Endless NightMare

Target Shooting

Por muito tempo só sentamos e esperamos que algo aconteça, até que finalmente acontece, e não sabemos o que fazer, porque o medo nos rodeia, assombra e consome, não deixe que ele te devore...Encare-o e vença!

-Ayla? -Naquele dia meu pai estava diferente...

-Senhor Rivera!

-Cadê seu irmão? -Meio nervoso, preocupado.

-Marco? Não sei, são duas da tarde, já deve ter ido para o trabalho, por quê?

-Não, nada, só... não saia de casa, okay?

-Mas...

-Ayla! -A cada palavra sua ele parecia mais nervoso.

-Por que isso pai?

-Por favor... -Em seus olhos haviam súplica.

-Eu...

-AYLA!

-Tudo bem!

Ele atropelava as próprias falas, não entendi muita coisa e não me deixava perguntar, ele simplesmente falou o que queria e se retirou, me deixando em casa sozinha e preocupada.

Passei o dia dentro de casa como me foi ordenado, andando de um lado para o outro,como se em um passe de mágica tudo que eu não entendia fosse fazer sentido.

1..2...3....4.....5 horas se passaram e ninguém aparecia, uma chuva que começara serena e calma, se transformava em uma tempestade de ventos fortes, até que ouço a porta abrir

-Pai? -Me viro em direção a porta para vê-lo, mas meus olhos expressão decepção assim que enxergam Marco, ele estava com uma capa de chuva transparente e sua mochila preta de sempre que agora estava completamente molhada.

-Tenta de novo. -Diz ele com um sorriso divertido.

-Tem algo estranho com o papai! -Afirmo séria, fazendo seu sorriso singelo desaparecer em segundos.

-O que aconteceu? -Ele tira a capa e deixa de lado junto com a mochila e seu tem tênis.

Explico para ele o que havia acontecido a tarde, logo após sua saída, Marco assim como eu, não tinha respostas e sim perguntas a serem feitas.

Olho a chuva pela pequena Janela de nossa casa, não era só papai que estava estranho, o morro do Alemão inteiro estava quieto, silencioso demais.

Ouço a porta ser aberta novamente, papai entra e se dispõe a revirar a casa a procura de algo que não sabíamos o que era e antes mesmo que eu pudesse dizer algo, meu irmão disparou em minha frente.

-Onde você estava até esta hora? Porquê mandou Ayla não sair de casa? O que está acontecendo? -Marco perguntava sem pausa alguma. -O que está procurando afinal? Em que você está metido pai? Por favor não me diga que...

-MARCO! -Papai gritou por cima de sua fala o fazendo ficar em silêncio. -DESDE QUE SUA MÃE MORREU, TENHO FEITO DE TUDO POR VOCÊS, PARA QUE VOCÊS POSSAM SOBREVIVER A ESTA VIDA DE MERDA QUE LEVAMOS, VOCÊ NÃO TEM DIREITO NENHUM DE ME JULGAR OU COBRAR SATISFAÇÃO...

Eu fiquei sem reação, nunca tinha visto meu pai e meu irmão brigarem.

-Agora me ajudem a procurar uma pasta com alguns documentos,tenho certeza que guardei por aqui.

Em questão de segundos a casa estava completamente revirada e nada da pasta aparecer.

-Não acredito! -Diz ele olhando pela janela.

-O que foi? -Pergunto, mas ele me ignora e sai correndo. -PAI! -Tento ir atrás, mas Marco segura meu braço firmemente.

-Não Ayla! Você está louca?