0.1| amor maior e vestidos brancos

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٬٬ 🎇 冫31 de dezembro ҂ 2021

− mamãe, eu tô bonita? ― a filha perguntou.

− claro que sim, hyewon! ― hyejoo sorriu perante a filha de três anos, cujo processo de adoção tinha acabado de concluir-se, enquanto arrumava seu vestido.

− tá bom! ― a menor riu.

− vocês estão lindas! ― chaewon aproximou-se da porta.

− obrigada, chae. ― son sorriu.

− de nada, hye. ― park sorriu.

as três deixaram o quarto das matriarcas e se dirigiram para a cozinha.

− hyewon-ah, olha para a mamãe. ― a menor obedeceu hyejoo ― quer comer alguma coisa antes de saírmos?

− biscoito. ― a criança apontou para uma jarra do tal alimento em cima do balcão, ainda causando uma sensação tórrida nos dedos por ter sido assado pouco antes de as três terem se arrumado, monopolizando a atenção de son com suas falas e questionamentos ― e o nosso cachorro, mamãe?

− ele vai ficar bem, tá lá na casa em que a mamãe morava, a vovó vai cuidar bem dele. ― hyejoo deu um beijo na bochecha da filha ― chaewon, dá uma molhada nas plantas antes da gente sair, fazendo favor?

− tá bom. ― chaewon pegou um borrifador que estava sobre a pia para a mesma função e aspergiu os espécimes em seus vasos no batente da janela. então, pegou as chaves de seu fiel ford fiesta 2014 de pintura cinza-escura ilibada e olhou para hyejoo e hyewon; a seu esmo, chegariam à casa de sua amiga sooyoung em quarenta minutos.

diante do primeiro passo para fora de casa, enquanto firmava a máscara com estampa de ursinhos no rosto da filha, hyejoo começou a figurar como seria uma onírica comemoração daquelas depois de tanto tempo: odiava admitir, mas não lembrava mais como era uma festa de ano novo. em sua cerne, parecia de certa forma um demasiado idílio e seu discernimento a fazia objetar a maioria dos convites de parentes e amigos para sair, pensando que devia apenas passar o ano novo em casa, ainda padecendo a tão capciosa pandemia.

então, retiraram-se da área comum, chegando até a garagem, colocaram a menor de efervescente caráter no assento infantil e entraram. estando no carro, hyejoo notava o quão idônea chaewon apresentava-se na tarefa de dirigir, tal qual parecia, de primeira, um pouco complicada mesmo que tanto son quanto park pudessem fazê-la com habilidades símiles.

son virou-se para o banco de trás: estava feliz pelo fato de que o sonho de ambas de se tornarem mães não havia perecido mesmo depois de todos os acontecimentos tétricos por qual haviam passado, indo desde a segregação pérfida delas por parte do resto da escola em razão do preconceito descomunal para com a orientação sexual das garotas até o dia em que hyejoo viu-se escutando combalida e com horror as palavras de seu médico sobre a morte do bebê; finalmente tudo havia melhorado, eram a égide uma da outra. cansou-se de solilóquios e olhou para park.

quando chaewon passou a marcha com a destra, os dígitos de ambas pareceram contíguos, o que causou nostalgia a ambas, dado que seguraram as mãos pela primeira vez assim, muitos anos atrás.

− hyewon, tudo bem aí? ― chaewon olhou pelo retrovisor, recebendo como resposta um murmúrio tíbio, ouvindo os pulmões da menor sibilarem.

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⏰ Última atualização: Jan 01, 2022 ⏰

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