Fetiche. - capítulo único.

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Oneshot sunki.
Todos os personagens, idades,
situações e locais são fictícios!

Se envolver com alguém é a coisa mais simples que existe nesse mundo tão caótico, até porque há centenas de diferentes relações. Existe a de trabalho, família, namoro, e é claro, a de ficantes.
Vamos fixar a última como a mais perigosa, pois ela pode despertar sentimentos arriscados em você.

Kim Sunoo e Nishimura Riki — mais conhecido como Niki — deveriam ter se contentado apenas com os deliciosos beijos com gosto de vinho, mas Niki acabou se viciando e passou a querer sempre mais, até que um dia percebeu que estava viciado. O japonês ousado e amante de festas havia se apaixonado, só não conseguia aceitar isso.

Sunoo também havia se tornado refém desse vício, mas sua atitude fora outra, uma totalmente desigual.

— Eu gosto de você, Niki.

O Kim abertamente havia se confessado, mas obviamente não presumiu a reação do outro rapaz.
Niki amou ouvir aquela frase, sentiu que poderia ter o universo todo em suas mãos por pelo menos alguns segundos, mas não sabe como lidar com essa nova fase que se aproxima, e agora ambos estão a dias sem se contatarem.

Sunoo estaria levando a situação em uma boa, afinal o japonês deve estar precisando de um tempo, mas a maldita cena que o mais velho está presenciando agora o fez se enfurecer.

Nos fundos do ambiente mal iluminado da balada Niki se encontrava aos amassos com uma loira falsa e peituda. — segundo os julgamentos do Kim. —  Aquilo claramente era uma ação necessitada. A noite mal havia começado para início de conversa e Niki nem sequer joga naquele time, se é que vocês me entendem.

Sunoo estava indignado.

Então é por esse tipo de gente que ele resolveu me trocar? Céus, estou me sentindo ofendido. — Pensou o rapaz.

A típica expressão de deboche havia ganhado vida nas feições de seu rosto e logo o mesmo virou seu copo cheio com um líquido azul que desceu queimando sua garganta.

— Estou indo embora, Jungwon. — Disse para o seu amigo que o acompanhava naquela noite.

— Mas já? — Ambos gritavam um para o outro devido ao barulho da música exageradamente alta.

— Sim, não estou no clima, foi mal. — Gritou o Kim se distanciando e esbarrando nas pessoas que dançavam despreocupadas.

Só faltava uns cinto passos até a saída do local animado e com luzes coloridas, mas uma mão grande e quente rodeou o pulso de Sunoo.

— Eu sinto sua falta. — A voz grave do japonês parecia abalada e sua feição cansada. Seriam noites sem dormir que o deixaram naquele estado?

— Não, você não sente. — Sunoo manteve sua postura firme enquanto puxava seu pulso de volta com certa brutalidade. — Volte para onde você estava, não deveria deixar a sua companhia peituda te esperando.

— Você viu? — Seus olhos piscavam lentamente e sua respiração era pesada. Niki claramente não queria ter chegado a esse ponto.

— Me surpreende o fato de você tentar me substituir com uma mulher. Ah, e siliconada ainda por cima! — Riu em ironia e fingiu ver as horas, já que o mesmo nem tinha um relógio ali. — Querido, eu preciso ir agora, tenha uma ótima noite com a minha substituta. Mas olha, uma versão pirateada não chega aos pés da original, você ainda vai perceber isso, e poderá ser tarde de mais.

O kim andou graciosamente até a saída,  sumindo então das vistas de Niki.

Após chegar em casa, um banho frio foi a única solução para acalmar seus nervos e o deixar mais lúcido, afinal de contas ele havia bebido pra caramba, mesmo que tenha ficado poucos minutos naquele ambiente.

Sunoo sentiu seus músculos relaxarem ao se jogar na cama macia, e no final não precisou de muito tempo para pegar no sono.

(...)

O descanso do rapaz poderia ter seguido até de manhã se não fosse pelas batidas escandalosas e incessantes na porta de seu apartamento.
Kim se levantou e foi atender a mesma do jeitinho em que estava jogado na cama, apenas com uma calça moletom preta, sem camisa e com os fios castanhos e macios bagunçados.
Sua intuição lhe dizia que era o seu amigo Jungwon voltando da festa, pois seu celular marcava exatamente 04:00h da manhã, porém, para a sua surpresa, era o seu ex ficante com olheiras profundas que estava parado em sua frente.

Kim Sunoo falhou em segurar sua risada.

— Ah, eu nem fico mais surpreso. — Se pronunciou enquanto puxava seus cabelos para trás e percebia a secada que Niki estava lhe dando. — O que te trás na porta do meu apartamento a essa hora? Isso aqui não é uma pousada.

Nada foi respondido.

Niki estava em um completo silêncio encarando Sunoo e tendo sua mente formando um grande caos e desordem.

— Eu precisava te ver por mais alguns segundos, eu precisava sentir seu cheiro e olhar no fundo de seus olhos escuros novamente.

Niki falou de forma serena, entretanto, seus olhos olhavam fixamente para o chão.

── Meus olhos não estão aí no chão. ─ proferiu Sunoo, em ironia. ── Olhe para mim, Nishimura. ─ pediu o rapaz, levando seus dedos gélidos até o queixo do japonês e o forçando a olhar para ele.

O rapaz dono do apartamento guiou seus olhos por todo o corpo do outro rapaz e então parou em sua boca volumosa e avermelhada.

Niki gostava de ter os olhos de Sunoo sob seu corpo.

— Sabe, você tem um fetiche pelo meu amor. — o coreano foi certeiro com a sua resposta e logo voltou a falar.  — Eu te afasto e você sempre volta.

Sim, Niki ainda não havia trocado o disco. Aquela não era a primeira vez que ele aparecia em altas horas na residência do outro rapaz. Aquilo era uma consequência de se vício que o fazia delirar.

— Não vejo motivo para culpá-lo. Se eu fosse você, eu também ficaria obcecado. — Kim finalizou sua fala e agarrou o colarinho da blusa de Niki, o puxando para dentro e empurrado a porta logo em seguida.

— Você tem razão. — Niki admitiu de cabeça baixa. Aquele era o seu momento de aceitar que as noites sem dormir só existiam por causa da saudade que ele sentia de Sunoo. Era por causa do perfume doce que deixou de existir nas suas camisas e nos lençóis de sua cama. — Deve ser um tipo de fetiche. Você me provoca com todas as coisas que você faz. Sunoo, você foi feito pra mim, o seu amor é tudo que eu preciso.

Sunoo não esperava aquelas últimas palavras do japonês, então foi pego desprevenido quando Niki aproximou seus corpos e ficou encarando os olhos do rapaz.
Kim sorriu travesso e tateou a nuca do outro, finalmente fazendo o que ambos queriam a dias.

Era um beijo lento e ao mesmo único, e é claro que o maldito gosto de álcool estava presente entre suas bocas. 

Com certeza o Jungwon que ficou sozinho na balada vai querer saber todos os detalhes da noite de seu melhor amigo.

Fim !

Vícios ─ Sunki.Onde histórias criam vida. Descubra agora