Paixão sob teias • Rui | Kimetsu No Yaiba

V | TREINO

- Daki.- A raiva em sua voz era notável, mesmo tentando manter a calma.

- Meu nome.- Sua coragem de ser sarcástica com o oni mais poderoso das luas.

- Poderia falar com você? A sós?

- Claro.- Sua máscara cai por um segundo e eu vejo a mesma me lançar um olhar assustado.

E ele não parecia nada feliz.

- Oque você fez para irrita-lo hein? - Pergunta Douma curioso.

Ele se aproxima e começa a me cheirar.

- Do- Douma, oque você está fazendo?- Pergunto corada.

Ele se afasta com o olhos levemente arregalados e abre um sorriso malicioso.

- Own, tá com cheiro de gozo.

- É oque!?- Acabo levantando o tom de voz e me arrependo instantaneamente ao notar que tinha chamado a atenção dos outros, assim me deixando ainda mais vermelha, se é que era possível.

Começo a me cheirar e sinto um cheiro diferente mas ao mesmo tempo conhecido.

Douma continua me olhando por um tempo até virar sua atenção para os berros vindo de uma porta.

- VOCÊ NÃO LEVOU ELA PARA CAÇAR LEVOU ELA PARA UM PUTEIRO SUA PUTA!

Levo as mãos aos meus ouvidos pelo berro ensurdecedor de Kokushibo.

- EU LEVEI ELA PARA CAÇAR DE UM JEITO D I V E R T I D O.

Ela soletra a palavra em deboche.

- Vamos mais perto para ouvir melhor. -Douma me puxa pela mão até ficamos encostados na parede.

- Oque está acontecendo? - Pergunta o superior três.

Eu levo um susto com a aparição repentina de Akaza e coloco a mão na boca para abafar um grito.

- A gente tá espionando o Kokushibo gritar com a Daki, por que a Shima chegou com cheiro de gozo.- Eu o lanço um olhar mortal, como ele teve coragem de falar isso!?

Douma percebe minha raiva e dá de ombros com um sorrisinho, me deixando a um passo de esgana-lo aqui e agora.

- Entendi. Mas ele provavelmente vai te pegar espiando, tchau.- E assim ele vai embora.

Oni estranho.

- Ela pelo menos comeu, aprendeu duas formas diferentes de caçar e continua virgem.- Fala em um tom de desprezo, ela tem coragem.

- Como assim ela continua virgem!? Ela tava com cheiro...- Ele fica em silêncio, aparentemente processando a informação.

Logo a porta e aberta, quase arrancada, e o oni sai batendo pé e muito vermelho. Eu e Douma ficamos encarando sem reação. Oquê deveríamos fazer?

- Ele é muito pai coruja.- O de olhos arco-íris quebra o silêncio depois de longos segundos.

- Eu nunca vi ele se preocupar desse jeito com alguém.- Diz Daki saindo da sala.

- Eu nunca vi ele se preocupar com alguém...- Douma comenta pensativo.

Eu vejo o oni sumindo na curva e resolvo segui-lo.

- Vejo vocês depois!- Grito acenando logo antes de virar na mesma curva.

Eu o alcanço e ele para, sem se virar.

- Me siga.- Ele começa a andar novamente e eu o sigo.

Nós andamos por um bom tempo até chegar numa sala, que eu não sabia se era uma sala de treino ou um quarto de tortura.

- Você está bravo?

Ele suspira e se vira para mim.

- Não... eu estou preocupado, Daki estava com você mas ainda não sabe se defender. Eu estaria bravo se alguém tivesse tocado em você.- Fala a última frase quase em um sussurro mas eu consigo escutar.

- Obrigada.

Ele me olha confuso.

- Você foi o primeiro a ser legal comigo e está cuidando de mim.

Vejo ele falhar em esconder um sorriso.

Ele se aproxima de mim e passa seus braços fortes em torno de meus ombros um pouco sem jeito, ele estava me abraçando.

Eu passo meus braços em torno de sua cintura e apoio meu rosto em seu peito.

- Você estava tão assustada... pequena, frágil, senti que deveria te proteger.

Me sinto segura em seus braços, uma sensação boa, aqui ninguém ira me machucar.

- Eu acho que é isso que eles chamam de instinto paterno.

Eu deixo um riso nasalado escapar e ele me solta.

- Agora eu vou te treinar.

Ele me joga uma espada de madeira e pega outra.

- Vamos ver qual é seu tipo de luta. Me ataque.

Eu parto para cima segurando a espada com as duas mãos, miro em sua cabeça e dou um pulo, ele rapidamente desvia e acerta minha espada com a sua, me fazendo deixa-la cair.

Eu pego a espada e corro em zigue-zague na direção dele atacando pela direita, quando ele entra na posição de defesa eu rapidamente pulo por cima e acerto sua cabeça por cima.

Ele me olha atentamente a tenta acertar um golpe na minha perna mas eu sou mais rápida e pulo dando outra cambalhota por cima dele e miro novamente em sua cabeça.

Ele percebe o golpe a tempo e joga minha espada no chão com a sua, assim que eu caio pego minha espada e vou por baixo quase acertando um golpe em sua cintura mas errei pela espada estar muito inclinada.

- Agora vamos tentar isso.

Ele pega a espada da minha mão e guarda de volta então pega duas kunais da prateleira e me entrega, eu o olho confusa por um tempo.

- Seu estilo de luta é rápido e fica perto do corpo do oponente o limitando de vários golpes mas também te limita se usar a espada, como as kunais que são menores vai conseguir atacar melhor.

Eu seguro as kunais e parto para cima, eu corro e pulo por cima dele e por reflexo ele protege a cabeça mas assim que eu pouso eu desliso por baixo e acerto sua barriga o surpreendendo.

- Realmente bem mais eficiente. - Falo admirando as armas de madeira em minhas mãos.

- Eu avisei.

Ele pega alguns alvos de madeira e me manda acertalos.

Eu corto todos em pedaços rapidamente.

- Você deve acertar os pontos vitais. - Diz apontando para a cabeça, pescoço e peito do boneco.- Se quiser paralisalo sem matar acerte aqui.- Ele aponta para as panturrilhas, pulsos e ombros do boneco.

- Acho que entendi.

- Ótimo, por enquanto basta. Você vai meditar e treinar todo dia a partir de hoje, quanto mais forte ficar mais cedo vai liberar seu kekkijutsu mas está indo bem.

- Então já posso sair sozinha?

- Também não exagera.

Nós rimos e eu saio atrás de Daki.

- Procurando alguém?

Eu levo um susto com o aparecimento repentino de Nakime, porquê onis gostam de brotar do nada perto de mim?

- Que susto Nakime... e sim estou procurando a Daki.

- Desculpa, e ela está no quarto se quiser saber.

- Ah muito obrigada.- Eu dou um sorriso gentil para ela.

Ela da um sorriso que logo some fazendo-a voltar para sua expressão séria habitual, mas desta vez a mesma parece ainda mais seria quando me olha nos olhos.

- Podemos falar a sós por um minuto?

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