40 - Inferno e busca

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S/n

Meu peito doía e meu rosto também,o rosto presumi que foi graças ao mamute que me pisou mais cedo,já o peito foi novidade,ou pelo menos foi assim até que lembrei da maldita estaca.

Não era atoa que ainda não me curei totalmente daquilo,abri os olhos com dificuldade e os fechei novamente ao me deparar com a luz brilhante do local.

— Merda.. — Sussurrei cobrindo o rosto 

Pelo menos,dessa vez,eu não estava presa,não com correntes pelo menos.

Eu estava em uma sala branca,tudo era tão branco que aumentava minha dor de cabeça,eu nem sabia que era possível para mim ter dores de cabeça.

— Eu morri e fui pro céu? — Sentei na cama — Sempre achei que fosse pro inferno depois de tudo o que fiz.. — Murmurei — Olá?Hum.. Jesus?

Um grito de dor me fez saltar,eu não reconhecia essa voz,mas esse cara parecia está sendo virado do avesso.

A porta se abriu e um homem com um jaleco branco entrou,ele aparentava ter não mais de quarenta anos e cheirava a loção para barbear cara,esse cara me deu arrepios.

— Eles gritam tanto que chego a pensar que ficarei surdo algum dia. — Disse olhando para o lado — Imagino que esteja se perguntando onde está.

— Algo assim.. 

— Eu sou o doutor,Frank-

— Como doutor Frankstein? — Ele riu,e eu achando que não dava pra ficar mais assustador 

— Não,me chamo Franklin. — Tirou uma arma de choque do bolso — Espero não ter de usa-la,mas estou aqui para consegui respostas.

— Onde está a Kara? — Foi o primeiro pensamento que me ocorreu 

— Quem?

— A garota,a loba que morava na fazenda que os caçadores destruíram mais cedo.. — Ele parecia confuso — As pessoas que me trouxeram aqui.

— Ah.. Esses,eu não sei sobre uma garota em especial,mas,todos os lobos de lá foram executados. — Isso era mentira 

— Você mente. — Saltei da cama e tentei atacá-lo apenas para ir ao chão após sentir um choque percorrer meu corpo — Que droga.. — Toquei a coleira do meu pescoço que não notei antes 

Eu já sabia que estava fraca,as dores irritantes no meu corpo tornou bem óbvio que me injetaram aconitum enquanto dormia.

— Gostou?É uma nova criação,permite que eu estude seres como você sem correr o risco de ser atacado,e como deve ter percebido,seu corpo está com aconitum até a borda. — Sentou na cama — Você pode tentar novamente,mas dá próxima pode ficar inconciente por horas.

Novamente os gritos voltaram,dessa vez ele estava acompanhando por mais vozes que gritavam como animais,em que eu me meti?

Salto no tempo

Não tive escolha se não dar as respostas que o doutor maluco pediu,eram coisas estranhas,como minha rotina diária,alimentação,se eu conseguia ir ao banheiro,sentir o gosto das coisas,sentir prazer,dor.

Coisas estranhas,mais parecia que ele estava me estudado,o olhar estranho que ele tinha a cada reposta,me lembrava o de um cachorro ao ganhar um agrado.

Ele não voltou a me responder nada sobre a fazenda ou a Kara,eu não acreditava que ela estava morta,sentia que ela não estava.

A questão mais importante passou a ser como eu iria a encontrar se estava presa naquele lugar?

Belas e Feras - Em PausaOnde histórias criam vida. Descubra agora