— Ok, me explique de novo, porque é que isto é uma sequência cronológica? — Heechul perguntou, segurando uma pilha de arquivos.
Miso ergueu os olhos da escrivaninha, ou o que ela pediu para ser sua mesa.
— Porque a longo prazo, os paranormais se lembrarão quando algo aconteceu, não quem, onde ou o quê. É apenas como nós pensamos. Os humanos se lembram de pessoas e rostos.
— Como você sabe disso? — Ele perguntou.
— Eu fiz um estudo para ajudar a organizar melhor as coisas.
— Por que os humanos são melhores com os rostos? — Ele se perguntou.
— Eles têm menor expectativa de vida e geralmente interagem significativamente com menos pessoas ao longo de suas vidas, do que os paranormais. A maioria dos seres humanos vive no mesmo lugar onde nasce, coisas familiares, pessoas e família. A única coisa que muda para eles, são as pessoas em suas vidas. Paranormais, por outro lado, podem viver até cinquenta vezes mais. Cidades levantam e caem, as religiões nascem, familiares e amigos se tornam estranhos, mas o tempo é um companheiro fiel. O tempo nunca muda, é por isso que um vampiro pode dizer-lhe quando ele veio para a América, mas não quem estava no barco com ele, o tempo, o dia em que o barco desembarcou, ou até mesmo com quem eles estavam viajando. — Ela se levantou e foi até sua mesa. Olhou através de uma pilha alta de pastas de arquivo, antes de tirar um único arquivo. Ela o abriu. Quando você começou o Royal Gardens?
— Seiscentos e quarenta anos atrás — ele respondeu quase imediatamente.
Ela sorriu.
— E quem foi a bruxa poderosa que colocou os cristais? — O rosto de Heechul ficou em branco, e então, lentamente, o entendimento começou a surgir em seus traços. Ela continuou. — É por isso que os cronogramas são melhores para você do que arquivos pessoais. Um arquivo da bruxa Louis Tournesol seria inútil, uma vez que você pode não se lembrar quem ela era.
Heechul recostou-se.
— Isso é impressionante.
— Estou feliz que você pensa assim. Essas oito pilhas precisam ser divididas por década. — Ela apontou para a pilha encostada na parede.
Heechul empalideceu.
— Esses são todos os meus relatórios diários desde o dia em que assumi o cargo de Príncipe.
— Sim, eu sei.
— Por que você não está fazendo isso? — Ele perguntou.
Miso levantou uma sobrancelha.
— Seria bom se eu os organizasse? Eles são seus arquivos, você é o único que terá que usá-los. Você precisa saber o que está lá e como chegar até eles. Eu posso ser uma excelente organizadora, mas não consigo pensar por você.
Heechul assentiu, parecendo devidamente castigado.
— Isso é justo, seus métodos já me ajudaram a mudar como eu penso. Só isso facilitará as coisas.
— E estamos apenas começando — ela disse sorrindo.
Heechul estava prestes a responder quando o telefone tocou. Ele foi buscar quando ela estalou sua mão.
— Nunca responda ao seu próprio telefone — ela advertiu.
— Mas Jisoo... — Heechul começou.
— Jisoo não está aqui e por uma boa razão. — Miso pegou o telefone da base. — Escritório do Príncipe Heechul, como posso ajudá-lo?
— Aqui é Ivan Ong, eu exijo falar com Heechul imediatamente! — Heechul, ouvindo a conversa, alcançou o telefone novamente apenas para ter Miso batendo sua mão longe.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Encanto e Confusão 7 - Meu Campeão
Fanfiction[CONCLUÍDO] Série: Encanto e Confusão Livro 07 Saja Minhyun comanda os assuntos entre as famílias fundadoras e os cidadãos de Noctem Falls desde o dia que ele chegou na cidade. Suas esperanças de ser um simples guerreiro de unidade desmoronam diante...