Capítulo Único

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Alguns dos personagens encontrados nesta história e/ou universo não me pertencem, mas são de propriedade intelectual de seus respectivos autores. Os eventuais personagens originais desta história são de minha propriedade intelectual. História sem fins lucrativos, criada de fã e para fã, sem comprometer a obra original.

AVISOS: Consumo de álcool, Linguagem imprópria, Sexo, Nudez, Heterossexualidade, Bissexualidade, Sexo a três, M/F/M

Depois de muitos anos, Tenya finalmente é capaz de entender o que o Tensei lhe disse uma vez sobre bebidas alcoólicas. Foi numa festa de fim de ano da agência Ingenium, quando o irmão mais velho notou o mais novo observando-o em completo choque ao vê-lo se servir de outra taça de champagne, talvez a segunda ou a terceira, Tenya já não se lembra mais, ele ainda era um pré-adolescente na época. Sabendo exatamente como ele era, e ainda é, o Tensei sorriu e perguntou se ele queria um gole, já esperando que o garoto fosse rejeitar por motivos óbvios. Porém, ele chegou a sentir o cheiro da champagne, meio doce, meio pujante, fazendo suas narinas coçarem levemente. Tenya perguntou como o irmão conseguia beber aquilo, e o Tensei só riu, dizendo que com o tempo se acostuma, o que importa não é o sabor, e sim os efeitos que a bebida causa.

Hoje, sentado no confortável banco de couro da limousine e olhando para a abertura no teto exibindo o céu em pequenos flashes enquanto o carro avança, ele consegue entender o que o Tensei disse. As três doses de whisky que Tenya consumira na festa lhe desceram queimando a garganta, mas a sensação que lhe corre pelo corpo, combinada com o movimento suave do carro, provoca um sentimento agradável de paz. A voz da Uraraka ressoando ao seu lado soa meio distante, mas há algo no tom com o qual ela conversa com o Midoriya que lhe causa uma tranquilidade dormente.

— Ei, não dorme não... — Tenya abre os olhos ao sentir uma leve pressão na testa. Ao olhar para o lado, encontra a Uraraka apoiando-se em seus ombros como se ele fosse uma cadeira reclinável, os olhos dela brilham com as luzes da noite e o encaram com atenção zombeteira — Como é que a gente vai te carregar se você apagar, grandão?

— Ochako, tanto eu quanto você podemos usar nossa individualidade. — o Midoriya a lembra, soando um pouco professoral, um pouco entretido.

— Ah é, esqueci. — ela ri — Mas ainda assim, não dorme não. — e se inclina um pouco mais, e Tenya sente a perna dela roçar contra a sua pelo que não é a primeira vez desde que ele aceitou uma carona na limousine dos dois depois da cerimônia de gala pós-divulgação do novo ranking de heróis.

— Sinto muito, creio ter subestimado o whisky que me foi servido. — ele balança a cabeça para tentar se recompor um pouco.

— Tá tudo bem, eu acho que também subestimei aqueles drinks coloridinhos, tinha gosto de gelatina, acredita? Você experimentou, Izuku?

— Não, eu só tomei um pouquinho de champagne. Eu tava... muito nervoso, achei que bebendo um pouco ia me soltar, mas acabei ficando mais nervoso. — ele dá uma risada constrangida.

— O mais novo herói número 1 enfrenta vilões dez vezes maiores e mais fortes, mas tem medo de uma dúzia de jornalistas. — Uraraka comenta e cutuca Tenya com uma leve cotovelada.

— B-bom, sim, eu... vilões são previsíveis, jornalistas nem tanto...

— Eu sei, só tava brincando. — ela deixa de se apoiar nele para alcançar seu marido — Por essas e muitas outras que eu te amo.

— Eu... eu também te amo por muitas coisas, mas ver você discursando é uma das minhas favoritas. — ele admite timidamente — Você foi incrível.

— Você acha? Eu treinei tanto, mas acabei esquecendo de algumas coisinhas que queria falar... fiquei nervosa também.

— Não deu pra perceber.

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