Culpa

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James
01 janeiro, 05:38 da manhã.


Ontem foi um erro, e eu reconheço isso.

No momento da foto, cheguei no meu ampíce. Fiquei super mal o dia inteiro, mas naquele exato meio-perído, ficou impossível. Fiquei muito tonto, uma dor de cabeça terrível, ânsias, enjoos, canbria em todo o corpo, e estava suando frio.

E eu me esforcei muito naquele momento, pra sorrir e não fazer expressões de dor, mas quando minha ânsia subiu, não aguentei. Corri até o banheiro, escutando passos fortes atrás de mim, já sabendo quem é, me tranco  ali e me permiti passar mal.

Depois de cinco minutos em ponto escuto batidas fortes na porta do banheiro, e depois de eu lavar a boca e puxar descarga, eu abro a porta com receio, e era sim, quem eu esperava.

Sr.Garret se encontrava ali parado na porta, com uma expressão carrancudo, super raivoso. Ele entrou no banheiro sem permissão.

- Senhor. - Falo trêmulo, mas me curvo, quando subo e abro a boca pra explicar, levo um tapa no rosto forte, deixando uma marca ali. Doeu, mas me calou.

- Não quero saber desculpas. Você descumpriu uma das regras, e independente do motivo, vai levar a devida punição. Agora quero que cale a boca e me siga. - Ele diz rude segurando meu braço bruscamente, eu apenas assento.

Ele me puxa até um quarto mais afastado no segundo andar pro quarto do terror.

Já sinto arrepios só de chegar perto dali, lembranças.

Ele me emburra pra dentro antes de trancar a porta com força.

Tenho a estrutura bem maior que meu pai, tenho o corpo formado por pura acadêmica, venceria sem esforços em uma luta de braço com meu pai, mas, nunca serei capaz de fazer isso.

No fim, isso não mudou muito, recebi minha "devida punição", nos braços.

Preciso realmente dizer que eu mal conseguia mexe-lós?

Até ali estava tudo bem, o pior vem depois.

Lembro que meu pai havia pegado meu braço com certa força, doeu para caralho. Porém, logo me empurrou para frente da cozinha. Logo entendi o que ia fazer.

A casa já tinha se esvaziado, a gente tinha passado um bom tempo lá em cima.

- Não ouse se mexer. - Heitor manda, eu aceno com a cabeça em concordância. - Lorenzo! Fique aqui com James.

Lorenzo paralisou. Mas se posicionou ao meu lado em total desespero.

Ele não volta sozinho da cozinha.

Evelyn e Peter venho com ele.

Puta merda.
Doeu muito mais ouvir e ver meus irmãos sentirem dor, do que o chicote em minhas costas.


Sinto que a culpa foi toda minha, se não fosse por mim, todos ali estariam se banho tomado, dormindo calmamente nas suas camas confortáveis. Mas, eles estavam ali, agachados, com as cabeças abaixadas, enquando sentem suas costas ardem a cada toque.

A nossa mãe havia sumido, até a manhã seguinte quando a achamos chorando no porão por causa dos seus machucados.

-

Nesse momento, estou deitado na minha cama, olhando para o teto em completo silêncio, perdido nos meus pensamentos.

Até que que alguém bate na porta, me levanto devagar para não doer mais, e abro a porta lentamente. Agradeço mentalmente por ser apenas Lorenzo.

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