big green eyes

1.6K 152 69
                                        

Louis

O despertador grita em meus ouvidos e eu me amaldiçoo pela noite mal dormida. Se tem algo que odeio é ser acordado de forma abrupta mas como eu provavelmente me odeio, tenho um iPhone o que quer dizer que tem os piores sons de alarme possíveis, quase morro do coração todas às vezes.

Desligo o barulho infernal e coloco o ante-braço em cima dos olhos, as cortinas blackout não permitem que os raios da manhã invadam meu quarto, então eu esfrego as duas mãos no rosto tentando espantar o sono e me levanto. Sigo a poucos passos até o banheiro de azulejos brancos e coloco a luz no médio, dando tempo para meus olhos se acostumarem enquanto escovo os dentes.

Antes de entrar no box estralo minha coluna de velho e alongo meus músculos, sentindo meu corpo reclamar pela falta das horas que não dormi. Abro a água morna do chuveiro e deixo cair em meu rosto, sentindo o cheiro puro d'água. Molho meus cabelos lentamente e pego o shampoo com cheiro cítrico e espalho por meus fios, retirando e repetindo o processo com o condicionador. Fico um tempo com a água caindo em meus ombros enquanto penso se deveria ficar o dia todo na minha cama ou se deveria ir para a empresa. É uma coisa constante que faço, como se eu tivesse alguma escolha.

Desligo a água e saio do chuveiro, sentindo o cheiro gostoso do meu sabonete no ar, eu adoro o cheiro de limpeza que fica pós-banho. Sigo de volta ao quarto e entro no closet, pegando um dos meus ternos favoritos, já que na parte da tarde teria uma exposição de arte na galeria que comprei recentemente, eu tenho muitos investimentos, apesar de o ramo que sigo ser tecnologia.

O terno é totalmente negro, o uso sem gravata, com minhas abotoaduras de prata e arrumo meus cabelos em um topete com a ajuda de um fixador. Coloco um dos meus relógios prateados e meus sapatos italianos.

Saio andando pelo apartamento até a cozinha, o apartamento não é grande, apenas dois quartos, escritório, sala e cozinha. Eu era sozinho, não achava que precisaria daqueles apartamentos gigantescos com mil quartos e várias áreas comuns. Quando entrei neste lugar meus olhos brilharam, principalmente pela varanda grande e as inúmeras janelas.

Entro na cozinha sentindo o cheiro de ovos com bacon e encontro Mary White, minha governanta, preparando a mesa.

- Bom dia, Sra. White. - Eu digo educado.

- Bom dia, Sr. Tomlinson. Vai querer qual chá hoje? - Era um ritual da manhã ela sempre me perguntar qual chá eu iria querer.

- Apenas Louis, por favor. Quero de hortelã, por favor. - Eu tentava ser acolhedor para os meus empregados, queria que eles gostassem de seus ambientes de trabalho.

- Quando começar a me chamar de Mary, te tratarei pelo seu primeiro nome. - Já faziam 2 anos que ela trabalhava para mim e sempre era essa resposta que eu recebia, ela era uma moça de 45 anos, uma mulher muito bonita se me permitiriam dizer. Ela foi indicada por minha mãe e eu simplesmente a adorava, ela era como uma tia para mim.

Sou servido com um prato com ovos e bacon, acompanhados de chá e um suco de laranja. Um pratinhos com Kiwis e morangos também é colocado na minha frente e Mary me lança um olhar autoritário com quem diz "coma ou levará uma bronca" e eu não duvido que sim, ela brigaria comigo.

Como meu café da manhã lentamente, buscando energia naqueles alimentos. Quando termino agradeço a Mary pelo café e me dirijo até o elevador descendo até a garagem. Escolho meu Volvo XC40, deixando o Audi e a Mercedes G Class parados por hoje.

ColorsOnde histórias criam vida. Descubra agora