah pegou o livro em suas mãos, era pesado e chamativo. Ele folheou as páginas velhas e começou a ler. O livro falava sobre toda a história dos antepassados, famílias antigas , clãs, feitiços, necromancia, runas antigas. A informação ali era quase infinita. Em algumas notas de roda pé também falava sobre uma guerreira que lutava contra criaturas das sombras a mais de trezentos anos atrás. O coração de Noah começou a palpitar fortemente, era adrenalina por saber que as histórias que sua mãe contava era tudo verdade.
   — Toda a história que circulava era verdade! Incrível, essa sensação.
    No final do livro, Noah achou uma carta presa em um frasco, aparentemente de uma substância vermelha. Era sangue. Ele pegou uma carta escrita por Ayla presa ao frasco de sangue.
“Se você estiver lendo esta carta, eu presumo que você saiba o que está acontecendo e por quem fui morta. Eles venceram... aqui deixo o meu legado, minha vontade. Um anjo me ajudou, você é de uma das famílias mais poderosas do mundo.
Há uma profecia nos envolvendo, um erro no passado tornou nossa família quase extinta, eu previ que você nasceria trezentos anos depois de mim. Eu não consegui quebrar a maldição, cabe agora a você. O destino do mundo tá nas suas mãos.
Noah..moonshine”                                                                                                                        Ayla século XVI
   
Noah pegou o frasco contendo o sangue de Ayla e, assim que tocou aquele líquido em seus lábios, os olhos azulados acenderam como se fosse o brilho de um farol. Noah teve uma visão de um dos anjos que a ajudou no passado. Tudo era só luz.
— Olá Noah sou Gabriel, um dos anjos que ajudava Ayla no passado. Eu estou aqui porque você me chamou, então posso presumir que você quer cumprir a missão de Ayla, a missão de quebrar a maldição que foi colocada em conjunto com sua família.
— Quero quebrar todas as maldições, quero que o mundo saia da escória dos demônios. Aconteceu algumas coisas e quero fazer algo a respeito. — Respondeu Noah apertando seu punho com a outra mão, com sua voz sempre calma e serena.
    — tudo começa com meu irmão. Samael. Ele é muito forte e a acredito que todos os demônios estão conjurando magia. A magia que eles conjuram é mais primitiva e poderosa, ela vem do inferno, da quarta camada.  Então... irei presentear você com minha arma. Ela pode curar qualquer ferida e despertar poderes adormecidos.
— Pessoas como eu... Também podem conjurar magia?
          — Sim e não. Alguns humanos tem dons de conjuração mas, ela só se manifesta em certas ocasiões. Agora...deixe as perguntas para depois, irei te contar uma pequena história. 

“Há alguns séculos existiam centenas de anjos no Reino celestial. Os anjos de classe baixa, cuidavam de coisas como vocês humanos. Anjos de classe média, tomavam conta da segurança do Reino Celeste. Já, nós, os anjos de classe alta, somos guerreiros, fomos nomeados como os 7 arcanjos, somos guerreiros únicos. Eram mais arcanjos, mas muitos se rebelaram e foram expulsos dos céus. Samael também era um arcanjo de classe alta, ele lutava ao nosso lado, mas tinha muita fome de poder. Descobrimos seu plano, ele fugiu e se juntou a Lilith. Prometendo vingança, caiu na terra junto com centenas de anjos espalhando sua escuridão.  A mando das forças divinas, Ayla foi salva por Uriel e desde então ela lutou contra eles. Mas agora cabe a você cumprir o destino traçado por Ayla. 
— Que passado obscuro. E eu nem fazia ideia de que tinha acontecido tudo isso no mundo, por causa de um anjo caído.
  — Seguindo a mesma estrada em direção ao norte você vai demorar mais ou menos uns 10 dias para chegar ao lago onde eu escondi o artefato que lhe darei. Esteja lá até o meio dia.
  — Agradeço. Vou livrar esse mundo dos demônios. Escreva. — disse Noah com o rosto fechado e convencido de que conseguiria.
   Noah acordou no chão da caverna, caído com bastante frio