02. home

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JADE BRYANT

A sensação de estar em casa novamente era estranha, mas confortante. Tudo o que havia passado, desde as reuniões com Luis, Gabi, Triz, Calango, Guaxi, todas as vezes que eu fiquei pulando de um lado para o outro na minha sala por conta de alguma série que eu assisti, todas as vezes que eu comemorei por não ter queimado uma comida quando me mudei pra cá, até quando Anne chegou na minha casa com a notícia que eu iria ter que cuidar de Scarlet.

Entro em meu apartamento carregando todas as minhas malas, sentido o vento frio das janelas bater em meu rosto. Sinto algumas lágrimas em meu rosto e eu apenas as deixo rolar, sorrindo levemente ao ver minha casa do jeito que havia deixado.

Coloco minhas malas deitadas no chão me sento na sofá e pego meu celular, começando a conversar com meus amigos.

Saio do Whatsapp e entro no telefone, pensando ainda se iria ou não fazer a tal da ligação.

RAFAEL LANGE

Estava em meu carro, andando pela cidade, pensando em como minha vida havia mudado nesses últimos meses em que Jade tinha se mudado para a Inglaterra. Tinha a sensação que ela voltaria para cá, quando eu não sabia, mas que algum momento ela voltaria para São Paulo.

Escuto meu celular tocar, e sem olhar muito para a tela, eu atendo, colocando o aparelho em meu ouvido.

- Alô?

- Rafa... 

Jade. Porra.

- Jade? Oh meu deus. Você tá bem? - paro em uma vaga qualquer para não correr o perigo de bater o carro em algum lugar.

- Estou bem, Rafa. Estou em casa, provavelmente vou arrumar algumas coisas aqui.

Odeio como ela chama aquele hospital de "casa". Odeio com todas as minhas forças.

- O que quer me dizer? 

- Pode vir pra cá? - ela pergunta e eu rio fraco, apoiando minha mão esquerda no volante.

- Eu não tenho condições de ir para a Inglaterra agora, Jade.

- Não estou na Inglaterra, Rafa. Estou em casa.

O mundo em minha volta parecia congelar. Meu coração parecia bater mais rápido.

- Que porra...

- Vem pra casa? - sua voz treme

Desligo rapidamente e volto a dirigir pelas ruas da capital. Estava à cinco minutos do apartamento de Jade. Tenho quase certeza que se virasse mais uma esquina eu bateria o carro em algum poste.

Eu sabia que a porta estaria destrancada.

Abro desesperadamente a porta, e a encontro com algumas blusas nas mãos, como se estivesse as dobrando.

Meus olhos lacrimejam, só de ver ela parada ali na sala. Estava chorando, encostado no batente da porta. 

- Ei... - sinto suas mãos segurarem as minhas, que estavam em meu rosto, me fazendo encarar o fundo de seus olhos - Estou aqui com você agora, ok?

Puxo sua cintura contra mim, e em um abraço apertado seus braços me envolvem. Meu coração batia tão rapidamente que parecia que ia sair por minha garganta a qualquer momento. Nunca estive tão frágil como naquele momento.

Meus dedos apertavam sua blusa larga, como se fosse uma confirmação de que não era um sonho, e como um pedido para que nunca mais me deixasse. 

- Amor, tá tudo bem. - ela diz

Meu rosto vai até seu pescoço, e eu me permito sentir seu cheiro doce, aliviado por finalmente estar com ela.

- Eu te amo tanto. 

- Eu também anjo. Mas agora preciso que me solte.

- Não. - eu parecia uma criança birrenta, chorando agarrado à mãe.

- Juro que mais tarde você terá todo o tempo do mundo, mas agora eu preciso arrumar essa casa. - resmungo ao soltá-la

- Sabe que pode fazer isso depois, não é?

- Mas eu quero fazer agora.

- Meu amor, vai te deixar cansada.

- Mas eu quero fazer! Não é só porque estava doente que...

Puxo seu rosto para mim e encosto seus lábios nos meus suavemente. Minhas mãos seguravam suas bochechas e as suas estavam em meu peito.

Fazia tanto tempo.

Antes de me afastar, entrelaço seus dedos nos meus.

- Depois a gente limpa. 

- Ok. - ela resmunga e eu rio, voltando a selar nossos lábios.

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CAN I KISS YOU ONE MORE TIME PROBABLY A CRIME I DONT WANNA DIE I LOVE YOU

to viciada nessa musica algm me ajuda

amo vcsss

xoxo. maria <3

𝗿𝗲𝗮𝗹 𝗹𝗶𝗳𝗲Onde histórias criam vida. Descubra agora