Toko

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Toko Kimimura, havia acabado de completar 13 anos mas ainda não era uma "garota normal" como dizia algumas pessoas da aldeia onde morava com seu pai, Takegura Kimimura o ex general do exército dos samurais reais Takegura assim como qualquer outro pai era bem atencioso e carinhoso com sua filha e bem ciumento, e ele não se importava muito com oque as pessoas da aldeia diziam.

- Outra vez lendo Toko?

Perguntava Takegura a Toko que estava sentada na varanda de sua casa lendo um livro sobre uma mulher que atravessou o oceano em 1 semana.

- Pai esse livro se torna melhor a cada página que leio... É incrível!

Dizia empolgada a garota que segurava o livro aberto em mãos, era comum Takegura voltar de uma pescaria matinal e ver Toko na varanda lendo e esquecendo o mundo a sua volta, Toko havia ganhado o livro de seu pai no dia do seu aniversário dia 4 de março.

- já está ficando tarde Toko o sol descansou e a lua já vai chegar, agora pelos deuses vamos entrar e jantar está bem?! Depois você pode continuar sua leitura.

Assim os dois entram em casa e Takegura prepara o jantar, a mãe de Toko havia morrido após o nascimento da garota o parto havia sido difícil e desde lá Takegura faz seu papel de pai solteiro e até mesmo deixou o seu posto de general para cuidar de sua filha.

- depois que eu saí para pescar, oque você ficou fazendo além de ler lótus?!

Lótus era um apelido que o pai de Toko havia colocado nela após seu nascimento, pois o mesmo dizia que sua pele era tão branca e delicada que nem uma flor de lótus.

- tentei fazer alguns penteados no cabelo, fiz alguns desenhos e fracassadamente fui caçar borboletas mas acabei caindo e não peguei nada.

Takegura ria enquanto servia o jantar, o mesmo logo zomba com a mão no rosto.

- não me diga que você caiu no riacho de novo, eu já disse várias e várias vezes você não leva jeito... Lembrei quando você tentou uma vez pegar uma lebre e acabou tropeçando e caindo numa poça de lama.

Toko um pouco irritada fala quase rindo dela mesma.

- aquela lama demorou... Pra sair do meu cabelo, isso não teve graça.

Após o jantar e após uma boa e longa conversa Toko e Takegura vão dormir, já era meia noite e era de costume Toko dormir naquele horário mas naquela madrugada Toko acordou e percebeu que seu pai estava saindo curiosa ela resolve seguir ele e após andar no máximo 30 minutos ele para no riacho onde ele costumava pescar.

- até onde eu sei o pai nunca pesca a essa hora.

Pensava Toko vendo seu pai lá parado parecia que esperava alguém, até que alguns samurais aparecem e Toko pode identificar que aqueles eram samurais imperiais.

- já se faz 10 anos desde que você deixou seu posto Takegura tudo isso por conta de uma garotinha.

Dizia um dos samurais que estava ali mas Takegura não dizia nada além de parecer analisar os 2 samurais ali presente.

- não mudou muito... Você ainda continua forte e sério mas ao que vejo não porta aquela sua espada que você tanto tinha ciúmes, pelo menos é oque os rumores diziam ao seu respeito.

Takegura respira fundo e solta o ar olhando para trás, logo o samurai que havia acabado de falar com ele estala os dedos e Toko é pega por outro samurai que a segurava pelo braço.

- ME SOLTA, ME SOLTA PAI ME AJUDA POR FAVOR.

Takegura não expressa reação e retoma o foco para o samurai a sua frente que retira sua katana da bainha.

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