Cara Morte, como vai?
Escrevo não para lhe xingar, e sim para lhe pedir desculpas
Sinto muito por todas as vezes que eu te odiei
Meu ódio é um medo disfarçado por perder algo que um dia eu amei
Posso te contar como é chorar?
As pessoas choram falsamente por alguém que nunca quiseram conhecer ou realmente amar
Perguntam-se o sentido da vida
Me pergunto o sentido da morte
Uma mentira tão dolorosa
E não a ninguém que a suporte
Tristeza, maldade e injustiça
É assim que a definem
Eu defino como bela, como amar e viver
Mesmo que me chamem de louco eu aprecio você
Nada é eterno, qual a graça se fosse?
Eu entendo o seu trabalho tão terno
Incompreendido por alguém que não vê
O quão ruim seria eternamente viver
As vezes me canso de minha vida, mesmo sendo tão curta
Te imploro que me busque e te peço ajuda
Você diz que não é minha hora, e eu respeito sua decisão, entendo que eu precise viver mais
Mesmo que eu implore dizendo não
A morte é tão linda quanto amar e viver, poética, subentendida por algo que não podemos sequer compreender
Mas antes que eu me despeça poderia me responder...
O que me aguarda depois disso tudo? Finalmente meu descanso eu vou ter?
Sinto muito que seja uma mentira maldosa, espero que um dia, te apreciem da mesma forma que apreciam a vida... Uma verdade mal contada
Parece até conto de fadas a definição do que é viver...
