O rei do Carma

Capítulo 02.

Um anos depois.

Reino de Nièzāi.

Mengyao andava preocupado, tudo naquele dia aparentava estar perfeitamente normal. Ele acordou, foi até o quarto de Xue Yang, o limpou superficialmente com um pano úmido, trocou suas vestes e lhe passou energia espiritual.
Mas assim que ele tocou a mão do rei, ele sentiu um arrepio atravessar seu corpo. E não era por causa da pele ainda fria do rei que permanecia gelada mesmo depois de um ano completo, era uma sensação diferente. E honestamente, o mago não sabia diferenciar se isso poderia vir a ser algo bom ou ruim.

Mengyao, "quando que você vai melhorar, meu rei? Sinto sua falta a-yang"

Então mengyao se levantou e se retirou dos aposentos de seu rei, ele estava indo em direção a seus próprios aposentos para pegar algumas coisas que iria precisar para certos exames rotinas em Xue Yang.
Mas algo diferente aconteceu.
O corpo do rei de começou a tremer, quem encostasse a mão em seu peitoral poderia sentir o coração que antes mal lutava para bater se movimentar com tanta força e rapidez que era como se tentasse escapar e ir para fora da caixa toráxica! A respiração do rei ficou ofegante, os pulmões que no início puxavam com dificuldade a metade do ar que precisavam para se manter funcionando agora estavam respirando o mais forte que pudesse.
O peito subia e descia rapidamente, o suor escorria pelas laterais do rosto de vossa majestade e as mãos se agarravam aos lençóis finos e caros embaixo de si. E então, em meio a todas aquelas respirações ofegantes o rei puxou o ar fortemente pela boca, como se estivesse se afogando por muito tempo e finalmente acabasse de conseguir por o rosto para fora da água. Sentindo o ar que lhe trazia vida encher seus pulmões novamente.

E então, o rei abriu os olhos.
Ele estava vivo, acordado novamente.

Mas agora, ele respirava como se houvesse parado de respirar a séculos.
Os olhos permaneciam exatamente iguais a um ano atrás, olhos mortos e sem vida..porém afiados e ferozes. Como se estivesse em alerta para atacar qualquer coisa estranha que lhe aparecesse na frente.
O rei não conseguia processar aonde estava, ele levantou as duas mãos na altura de seus olhos. Podendo ver a pele sair de um pálido mortífero para o tom de pele antigo, sua pele também era naturalmente pálida mas ela exalava sua saúde.
O rei de Nièzāi se sentou em sua cama, encostando as costas contra seus travesseiros e analisou o local.
Ele estava em seu quarto, isso era fato.
Mas isso não fazia o menor sentido, ele deveria estar morto! O jovem rei de lembrava claramente de tudo o que sentiu durante sua morte, ele se lembrava daquela espada misteriosamente atravessando seu peito e aquele barulho infernal, ele também se lembrava de ser forçado a se entregar para a escuridão após aquele barulho. Ele deveria estar morto, mas ele não estava.
A não ser que seu purgatório fosse idêntico ao seu quarto, aí sim ele estaria morto. Mas quando ele colocou a mão sobre seu peitoral, ele sentiu seu coração - agora calmo - bater tranquilamente em seu peito. Então ele teve a confirmação de que estava tudo bem, que ele não estava morto.

Xue yang, "Mas o que aconteceu então?"

Sua voz saiu baixa e rouca, e naquele momento ele percebeu o quanto ele precisava de água. Ele olhou para a escrivaninha ao lado de sua cama e viu uma pequena jarra de vidro com água dentro e um copo ao lado, então ele agradeceu aos céus por aquilo estar alí naquele momento. Ele esticou o braço para pegar os objetos e se serviu com um copo grande água, e bebeu tudo rapidamente como se sua vida dependesse daquilo. Em seguida ele se serviu com outro copo e o bebeu por inteiro.
Mas o rei se assustou ao ouvir a porta abrindo, ninguém em seu castelo ousaria abrir a porta de seus aposentos sem sequer bater. Então ele viu seu melhor amigo - quase um irmão - alí, e o mesmo parecia extremamente chocado. Tanto que aparentemente tinha congelado alí no lugar que estava, mas qual ele caiu na realidade novamente sussurrou um "Xue Yang?" E correu em direção a minha cama.