Meu Alfa me Odeia - Livro 1, 2 e 3

Livro 2| Capítulo 7

WOLFGANG

Quando estava prestes a chegar aos portões da vila, vi meu gama parado ali, esperando.

"Bem-vindo de volta, alfa Wolfgang", ele me cumprimentou.

Eu me curvei em resposta.

"Você descobriu alguma coisa sobre a bruxa, senhor?", ele perguntou quando eu cheguei mais perto.

"Nada. Não há vestígios de uma bruxa com o nome de Eleanor. É como se ela tivesse desaparecido.", respondi, frustrado.

Passei os últimos três dias procurando nas cidades ocidentais pela bruxa que criou a mãe de Aurora, ou qualquer informação sobre bando de onde elas vieram, mas não encontrei nada.

Olhei para o meu gama e percebi que ele estava ansioso com alguma coisa.

"O que foi, Remus?", perguntei. Era esquisito ele estar esperando por mim fora da casa da matilha.

"É Lady Aurora, senhor", ele começou a dizer.

Eu senti toda a cor sumir do meu rosto. "O que aconteceu com ela? Ela está bem?!", perguntei. Minha mente começou a imaginar todos os tipos de cenários ruins em que minha parceira poderia ter se machucado.

"Relaxe, alfa. Ela está ilesa", ele riu. "É bastante revigorante ver este lado seu, alfa Wolfgang. Tão super protetor com a sua parceira."

Eu rosnei. "Então o que foi, Remus?", gritei com ele. Comecei a andar em direção à casa da matilha, meu gama seguindo logo atrás.

"Ela veio até a biblioteca da mansão, em busca de respostas sobre algo peculiar que aconteceu com ela na noite em que você partiu", disse ele.

Minha curiosidade foi aguçada. "E o que foi?", perguntei, encorajando-o a continuar.

"Ela alegou que estava segurando algo, e pensando em queimá-lo, quando chamas roxas surgiram do nada."

Eu parei no meu caminho. "Chamas roxas? Como isso aco..."

Ele me cortou. "Eu não tenho ideia, alfa. Mas isso nos dá mais razões para acreditar que ela pode ser da realeza."

Você vê, garoto? Nossa parceira é incrível, não é?, disse Cronnos.

Eu não poderia concordar mais. Ela provou várias vezes a pessoa incrível que era.

"Eu dei a ela o livro e disse que estávamos investigando o passado da mãe dela", Remus disse, tirando-me da linha de pensamento.

"O quê?", rosnei e dei um passo em direção a ele. Ele recuou e ergueu as mãos em defesa.

"Ela me disse para informá-la assim que você voltasse. Ela quer falar com você e ouvir tudo o que você descobriu", disse ele.

Minha raiva desapareceu. "Muito bem. Eu irei vê-la imediatamente", eu disse. Aumentei minha velocidade, mas parei quando me lembrei de algo importante.

"Diga a todos os membros da matilha para serem cautelosos ao saírem da aldeia. Houve relatos de matilhas vizinhas sobre o desaparecimento de alguns de seus membros."

Meu gama ficou alerta imediatamente. "Eles sabem quem está por trás dos desaparecimentos?", ele perguntou.

"Até agora não há pistas sobre quem pode ser, mas não vamos baixar a guarda", eu disse.

AURORA

Eu sentei na biblioteca da mansão, lendo o livro que Remus tinha me dado sobre os descendentes da Lua.

Eu não o larguei desde que ele me deu.

Ele falou sobre a criação da monarquia lobisomem e seus assuntos políticos. Naquela época, nós, lobisomens, éramos conhecidos por humanos, e eles de repente se sentiram ameaçados por nós.

Foi quando os caçadores foram criados. O Grosvenor...

Eles caçaram todo e qualquer tipo de metamorfo, forçando-nos a nos esconder para a segurança do nosso povo.

A realeza ainda governava sobre todas as matilhas nos séculos seguintes, até que um dia eles foram emboscados e todos os membros da realeza morreram...

Ou assim se acreditava.

Fui arrancada de meus pensamentos quando Rhea de repente começou a pular de empolgação.

Ele está aqui! Nosso parceiro está aqui!, disse ela, e eu senti seu cheiro do lado de fora da biblioteca. Levantei meu olhar a tempo de ver Wolfgang entrar na sala. Eu me levantei e inclinei minha cabeça.

"Alfa."

"Aurora... não há necessidade de você fazer isso. Não mais", ele disse para mim.

Eu apenas o encarei silenciosamente.

"Você precisava falar comigo sobre algo?", ele perguntou.

Eu sabia disso agora, Remus teria dito a ele o motivo pelo qual eu queria falar com ele, então fechei o livro e deslizei sobre a mesa para ele.

"Preciso que você me diga tudo o que sabe sobre isso e sobre o passado da minha mãe", eu disse, indo direto ao ponto.

Ele olhou para o livro, então trouxe seu olhar de volta para mim antes de assentir.

Ele se sentou e fez um gesto para que eu fizesse o mesmo. Sentei, esperando que ele começasse a falar.

"Remus disse que já lhe contou sobre a chegada dela em Buckland. Estive procurando pela bruxa que estava com ela, Eleanor, mas até agora não há vestígios de que ela possa estar viva."

Ele balançou sua cabeça. "Ninguém a viu ou ouviu falar dela em mais de dezoito anos. A única informação útil que obtive foi que a matilha Howling Moon foi vista pela última vez na cidade de Fairbanks."

Tudo o que pude fazer foi ficar sentada, ouvindo, tentando processar tudo o que ele acabara de dizer.

"Aurora... Remus disse que você queimou algo usando sua mente. O que foi isso? Como foi acionado?", ele perguntou.

Eu tive que pensar na noite em que isso aconteceu. Na noite em que ele veio à minha casa e deixou rosas para mim na minha porta. A resposta foi clara.

"Raiva. Foi isso que o desencadeou", eu disse. "Eu preciso ir lá. Preciso ir para a aldeia onde ela cresceu e para Fairbanks. Preciso descobrir mais sobre isso."

Levantei-me e comecei a caminhar até a porta, mas Wolfgang segurou minha mão.

"Você não pode deixar esta aldeia sem minha autorização. É muito perigoso", ele disse em uma voz autoritária.

Ele olhou para Remus. "Informe a Max que ele ficará encarregado da matilha por mais uma semana. Aurora e eu vamos fazer uma viagem."

Eu me virei e olhei para ele em choque. "O quê? Não! Você não tem permissão para vir comigo", eu disse.

"Na verdade, é você quem não tem permissão para sair, a menos que eu diga. Então você pode vir comigo ou não ir. Sua escolha", disse ele.

Ele se virou e foi em direção às escadas. "Estarei esperando nos portões da vila às oito em ponto. Não se atrase."

Seu filho da puta.

Continua...