E se...

Somos iguais

- Quando vocês estavam na ilha, como chegaram lá? Foi atravéz de um pedido de socorro no den den muchi? Ou vocês só toparam por lá? Vocês tinham meio que acabado de sair da ilha dos tritões certo? - você pergunta andando em círculos, tentando formular alguma coisa na cabeça.

- S/n, como você sabe disso tudo? - pergunta Robin te olhando do outro lado da biblioteca.

-Pra ser bem sincera com você, no meu mundo vocês não são reais em carne e osso. - você diz pensativa, isso vai ser um choque.

- como assim? - diz ela andando até você.

- Quer saber, deixa pra lá, eu só sei. - você diz evitando os olhos dela e pegando mais café.

- S/n, por favor, me fala. - diz ela encostando em seus braços como se quisesse confortar qualquer medo seu.

- hawwnn... Não sei não, e se isso for estranho demais e você me achar louca de pedra? - você diz tentando se acalmar, e soltando um gemido arrastado.

- me diz, faremos assim, tudo que for dito aqui, permanece aqui, até que seja importante revelar a todos, combinado? - diz ela sorrindo.

- certo, então se prepara, no meu mundo, esse universo não é real, vocês todos são personagens fictícios de um mangá japonês escrito e desenhado por Eichiro Oda. - digo com os olhos fechados de uma só vez e esperando a reação mais óbvia.

- Então é por isso que você sabe tudo sobre o que aconteceu e o que vai acontecer. - diz ela como se tudo finalmente fizesse sentido.

- isso mesmo. - digo abrindo os olhos.
- Mas se já está escrito e não pode ser alterado, então porque essa é a única coisa da história que está faltando? - diz ela me olhando.

- Pode ser verdade, não importa se eu contar ou não, não dá pra alterar o que já foi escrito, mas Robin, quando exatamente vocês me acharam? - digo pensativa, para mim estive apagada por poucas horas apenas.

- S/n você esteve dormindo por quase cinco dias inteiros enquanto estávamos em punk Hazard, te pegamos antes de decidirmos no papel quem iria na ilha e quem ficava no navio.

- AGORA EU ENTENDI, a história não foi alterada, houve apenas um atraso comigo caindo aqui, vocês não viram o dragão, logo não acharam o samurai e nem o Momo. - você diz como se tudo fizesse o maior sentido.

- eles são tão importantes assim pra história no seu mundo? - diz ela pensativa.

- São, extremamente, muito muito importantes. - digo sem nem pensar duas vezes.

- então o que a gente faz? Não dá pra simplesmente voltar, ficaremos perdidos.

- o Cesar deve ter escondido com ele um log pose, será que se eu contar tudo que sei do passado até o momento de agora ajuda e podemos voltar? Ou eu posso ir sozinha, tá que não sei bulhufas sobre navegação, ainda mais em um mar tão perigoso como esse, mas eles precisam conhecer o Luffy. - digo quase implorando pra que ela me ajude.

- Vamos falar com eles sim, a decisão é do capitão, então até lá, vamos primeiro jantar e depois resolvemos isso. - diz ela animada e já me levando porta a fora em direção a cozinha.

- Boa noite Sanji San, chegamos cedo? - pergunta ela sorrindo entrando na cozinha.

- Robin-San, um pouco sim, estou terminando em alguns minutos, mas na geladeira tem algumas bebidas, se quiserem. - diz ele concentrado em um pedaço de carne.

- Bom, então vou voltar lá pra fora um pouco. - diz ela se virando pra porta, me dando uma olhada, dou um pequeno sorriso e volto a olhar para Sanji.

- Posso te ajudar? - pergunto sem pensar indo pro lado dele devagar, ele parou o que estava fazendo e me olhou atento.

- Não precisa S/n-San, descansa e deixa comigo. - diz ele sorrindo.

- O que falta? - pergunto olhando pra ele com o cotovelo apoiado na bancada da cozinha e minha mão direita apoiando meu rosto, nesse momento só estava nós dois ali e eu admirava cada movimento que ele fazia.

- A carne e alguns legumes. - diz ele concentrado na carne.

- okay. - digo me levantando e passando por ele até a pia, pegando os legumes e uma faca começando a descascar o que estava nos sacos.

- S/n, o que você está fazendo? - disse ele me encarando e segurando meu braço que estava com uma faca na mão.

- Te ajudando, eu sei o que estou fazendo Sanji, me deixe pelo menos descascar tudo que precisa. - disse colocando minha outra mão livre sobre a mão dele, senti um arrepio, não sabia que a sensação da pele dele era tão macia, sorri e voltei a me concentrar no que estava fazendo, um momento calmo e silencioso.

- Então, você é cozinheira? - perguntou ele colocando a carne no forno gigante e depois parando ao meu lado acendendo outro cigarro, sempre quis arrancar essa porcaria da boca dele, isso vai matar ele um dia, mas me controlei em apenas responder a pergunta.

- Sim, gosto de cozinhar desde que me entendo por gente, minha mãe amava me ensinar quando tinha tempo, já meu pai nunca foi a favor de um membro da família ter uma carreira dentro de uma cozinha, pra ele o certo era ser poderoso e comandar o mercado de trabalho sendo no mínimo dono do seu próprio império, meus irmãos tem lá suas empresas, são absurdos de ricos, mas eu preferi seguir meu sonho pela minha mãe, não sou muito bem vinda desde então dentro de casa, só ia lá pra ver o túmulo da minha mãe mesmo. - disse parando o que fazia sentindo as lágrimas começarem a cair, isso era um assunto delicado pra mim.

- Então você fugiu? Você é tipo a princesa rejeitada de um império? - diz ele soltando a fumaça pela boca e olhando pra cima, foi então que me toquei.

- Puta merda, a gente é igual. - disse sem pensar, o olhar dele recaiu sobre mim surpreso e arregalado.

- a gente o que? O que você sabe? - disse ele me colocando de frente pra ele me encarando com um olhar meio perplexo, meu olhos ainda estavam com lágrimas e escorriam por meu rosto, eu estava tentando pensar e ser racional, podia sentir a fumaça saindo da minha cabeça com sua aproximação repentina, me assustei com uma voz estridente entrando no local.

- Ei Sanji, comida, tô com fom..., o que tá rolando aqui? - Diz Luffy em tom firme, intercalando o olhar entre mim e Sanji, parando em meu rosto cheio de lágrimas e as mãos de Sanji em meu ombro.

-Não...

Continua...