o amor está bem ali - beauany; urridalgo.

aquele com as novas vizinhas barulhentas.

Ele sentia que sua cabeça a qualquer momento viria a explodir.

Josh tentou mover o corpo que estava jogado sobre uma pilha de latas de cerveja, mas foi em vão. Seus membros se recusavam a se mexer e ele podia jurar que se virasse a cabeça um pouco mais para o lado, toda a bebida que ingeriu na noite passada sairia para fora do seu corpo. Então ele ficou deitado, encarando o céu que já começava a mostrar sinais de claridade.

A varanda estava com um odor insurportável de resto de comida e o cheiro forte de cerveja, uma mistura de odores que não estava fazendo nada bem para o seu estômago fragilizado.

E Noah? Onde estava Noah?

A última lembrança que ele tinha do amigo na noite passada foi de tê-lo visto entrar no seu quarto com uma garota loira, depois disso tudo era um borrão de bebidas e peitos.

Quando a tontura pareceu passar e seus braços estarem um pouco menos doloridos, Josh conseguiu forçar um pouco o seu corpo para cima e se encostou na parede mais próxima dele.

— Eu nunca mais vou beber desse jeito na minha vida. — Murmurou.

Os raios solares já começavam a iluminar o pequeno espaço que era a varanda deles e o ambiente se tornou ainda mais insurportável de ficar. Josh usou todas as suas forças restantes para conseguir se pôr de pé e andar em direção ao banheiro.

Mas antes que conseguisse chegar ao seu destino, ouviu os gemidos do melhor amigo vindo da sala.

— Está tudo bem aí, cara?

— Não.

— Vou pegar um remédio para dor de cabeça para você.

— Eu te amo.

Ao encarar o reflexo no espelho, Josh fechou os olhos e respirou fundo. Seus olhos estavam vermelhos e inchados, enquanto seu cabelo estava bagunçado para todos os lados e estava grudando na testa devido ao suor. Era uma imagem que o estava dando arrepios.

— Estou falando sério, nunca mais vou beber desse jeito pelo resto da minha vida.

— Quantas vezes você já não disse isso antes? — Sua melhor amiga e companheira de vida, Heyoon, o encarou da porta do banheiro. Ela tinha um comprimido e um copo de água em cada uma de suas mãos. — Toma, eu vou dar outra para o idiota deitado ali no chão.

— Eu não sei o que seria da gente sem você, Yoonie.

— Não gostaríamos de saber.

Heyoon andou até onde Noah estava deitado de barriga para baixo e o fez levantar com certa dificuldade, mas conseguiu colocá-lo sentado no sofá.

— Engole.

— Obrigada, Heyoon.

— Agora que eu vi que vocês dois idiotas não estão mortos no chão da cozinha, eu vou embora. Espero que lembrem da sensação de desamparo que sentiram ao acordar. Tchau, amo vocês.

Josh viu a amiga sair pela porta e fechá-la com delicadeza. Eram ações como essa que fazia com que ele a amasse cada vez mais.

— Adoro o jeito como ela pisa na gente e depois dá um beijinho na testa.

— Essa é a Heyoon, mas agora quem vai dar um jeito nessa bagun...

Noah levou as duas mãos aos ouvidos quando ouviu um estrondo vindo do andar de cima. Sons de panelas e talheres caindo no chão pareceu vibrar por todo o apartamento.

— Shelby, não!

— Que porra é essa, Josh?

— Eu não sei. O senhor Alfred por acaso tem alguma filha chamada Shelby?

— Eu não faço a menor ideia, mas faça ela parar. — Noah deitou-se no sofá e cobriu o rosto com um travesseiro.

— Esquece, Noah, você não vai se livrar de limpar o apartamento...

— Sabina, onde está a caixa com os meus sapatos? — Mais gritos eram ouvidos do apartamento de cima.

— Puta merda, elas não sabem o que é um carpete?

— Noah...

— Any, você poderia ir arrumando o restante dos livros nas prateleiras?

— Já chega!

Josh observou o amigo levantar mesmo cambaleante e andar em direção ao armário de limpeza deles, Noah voltou com uma vassoura em mãos.

— O que você está fazendo?

— Parem com essa barulheira, caralho! — E então Noah bateu com a vassoura três vezes no teto.

Surpreendentemente, as garotas do apartamento de cima pareceram obedecer ao pedido feito tão carinhosamente pelo seu vizinho do andar de baixo, mas quando Noah colocou a vassoura no chão novamente, pisadas raivosas procederam-sem do andar de cima.

Noah podia jurar que viu as aranhas do teto se mudaram de lugar para fugir daquela barulheira toda.

— Não. Estamos. Fazendo. Barulho. Idiota!

Cada palavra transmitida foi seguida por uma pisada forte no chão.

— Eu vou mata-las.