Sand In My Shoes [ TRADUÇÃO ]

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As portas do aeroporto se abriram e o calor o atingiu como um soco no rosto.  Tom recuou, uma mão voando para agarrar os óculos de sol empoleirados em seu nariz, como se temesse que um transeunte os pegasse.

"Puta merda", ele assobiou.

"Senhor.  Riddle, é você?  Sr. Riddle! ”

Uma jovem em um terno elegante estava parada na porta do passageiro de um carro estacionado ao lado do meio-fio.  Ela acenou para ele.

“Bem-vindo ao Paraíso, Sr. Riddle!”  ela disse alegremente.

Ele fez uma careta.

"É tão bom que você fique conosco", a mulher tagarelou animadamente, sem notar o brilho intenso por trás de seus óculos de sol.  “Seu quarto no Le Magnifique está pronto, se você quiser aqu ...”

  Tom subiu no banco do passageiro e fechou a porta com um estalo, cortando a voz dela.  Ele direcionou sua carranca para o céu azul brilhante.  Sempre seria tão ensolarado?

A mulher carregou apressadamente a bagagem de Tom no porta-malas antes de se sentar ao lado do motorista.

“Vamos lá então,” ela disse alegremente, ligando a ignição.

Embora exalasse ondas de tontura, ela não era uma idiota total.  Ela sabia como ler o humor e ficou em silêncio enquanto os dirigia para fora do aeroporto.

Paraíso.  Tom bufou.  Besteira pretensiosa com suas palmeiras de merda.  Ele tateou o bolso do paletó em busca dos cigarros e rapidamente clicou no isqueiro.

"Senhor.  Riddle, isso é um não ... ”A mulher parou quando Tom, com o cigarro entre os lábios, lançou-lhe um olhar fulminante.  Ela prontamente abaixou as janelas e com um clique satisfatório o arrasto foi aceso e a nicotina sufocou um pouco da raiva que havia assolado todo o vôo.

A viagem foi curta.  O cigarro de Tom já estava gasto pela metade quando a mulher parou diante de um grande hotel de pedra rosa e toldos azul claro.  Parecia um bolo glaceado.  Imediatamente, um menino do saguão saiu da porta giratória dourada do hotel com um carrinho polido e começou a carregar a bagagem de Tom.

Uma mulher muito atraente o recebeu quando ele entrou no prédio.

"Senhor.  Riddle, isso é uma honra.  Eu sou o gerente do Le Magnifique, Fleur Delacour. ”

Tom ficou momentaneamente surpreso, não pela mulher, embora ela claramente tivesse a habilidade de cativar uma sala - meia dúzia de convidados do sexo masculino (e algumas mulheres) pararam o que estavam fazendo para assistir a Sra. Delacour como se estivesse em transe.  Não, o motivo pelo qual Tom levou meio segundo para responder foi o interior da sala da frente - carpete de marfim, poltronas de mogno luxuosas, lustres cintilantes e lâmpadas suaves e brilhantes - não o que ele esperava da fachada com babados.  Um enorme aquário repleto de peixes coloridos e plantas oceânicas ondulantes ocupava o centro da sala, dando ao lounge uma sensação de privacidade e separação da recepção.

Tom enfiou os óculos escuros no bolso, grato porque o ar condicionado funcionava a todo vapor.  Enquanto sua bagagem era transportada para os elevadores, Delacour o conduziu pelo saguão até a recepção.

“Sua suíte”, Delacour informou a ele, “tem uma vista excepcional do oceano e fica a apenas 20 minutos a pé da praia.  Organizamos várias atividades, desde passeios a cavalo até mergulho com snorkel.  Temos um spa interno que oferece mensagens, meditação, banhos de lama e até mesmo seu próprio treinador de bem-estar.  No entanto, temos uma política de não fumantes dentro do hotel.  Sr. Riddle? "

Tom voltou para Delacour.  Mais uma vez, sua atenção foi roubada, desta vez pelo enorme mural pintado na parede atrás da mesa da recepção.  Um cardume de peixes amarelos brilhantes assumiu o centro das atenções.  Havia algo tão real sobre eles que, por um segundo selvagem, Tom realmente pensou que havia outro aquário.