Na Toca do Dragão

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Bakugou sabia que nada de bom sairia daquela noite, principalmente quando Todoroki tinha sido o primeiro a chegar — ele e sua maldita pontualidade, pensava Katsuki se remoendo por dentro.

O loiro vagava pela Netflix procurando um filme bom enquanto o bicolor permanecia calado sentado ao lado dele, o anfitrião já estava ficando irritado com o atraso dos outros e com o silêncio inabalável de Shouto.

— Fale alguma coisa, porra! Não fique aí olhando pro nada calado! — ele disse não aguentando mais. — Tem algum filme que você quer assistir?! Fale alguma coisa, caralho!

— Velozes e Furiosos, meu irmão disse que é muito bom — ele respondeu com o rosto inexpressivo de sempre e logo voltou a ficar quieto.

— Arrg! Como você nunca assistiu Velozes e Furiosos?! E que porra de cara de tacho é essa?! — ele perguntou incrédulo.

— Não costumo assistir esse tipo de filme — respondeu o bicolor dando de ombros.

— Pare de ficar me olhando com essa cara de defunto! Se quer perguntar alguma coisa, pergunte! Se quer fazer alguma coisa, faça! — disse cansado da falta de reação do outro.

— Posso beijar você? — Todoroki perguntou como quem pergunta se o céu é azul.

— Que?! Tá pensando que eu sou bagunça?! — exclamou o loiro se aproximando do bicolor com o punho pronto.

Antes que Bakugou pudesse socar a cara do meio a meio, Shouto o beijou, ele ficou surpreso demais para reagir de primeira, mas logo se recuperou, ele correspondeu ao beijo com selvageria, acabaria com Todoroki assim como havia acabado com os outros caras sem pegada que tentaram ficar com ele.

Mas para a surpresa do loiro, o bicolor respondeu a altura, não conseguiu evitar de arfar com a força com que ele o beijava, as mãos de Shouto percorriam o corpo do menor como se quisessem conhecer tudo e o puxava para perto cada vez mais como se nunca fosse o suficiente, o beijava forte e faminto, chupava e mordia o lábio inferior do loiro, explorava toda a sua boca com língua, com o corpo do maior sobre o seu, Bakugou subia a blusa do bicolor e arranhava suas costas, segurava forte os fios vermelhos e brancos que a aquela altura já estavam completamente bagunçados.

Quando o ar se fez necessário, eles interromperam o beijo arfantes, as bochechas de Katsuki estavam tão vermelhas quanto seus olhos, estes que refletiam seu desejo.

— Você ficou manso agora — Todoroki comentou olhando o loiro tentando recuperar o fôlego.

— Cala boca e me beija — disse irritado e pela primeira vez viu algo diferente do rosto inexpressivo habitual do meio a meio, seus olhos estavam cheios de luxúria e um sorrisinho malicioso escapou de seus lábios.

Voltaram a se beijar ainda mais ardentemente do que antes, se é que era possível, Shouto apalpava força as coxas e a bunda do loiro, este que esfregava o seu corpo contra o do outro, o bicolor pressiona a sua intimidade contra a do menor sentindo sua excitação, as mãos de Bakugou foram para o cós da calça do outro tentando se livrar da peça, Todoroki subia a camisa do loiro quando a campainha tocou.

— Bakugou! É a gente! Foi mal a demora! — as vozes dos amigos eram abafadas pela porta da frente.

Bakugou nunca odiou ouvir a voz deles quanto naquela hora, era pedir demais desejar que o Uber deles tivesse se perdido no caminho por pelo menos umas três horas? Mas, era tarde demais de qualquer forma e Todoroki já estava dolorosamente do outro lado da sala arrumando suas roupas.

— Vazem daqui agora! — o loiro mandou abrindo a porta só para gravar bem a cara dos malditos empata foda.

Eles olharam para o amigo que nem tinha se dado o trabalho de ficar apresentável para eles, não que fosse esconder o fato que ele estava se divertindo de outra forma antes deles chegarem, a boca vermelha e inchada e sua ereção não disfarçada deixava tudo claro.

— É sério que você vai trocar seus melhores amigos por um cara que só vai esquentar sua cama esta noite? — perguntou Denki sendo dramático.

— Pode apostar que sim — ele respondeu fechando a porta na cara deles.

— Que ótima forma de comemorar o aniversário! Dando o cu! — respondeu irônico.

Domando o DragãoOnde histórias criam vida. Descubra agora