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Dois dias depois...

Depois de um plano cuidadosamente arquitetado, os seis se dirigiram ao departamento de polícia. Era hora de pôr tudo em prática.

Yan e Matt ficariam dentro do carro, monitorando as câmeras de segurança e informando cada passo pelos comunicadores.

Lia e SZ estavam disfarçadas com perucas e roupas extravagantes. Elas invadiriam com charme e teatralidade para manter os policiais ocupados.

Vicente e Kiara, por sua vez, estavam com roupas táticas e acessórios específicos, prontos para invadir a parte interna da DP sem serem vistos.

Com os comunicadores no ouvido e os corações acelerados, cada um assumiu sua posição.

Eram quatro da manhã. O horário havia sido escolhido estrategicamente — a delegacia estava quase vazia. Apenas alguns policiais na recepção, outros na rua e outros presos em relatórios.

Lia e SZ  Entraram com passos confiantes, e imediatamente chamaram a atenção dos dois policiais da recepção.

— Bom dia... — Lia cumprimenta, suave.

— Boa madrugada, eu diria... — o policial ruivo, de uns quarenta anos, responde. — Em que podemos ajudar, moças?

— Nós queremos fazer um B.O. senhor policial! — SZ se debruça sobre o balcão fingindo um choro desesperado.

Os dois policiais trocam olhares rápidos, um tanto desconcertados.

— O que aconteceu? — pergunta o ruivo, tentando manter o profissionalismo.

Pô, o cara é velho, mas ainda é ruivo... E ela gosta dos ruivos! — Matt comenta pelo comunicador, do carro.

Lia e SZ se entreolham discretamente, tentando segurar o riso.

— Acho que ela precisa de um pouco de água... Está muito abalada. — Lia diz, passando a mão carinhosamente no ombro da amiga. — Posso pegar um copo ali?

Ela aponta para o bebedouro que ficava atrás do balcão.

— Claro, pode ir. — o outro policial autoriza com um aceno.

Lia entra rapidamente, mantendo o disfarce. Enquanto caminha até o bebedouro, sussurra pelo comunicador:

— Vocês sabem que nós conseguimos ouvir vocês, né?

Desculpe... — Matt responde, um pouco sem graça.

Lia volta com o copo descartável nas mãos e, teatralmente desastrada, despeja parte da água na boca da SZ e o restante nos papéis da recepção.

— Ai, meu Deus, mil perdões! — ela diz, exageradamente aflita.

— Tudo bem, moça bonita... fique calma. — o policial moreno sorri por baixo do bigode grosso, claramente mais interessado que preocupado.

— Ruivinho, eu fomos assaltada agora há pouco... — Sz começa, ofegante.

Ruivinho é meu pau! — Matt resmunga indignado

— Querem fazer um B.O.? — o policial pergunta, antes que seus olhos desçam para os seios de Lia.

— Sim... Sabe... Roubaram o meu carro! — diz Lia com voz triste, posicionando-se à frente do policial.

Ela leva as mãos aos ombros dele e começa uma massagem improvisada. O homem congelou por um segundo, mas logo fechou os olhos e relaxou, soltando um "hmm" suspeito.

— Você poderia nos ajudar? — Lia pergunta, com um sorriso insinuante.

Enquanto isso, do outro lado da delegacia, Vicente e Kiara rastejam para fora dos dutos de ventilação e caem silenciosamente em uma sala dos fundos.

CULPADA: DEPOIS DA VERDADE Lv2 • Em Revisão Onde histórias criam vida. Descubra agora