Olá, desculpe pela demora. Estou em fim de semestre e é sempre uma loucura. Enfim, espero que gostem <3
...Os olhos curiosos encaravam o grandioso horizonte cheio de flores. O campo verde sem fim encontrava-se com o azul do céu de maneira harmoniosa e grandiosa causando em seu peito uma confusão de sentimentos. O cabelo de mechas loiro morango agitavam-se à medida que o vento vinha cada vez mais forte. Os pés descalços começaram uma caminhada por entre as flores. A sensação da pele em contato com as plantas causava cócegas à mulher fazendo-a sorrir. Um sorriso puro que há muito não tinha dado.
O sol destacava a pele pálida tornando-a brilhante e depois de alguns minutos tendo apenas o verde e o colorido das flores em sua visão, a ruiva prendeu a respiração ao notar uma mulher sentada sob uma grande árvore verde. Apenas o cabelo castanho ficava em evidência e assim como o dela, balançava levemente. Os raios solares faziam-na parecer quase celestial. Logo a dona dos olhos esmeralda entrou em um grande conflito: Ela deveria ir falar com aquela mulher ou apenas ficar observando-a?
- Ora, mas é claro que irei falar com ela - Falou após alguns minutos em uma nova onda de determinação. Mas até que não seria de todo mal ficar apenas olhando-a - Pensou enquanto inclinava a cabeça um pouco para o lado direito em total curiosidade sobre a figura de cabelos volumosos.
Após longos segundos de genuína admiração, a ruiva finalmente retornou ao seu juízo e resolveu perguntar quem era aquela forasteira que invadiu o seu... sonho?. Com passos firmes na grama macia, a mulher de pele de porcelana chegava mais perto do seu alvo decidida a tirar satisfações. Seriam apenas mais alguns passos e... Um abismo negro e profundo surgiu no chão, antes preenchido por flores, sugando-a para baixo e batidas pesadas invadiram seus ouvidos.
As pálpebras se abriram revelando os olhos verdes assustados. Seu coração estava acelerado e com uma mão no local sentou-se em um pulo na cama. Um suspiro pesaroso escapou de seus lábios ao perceber que aquilo realmente não havia passado de um sonho - Um sonho tosco e sem fundamentos - Pensou ouvindo novamente aquelas batidas infernais.
- Entre logo - Reclamou com a voz um tanto rouca, vendo no relógio de cabeceira que já eram 10h da manhã e pegando o robe de seda jogado sobre a cama, vestindo-o sobre a camisola preta.
A porta logo foi aberta revelando uma adolescente loira. A ruiva que já estava de pé abrindo as grandes cortinas do quarto, controlou-se para não revirar os olhos ao virar-se em direção da adolescente e com o cenho franzido apenas observou os trajes da garota, que não passavam de shorts jeans e uma regata. Ela não tinha de ir à escola?
- Oi tia Zee, sou eu - Falou sorrindo e Zelda pensou no quanto odiava pessoas felizes pela
manhã.- Estou vendo Sabrina - Comentou indo para o closet a fim de escolher uma roupa para começar o dia.
- Hoje você acordou bem tarde! Estou há quase 10 minutos batendo na sua porta - Fez uma pausa - Não sei porque não abri log...
- Fico feliz que não tenha aberto sem minha permissão, Sabrina - Falou interrompendo a loira - E sim, eu realmente estava muito cansada e por isso resolvi ficar um pouco mais na cama.
- Ah sim... A tia Hilda já estava com medo de você ter pego algum resfriado ou sei lá.
- Bobagem! Agora desça e diga a ela que está tudo bem e que logo descerei - Concluiu praticamente empurrando a garota para fora do quarto. Ela amava sua sobrinha, mas era manhã e Zelda simplesmente não suportava ser incomodada tão cedo.
***
Zelda fez suas higienes pessoais pensando no sonho estranho que tivera. Ela se questionava quem era a mulher de cabelos charmosos e o que aquilo significava. Ela dificilmente sonhava com outras pessoas e por isso estava de fato muito intrigada com aquilo, mas resolvendo deixar de lado, desceu as escadas, chegando na cozinha, notando que apenas Hilda estava no local. A mesma estava ocupada desinformando biscoitos e por isso ainda não havia notado a sua presença..
