Eu nunca disse que te amava, ou ao menos disse que eu era sua. Você confundiu as coisas e eu fui fraca demais pra dizer não.
Assim que acordo, a primeira coisa que vem em minha mente são lembranças da noite anterior. Tento ao máximo esquecer isso e pensar em coisas boas, e acabo por lembrar dele, Andrew. O sorriso que ele dava quando ficava com vergonha, é a coisa mais fofa! Queria ter tido mais tempo com ele, mesmo conversando coisas idiotas, foi bom ter a presença dele.
Pego minhas coisas e vou embora. Está uma manhã tão agradável, por que não ir andando? Enquanto caminho, fico pensando que minha vida poderia ser mais feliz, eu poderia ter dado um rumo diferente, mas como eu faria isso se sou fraca o bastante para dizer um simples "não"? Talvez seja meu destino, e que mal tem isso? São só alguns hematomas, que podem ser cobertos por base ou uma linda blusa de gola alta.
Fico tão distraída em meus pensamentos, que nem percebo o carro de Harry do meu lado
- Entra, vou te levar em casa.
Um pouco distante dali, Andrew que trabalhavam na loja de sua tia, observava tudo. Ele queria poder ler a mente das pessoas, para poder entrar na mente de S/N e saber o que a garota tanto pensava enquanto caminhava. Mas depois ele pensou em ser uma mosca, pra entrar naquele carro que ela embarcou.
- Por que você tanto olha pra lá? É alguma namoradinha sua? - sua tia de sessenta anos, parou ao lado de seu sobrinho e olhou na direção que Andrew tanto encarava
- Não, não. Eu só estava pensando - ele vira pra sua tia
- O que você estava pensando? - Ela olha em seus olhos
- É besteira - ela levanta as sobrancelhas - tá, eu, eu estava pensando, e se eu pudesse ler a mente das pessoas? Séria especular!
- Seria invasão de privacidade, Andrew - A senhora fala
- Não tia Mariah, não se fosse usada pro bem - ele olha pra aonde S/N estava
- Não sei, seria algo muito sério ler a mente das pessoas. - Mariah olha pro rosto do sobrinho e coloca a mão no rosto dele - Lembre- se. Com grades poderes, vem grandes responsabilidades. - ela volta pra dentro da loja
Essas palavras da tia Mariah fica na cabeça de Andrew, "Achei conceito" ele pensa.
- Olha, meus pais devem estar chegando, melhor você ir - falo já exausta com isso
- EU NÃO VOU EMBORA até acabar de falar. - Harry fala na porta
- E o que você tem pra falar?! Que você me ama e que vai mudar? Deixa de ser mentiroso, Harry! - elevo um pouco a minha voz. Chego bem perto dele - Eu nunca disse que te amava, ou ao menos disse que sou sua. Você confundiu as coisas por carência sua, e eu fui fraca demais pra dizer não! - falo mais baixo
- Como você tem coragem de falar isso?! - Harry segura meu pescoço - Eu faço tudo por você, e a única coisa que eu peço em troca é seu amor, mas nem isso você consegue fazer! - ele aperta meu pescoço - Agora você falar que meu amor por você é carência? - ele sorri sarcasticamente
- Você está me machucando - falo baixo com falta de ar
- Você é uma vadia mal agradecida! - ele solta meu pescoço e acaba me empurrando. Ele bate a porta e vai embora
Respiro fundo recuperando meu ar, me levanto e vou pro banheiro chorando. Tiro minha roupa e tomo um banho morno. Me enrolo na toalha e me olho no espelho, vejo as marcas que Harry faz em mim, e a mais nova no meu pescoço.
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