Capítulo II

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- O que foi isso? - disse sentindo uma grande dor de cabeça - acho que bati a cabeça em algum lugar e acabei desmaiando. Pode ter sido apenas um sonho.

 Enquanto me perdia em meus pensamentos tentando decidir se era real ou falso o que havia acontecido...

- chi chiii

 Me assustando rapidamente saquei minha espada da bainha e mirando de onde havia vindo o som.
- Hã? Era apenas um rato, não acredito que me assustei com isso hahaha.

 Enquanto ria de mim mesmo, um sensação de frio percorreu meu corpo.

- Ai, quem deixou a janela aberta?

 Me virei de forma relaxada, dando de cara com uma ponta afiada de gelo, mais alguns centímetros e eu viraria espeto. Suspirei aliviado, levantando meu olhar, percebi que aquela não era a única ponta, diversas outras se formavam em  outros pontos ao lado e acima, como estalactites.

- Isso não estava aí, disso eu tenho certeza.

 Me afastei delicadamente para não acabar me machucando, aquilo com certeza deixaria uma grande cicatriz.

- Isto é o seu poder - disse uma voz familiar ecoando em minha cabeça.- Quem está aí?! - me espantei pelas palavras repentinas.- Não estou com você bobinho, sou eu, a Deusa do Juízo - em tom sarcástico disse.- Deusa? Então não foi um sonho? 

 Me senti confuso por pensar que era apenas um sonho. Algo incrível como aquilo não seria tão fácil de acreditar ser verdadeiro.

- Claro que não, eu sou real, seu poder é real.

- Espera, fui eu quem fez isso?! - maravilhado comigo mesmo, afinal, eu fiz aquilo.

- Quem mais seria? Isto é seu poder, não é atoa que fui eu que o criei.

 Tentei entender meus pensamentos olhando para as diversas pontas que pareciam estalactites, que se maravilhavam com tamanho talento.

- Mas como fiz isso? Nem tem água aqui dentro.

  Diz sem pensar, Acho que foi um comentário um pouco idiota, mas mais ingênuo.

- Lá fora tem, há três passos de distância tem água da chuva, no teto tem água, embaixo do chão tem água, em todo lugar tem água, sua saliva é água - pelo menos ela foi paciente em me explicar.

- É, faz sentido. Mas, o que devo fazer agora? - me perguntei de forma ingênua outra vez.

- O que fazer? Encontrar Yasuo! - disse a Deusa perdendo a paciência.

 Tentei pensar em algo que o homem havia dito antes de morrer que fosse importante, mas só conseguia me lembrar dele implorando por misericórdia.

- Mas onde ele está? Eu não tenho NENHUMA informação sobre ele.

 De forma clara tentei explicar como era minha situação atual. Não havia nada que eu soubesse, além de seu nome.

- Minha santa justiça, primeiro cheque os pertences desse morto - disse ela como se fosse algo óbvio.

- Há, é mesmo - envergonhado a respondi.

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⏰ Última atualização: Dec 29, 2021 ⏰

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