Até o Fim

Será ele o meu protetor ? - Alana

Como combinado 2 dias depois, estava eu parada na frente do espelho com as mais pálidas e suando de nervoso , exausta por ter experimentado várias roupas e achar que nenhuma estava boa , queria ficar linda para encontrar Thomas.
Após quase 2 horas decidindo o que vestir, optei pelo básico coloquei uma calça jeans de cintura alta mas que marca um pouco meu bumbum , uma regata de alças fininhas e uma camisa social de botões aberta , uma pequena bolsa e tênis, cabelos soltos ondulados e muita máscara de cílios e um gloss. Me encaro uma última vez no espelho e sorrio com o resultado, saio então para encontrar com ele.
Me encaminho até o parque e me sento no mesmo local que estava há dois dias atrás , olho no relógio e marca exatamente 16:00hrs como combinado.
Meu coração começa a sentir um aperto, quando vejo no relógio que já são 17:30, e então me levanto me segurando para não chorar, e por que eu estou chorando ? Mal conheço ele e se ele for um assassino ? , Começo a caminha para fora do parque, quando escuto latidos vindo a minha direção, me viro e vejo Tessa correndo até a mim, e aquele moreno lindo caminhando em nossa direção, em um momento de fraqueza e sentimentos corro até ele e abraço forte e ele retribuiu o abraço, sinto sua respiração próximo ao meu pescoço o que me faz arrepiar, logo nós separamos .

- Me desculpa, eu acabei me atrasando e não tinha como te avisar eu vim o mais  rápido que eu pude - Fala com aqueles lindos olhos castanhos mas que hoje tem uma certa escuridão neles, algo está diferente nele, me faz lembrar o olhar do assassino que me salvou .

- Tudo bem - Falo e me afasto dele

- Está tudo bem ? , Está brava comigo ? -  ele tensa de aproximar , mas eu me afasto, não pode ser , ele não pode ser o assassino que matou meu pai.

- Está sim, é estou com fome - ele sorri, e me indica a direção para andar ao seu lado

- Vamos procurar um lugar para comer então -

- Sei onde podemos comer, no meu lugar favorito - resolvo levar ele no meu restaurante favorito aonde servem comida italiana, os donos do restaurante são um casal de italianos que conheciam minha família então sempre tem um carinho muito grande por mim, após o olhar de Thomas me sinto insegura e então melhor ir para um lugar aonde me conhecem .
Fomos caminhando próximo um ao outro até o restaurante aonde ele fica inseguro ao entrar , me fazendo desconfiar mais ainda, mas como muita insistência da minha parte ele entra e fazemos nossos pedidos, Otávio e Marcella o casal que são donos, nós encaram parecem que querem pular em cima do pescoço de Thomas e ele percebe ao não trocar olhares com ninguém apenas comigo, apesar dessa desconforto toda nossa conversa é intrigante de tão boa e confortável.
O olhar dele agora mudou é sereno e calmo, e o sorriso em seu rosto é radiante , mas logo seu celular vibra e vejo aquele olhar sombrio e fundo e sim o mesmo olhar que eu vi quando meu pai foi morto, posso está maluca mas acho que é ele .

- Eu preciso ir Alana - Falo com voz mais séria

- Por que ? - Questiono , fazendo ele ficar meio irritado

- Trabalho - ele me olha fixo e tenho a certeza maior ainda é ele .

- Por que me salvou naquela noite ? -

- O que ? - Confuso ele me questiona tentando disfarçar seu olhar

- Olha para mim, e me responde por que me salvou naquela noite que vocês mataram o meu pai ? -

- Alana - ele suspira

- Eu nunca esqueci o que você fez e muito menos o seu olhar -  suspiro , e pisco forte meus olhos para chorar .

- Podemos conversar em outro lugar ? -

- Eu não quero nunca mais você perto de mim, não sei quem você é o que faz mas sei que não vai encostar um dedo em mim, fique longe - Me levanto e vou em direção do balcão ele tenta me segurar mas Otávio e Marcella já estão próximos a mim .

- Aqui não - Fala Otávio com certa raiva sua voz .

Após ele sair, corro para casa sem escutar Marcella me chamando , entro em meu quarto e me tranco lá , a dor que está no meu peito vendo as cenas de meu pai caído no chão me atormenta.