Dizem que toda grande tragédia começa como dominós em queda.
E eu devia ter pensando exatamente assim quando você deu o primeiro passo pra trás. Aquele seu primeiro sinal.
Devia saber que você não ia ficar, que não queria ficar.
Eu devia ter ido embora no segundo em que você me machucou.E sei que muitos de vocês que estão lendo agora podem pensar em várias coisas que eu devia ter feito e falado pra esse menino que tanto me magoou, mas juro que naquele momento eu me senti completamente paralisada. A cada história que ele contava para continuar com a nossa que já estava abandonada em rascunho há muito tempo, eu perdia um pouco da mão de controle.
Mas eu bem que tentei, eu tentei tanto. Escrevi pra você que se fosse pra ter metade, preferia que fosse embora, mas todas as vezes você me parava pra esperar.
Por que você age assim? Por que você abandona o que quer guardar e continua onde não quer ficar?
Por que você acha que tá tudo bem dirigir em duas direções? Ir e voltar ao mesmo tempo?Você desistiu de nós umas 100 vezes, como eu deveria saber que dessa vez você não me ligaria?
Ontem foi dia 13 de janeiro, a véspera. Estávamos prestes a nos conhecer.
E hoje é sexta feira, mas eu nunca mais vou me apaixonar por você.
Eu tive uma longa sequência de déjà vu.
Não fazia ideia de que ia ter você. Nunca imaginei tudo que aconteceu depois de você.
Não me sentia viva passando por esses meses e assistindo os meus dias começarem e acabarem pacificamente e por isso não posso reclamar totalmente de você.
Você fez eu me sentir viva como nunca.Me deu todas as borboletas no estômago do primeiro romance adolescente.
Mas é tão necessário lembrar que borboletas no estômago, eventualmente, tornam-se crises de ansiedade.
E foi exatamente isso que aconteceu.
Você fodeu com a minha cabeça, garoto. Eu nunca duvidei tanto de mim mesma.
Exceto que, com a gente, parece que o processo veio reverso.
Porque estava tudo tão completamente bem antes de você. Eu não sentia uma tremenda falta do que nunca tive.
E eu estava começando a ter adrenalina por mim mesma.Com muito custo, havia acendido uma fogueira para me aquecer e abrigar confortavelmente e as primeiras grandes labaredas começavam a subir.
Era a primeira subida e descida da roda gigante.
Definitivamente não liberava tanta dopamina quanto você dando start na nossa playlist.
Mas a minha vida era uma constante, uma boa constante.Cada noite e madrugada com você era uma grande rave de emoções.
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Borboletas em Chamas | ⚢
RomanceAlícia e Luma costumavam ser melhores amigas quando crianças, mas brigaram aos oito anos de idade e desde então se detestam e se evitam como praga. Entretanto, ainda que a briga houvesse sido grande e significativa na vida das duas, a ponto de doer...