Eu e você!

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Era para acontecer

Mais uma virada de ano que passo em casa, sério eu não aguento!

Já passei umas dezenove viradas de ano em casa, essa eu não aceitaria ser do mesmo jeito de forma alguma!

O que me impede de sair? Moro sozinha nessa casa, nem tão sozinha porque tenho meu cachorro lindo, sem parentes na cidade e nenhuma casa de amigo para ir. Já que me mudei tem um mês, sem amigos por aqui.

Então, se não tem nada porque eu não saio? Já devo está tão acostumada na rotina de virada de ano em casa que nem me dei conta.

A, desculpa não ter me apresentado, sou Alice e tenho vinte anos. Acabei de me mudar para uma cidade no interior de São Paulo e estou me questionando os motivos de ainda não ter saído desse quieto lugar para aproveitar melhor o réveillon. Prazer,  sinta-se à vontade para acompanhar essa história!

Voltando, eu não vou ficar aqui. Dessa vez será diferente.

- E aí bobo, quer dar um volta? - Pergunto ao meu cachorro como se ele fosse me responder, mas isso não é uma frustação. Ele se comunica comigo de outras formas, eu tenho certeza. E sim, o nome dele é bobo.

Infezlimete eu sou pouco criativa, quando eu o achei na rua ele estava agindo de forma manhosa e bobinha. Nada melhor que um nome de acordo com o jeito que ele age, eu pensei e hoje me arrependo por não ter pensado um pouco mais.

As pessoas olham estranho quando veem o bichinho respondendo à esse nome, não posso fazer nada se ele se acostumou com o nome. Enfim.

Ele, como eu disse, se comunicou comigo através de um som que os cachorros fazem quando estão entusiasmados e depois pulou em cima de mim. Bobo ama passear a noite.

Sorri grande para ele o peguei no colo, era um cachorro de tamanho razoável e era tranquilo o pegar no colo. Levei-o até meu quarto e o coloquei em frente à sua vasilha com ração.

- Vou me arrumar, não muito, e jajá a gente sai. Não faz muita bagunça, você sabe que eu tenho muita preguiça de arrumar isso aqui. - Falei mantendo contato visual com o cachorro, e depois de dizer tudo ele latiu para mim e começou a comer.

Não disse que ele se comunicava comigo? Estão vendo? Eu estava certa, claro que sim.

Entrei no banheiro, grande de mais ao meu ver, e sem muita enrolação comecei a me banhar. Não vou comentar muito sobre isso, é um pouco constrangedor... mas eu lavei o cabelo, o que foi bom pois dá um alívio!

Mesmo que ele seja bem curto ainda dá um pouco de trabalho, eu já mencionei que tenho um pouco de preguiça né? Pois é, relevem.

E quando saí do banheiro e já entrei no quarto senti meu coração quentinho, bobo estava brincando com a fronha do travesseiro no qual ele deitava quando invadia meu quarto a noite. Eu amo quando ele brinca desse jeito, acho muito fofo.

E também, é só com essa fronha em específico que ele brinca. É muito apegado à ela.

- Que fofinho... - Disse em um tom de voz baixa mas mesmo assim ele ouviu e veio correndo até mim. Começou a pular e eu só ria e segurava em suas patinhas. - Não vou te pegar no colo agora pois tomei banho, porém depois que eu escovar seus pelinhos eu te pego. Ok?

Ele latiu enquanto abanava o rabo, eu me encaminhei até o guarda roupa e ele se deitou no travesseiro. Me esperando, ou não né vai saber

Não demorei muito escolhendo roupa, só quero sair para passear com meu cachorro. Não preciso está muito arrumada, nem vou me encontrar com ninguém para passar longos minutos escolhendo A roupa.

Era para acontecer Onde histórias criam vida. Descubra agora