- Onde está Sabrina? - Quebrou o silêncio enquanto servia para si um pouco de café. A
mais nova deu um pulinho devido ao susto que a voz de sua irmã causou. Zelda franziu o cenho tentando segurar um sorriso. Sua irmã conseguia ser hilária às vezes.- Oh... Bom dia Zelda. Ela saiu com os amiguinhos da escola - Falou com um sorriso virando para olhar para a irmã que já estava sentada à mesa - Você quer alguma coisa?
- Não Hilda, obrigada! - Bebericou um pouco da bebida e pegou o jornal que estava a sua frente - Para onde ela foi? - Perguntou enquanto lia uma matéria, que considerou tola demais para estar em um jornal.
- Ela foi ajudar a organizar a festinha que vai ter hoje.
- Festa? Em dia de semana? - Estranhou ainda olhando o grande papel em sua mão - Quanta matéria ruim.
- Hoje é domingo, Zelds - Hilda falou olhando-a desconfiada.
A ruiva apenas acenou sem interesse e continuou sua leitura. Em uma página havia uma matéria informando algumas benfeitorias que o novo prefeito vinha fazendo e Zelda sentiu a necessidade de revirar os olhos verdes vendo tamanha bajulação sobre aquele sujeitinho
corrupto. Ela estava tão concentrada em sua indignação que mal percebeu Hilda sentando-se à sua frente na mesa com uma expressão apreensiva.- O que aconteceu, Hilda? - Perguntou deixando o jornal jogado na mesa e bebendo mais um pouco do café.
- É que... Bem... Se você não tiver problemas em ficar sozinha... Eu também vou sair. O Cerberus me chamou pra ir para a igreja com ele - Respondeu gaguejando. Ela até parecia
uma adolescente insegura falando assim. Zelda elevou ambas as sobrancelhas fazendo com que a loira se sentisse ainda mais intimidada. No fundo, ela achava muito fofo o relacionamento de sua irmã com o homem gentil.- Eu não tenho problemas nenhum em ficar sozinha. Pode ir.
O sorriso iluminado que surgiu na loira causou a Zelda uma pontinha de felicidade. No fundo, ela tinha um pouco de pena da irmã, que ao contrário dela nunca teve coragem o suficiente para rebelar-se contra seus pais religiosos. A ruiva podia estar frequentando a igreja e seguindo suas diretrizes agora, mas durante sua adolescência fez tudo que tinha vontade e não se arrependia nenhum pouco, mesmo tendo ouvido brigas todos os dias de sua juventude.
- Zelda - Hilda interrompeu seus pensamentos - Também queria te falar da reunião de pais e mestres que vai ter no colégio Baxter amanhã. É que eu vou ter que ir pra loja no horário marcado.
- Ah não Hilda. Você sabe que minha única exigência quando começamos a criar Sabrina
era que eu jamais teria de colocar meus pés naquela escola - Reclamou recebendo como
resposta o olhar de cachorrinho sem dono que sua irmã usava desde criança quando queria
algo dela. Zelda não gostava de admitir, mas aquilo sempre funcionava.- Ai Zee, por favor.
- Hildie eu te odeio tanto. Esta será a primeira e última vez, está me ouvindo? - A mais nova
concordou animada, saindo da cozinha deixando uma ruiva nervosa.Zelda aproveitou o momento a sós para enfim responder a mensagem do namorado. Finalmente ela sabia como lidar com aquilo e agradecia mentalmente a morena que havia
encontrado no dia anterior.Olhando novamente a mensagem de Faustus que dizia:
“Quem você pensa que é? Você me deixou plantado naquele restaurante feito um idiota,
Zelda. Não acha que mereço uma explicação?”A mulher respondeu com apenas 5 palavras,
sendo elas:“Me encontra amanhã na igreja!”.
...
Não vou prometer que voltarei em 3 dias, mas juro que vou fazer de tudo.
Muito obrigada pelos comentários e votos nos capítulos anteriores ;)
Se alguém quiser pedir algo ou qualquer coisa do tipo, esse é o meu twitter @/luadelreyy
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You're how I pray
RomanceOh Lilith, você é a minha religião, meu estilo de vida. Quando me ajoelho, é você que eu quero rezar. Madamspellman não mágico.