I hope my last breath is a sigh of relief {REGULUS BLACK}

Capítulo Único

Sim, eu mudei o nome do user.
Não, eu não esqueci de HB.
Sim eu acabei de escrever isso depois de uma longa pesquisa no AO3 e ficar deprimida com os conteúdos tristes envolvendo o Regulus e quis escrever meu próprio conteúdo triste dele ~ toma fôlego profundamente por não ter usado uma vírgula sequer nessa sentença ~

É isso, eu acabei de terminar de escrever isso, portanto não corrigi. Se houver algum erro gritante me avisem, por favor. Estou com sono, boa madrugada pra quem vai ficar acordado.

⚠️conteúdo levemente sensível⚠️
⚠️suicídio do personagem principal⚠️

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Eu imagino a morte tanto que parece uma memória
— anônimo

O silêncio nunca antes havia sido tão bem-vindo para Regulus quanto agora. O castelo assombrosamente grande e quieto passava diante de seus olhos, sua visão deformada por trás das lágrimas grossas que acumulavam-se em seus olhos, enquanto ele deixava seus pés guiarem-no por vontade própria, conhecendo sua rota.

Ele sorria, totalmente entorpecido. Conformado. Ou achava que sorria, sentindo os músculos do rosto contorcerem-se. Não importava, realmente. Não mais.

Ele sentia o chão de pedra sob seus pés descalços, poeira e sujeira levemente grudando em sua pele e unhas. Estava frio. Talvez fosse o chão gelando seu corpo até os ossos. Talvez fosse seu próprio coração e consciência gelando por conta própria — ele não precisaria mais deles, de qualquer maneira. Foda-se se isso congelaria, ou se deterioraria. Foda-se.

O moletom grosso preto, vários tamanhos extras, praticamente flutuava em seu corpo mortalmente pálido e magro; a calça de tecido fino, em contraste, grudando-se na pele. Um figuro patético para um Black, mesmo que um derrotado. Derrotado pelo quê? Não, por quem. Por si mesmo, pela vontade avassaladora de querer orgulhar seus pais. A si mesmo. A Barty. A Sirius.

Sirius.

Ele tinha certeza que Sirius estaria tudo neste momento, se o visse ali, caminhando quase sem rumo — mas ele tinha um. Ah, claro que tinha. Apenas não parecia — por Hogwarts, menos orgulhoso.

Ele também não estava orgulhoso. Nem um pouco. Ele descobriu, há pouco tempo — tarde demais —, que no processo de querer orgulhar todo mundo ele esquecera de viver. Pensar. Por si próprio, por suas vontades. Ele havia entregado um pedacinho do seu coração para todos aqueles que queria orgulhar e quando chegara sua vez de receber uma metade, ficara de mãos vazias.

Peito oco.

Então todos a quem ele entregara um pedaço de si devolveram esse pedaço. Danificado, sim. Como sempre. Como ele.

Ele conseguiu juntar os pedacinhos e devolvê-los para o lugar, sim. Mas ele não gostou do que viu.

Bem, era um figurino patético para uma morte patética, ele supôs. Um drama que não havia necessidade — ah, mas os Black sempre gostaram de dramatizar um pouco.

Regulus não registrou o momento em que saiu das paredes do castelo, mas registrou a grama orvalhada sob seus pés, o vento puro batendo em seu rosto e enchendo seus pulmões. Tão frio que ele sentiu como se estivesse nu, o céu e as poucas estrelas espalhadas sendo testemunhas de sua carne. Ele fechou os olhos, então, em resplendor, contemplação cega.  Ele quase sentiu uma pequena faísca de vida ressoar em seu peito, tentando acender uma chama já desconhecida em seu coração nojento. Tentando encher um conta gotas com pingos de vida para derramar em uma garganta queimando para ser hidratada.