Os Filhos dos Vingadores- Herdeiros do Amanhã

Capítulo 11

13 anos atrás

SARAH*

Meu irmão cai por cima de mim e saímos rolando. Estamos em algum tipo de jogo de luta e eu não vou me deixar vencer.

Yelena: Crianças! Jantar!

Nos levantamos correndo e nos empurrando para ver quem chega primeiro na cozinha.
Eu me sento primeiro e ele logo depois a minha frente.

Tia Yelena põe mingal de aveia para cada um de nós e se senta para comer conosco.

De fundo escuto o noticiário na TV do quarto da tia.

Reporter: Hoje, perdemos mais um herói. A morte de Viuva Negra acabou de ser confirmada pela pericia, e o Capitão América fará um pronunciamento em breve.

Yelena se levanta rapidamente, achei que ela fosse desligar. Odiava que eu e James assistíssemos noticiário, ainda mais na hora das refeições.

Mas ela não desligou a TV, ficou lá a assistindo.

James fez sinal de silencio com o indicador e se esgueirou-se para a porta do quarto dela para ver a TV.

Um homem loiro vestido de azul e com um escudo nas costas discursa para um monte de pessoas. Seu inglês é muito rebuscado, não falo inglês bem o suficiente para entender tudo mas acho que peguei a ideia.

Loiro: Hoje, perdemos uma heroína, a Viuva Negra, Natasha Romanoff....

Não fiz questão de entender o resto, aquilo já era suficiente. Minha mãe estava morta, ela tinha prometido que voltaria para casa, mas não voltou.

Olhei de novo para a tela. Uma mulher ruiva estava parada atrás do loiro, ela usava um sobretudo vermelho e mantinha uma postura de solenidade.

Eu reconhecia ela, minha mãe a tinha levado para casa a algumas semanas. Tínhamos conhecido ela. Ela era estranha, será que tinha a ver com a morte da minha mãe?

Assim que a tela mudou do loiro para a repórter, minha tia se virou para porta e se deparou conosco.

Yelena: Crianças?

Seu rosto estava marcado por lagrimas.

De repente ouvimos alguém batendo na porta com muita violência e gritando em um idioma que eu não conhecia.

A tristeza se torna em urgência para Yelena. Ela se ajoelha na nossa frete e fala rapidamente.

Yelena: James, Sarah. Se escondam, não saiam do esconderijo por nada, não importa o que ouvirem.

Ela beija nossas cabeças.

Yelena: Eu amo vocês.

Saímos correndo para o porão, nos escondemos embaixo de caixas e ficamos no escuro apenas ouvindo os barulhos. Os passos eram muito pesados, parecia que tinha unas 20 pessoas em nossa casa. Os estilhaços de vidros era constantes assim como os tiros, aquilo me assustava e eu não via nada a não ser o rosto assustado do meu irmão em meio a penumbra.

James se irrita e vai em direção a confusão, eu corro em direção a ele. Ele para no meio do corredor e eu fico mais afastada me ocultando nas sombras das laterais das portas. Observo tia Yelena correndo de uma porta a outra e homens tão armadurados que pareciam robôs.

Yelena vê James e corre na direção dele, a cena passa em camera lenta na frente dos meus olhos. Sua expressão de esforço para alcançar James contrapõe e feição de assustado do meu irmão. Seus dedos ficam a milímetros dele mas param e caem junto com ela. Com um tiro, seu corpo cai desacordado no chão, sangue molha as paredes antes amareladas do tempo e o chão se encharca de um sangue profundamente vermelho

Um homem com roupa e armamento pesado passa por cima do cadáver dela e agarra os braços de James que se debate inutilmente. Eu finalmente saio das sombras e tento resgatar meu irmão em um ultimo gesto desesperado de manter minha familia, mas não sou forte, outro homem me segura por um braço.

Seguro as mão de James tentado me manter junto a ele, mas o homens são muito fortes e levam ele embora, me jogam dentro de um carro gradeado e pelas frestas consigo ver outro carro se afastando no meio da chuva. Estou assustada demais para gritar, chorar ou fazer qualquer outra coisa. Apenas fico parada na cadeira do carro desejando que meu irmão esteja me esperando no fim da viagem.

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Posto o próximo daqui a a algumas horas. 

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