𝑳𝒂𝒈𝒐𝒂 ~~

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Éramos só eu e você naquela vasta floresta fugindo de nossos pais. Havia uma lagoa imensa em nossa frente e um campo de margaridas, margaridas brancas, estavam em multidão. Continuamos a andar, demos a volta na lagoa, paramos e logo em seguida sentamos debaixo de uma árvore.

— Seus olhos castanho me transmitem paz. Consigo imaginar uma imensidão de coisas quando olho para eles. — Alex diz entrelaçando seus dedos em meu cabelo.

Alex é a melhor e única pessoa que tenho comigo. Consigo me sentir bem e confortável quando converso com o mesmo, tenho confiança e segurança porque ele sempre me mostrou o melhor caminho e me apoiou em todas as minhas decisões. Nos conhecemos a cerca de uns quatro anos, mas começamos a namorar alguns meses, decidi esperar o melhor momento para mim já que eu me assumi a tão pouco tempo.

— Eu te amo Alex. — Fixei o meu olhar com o dele e logo em seguida demos um selinho. — Eu te amo muito.


{ I }

"O horizonte me mostrou, que a vida é apenas um fio prestes a romper"

"O horizonte me mostrou, que a vida é apenas um fio prestes a romper"

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{08 DE FEVEREIRO 2021}
{07:30 A.M.}

São exatamente sete e meia da manhã, o alarme toca, minha mãe batendo na porta e meu cachorro não para de latir, o que fiz para merecer isso?

— Alejandro Hernández você tem 10 minutos para se levantar dessa cama. Caso não levante, eu venho até aqui novamente e te taco pela janela! — Ela grita 23 palavras em questão de segundos. Meu deus.

— Já estou indo! — Digo arrastando meu corpo da cama até o chão. — Já estou indo.

Me levanto do chão e vou direto pro banho. Após uns 5 minutos saio do banheiro e vou direto para minha penteadeira finalizar o meu cabelo, em seguida visto minha roupa. Coloco uma calça verde-claro, uma camiseta branca e um blazer também verde-claro em meus ombros. Passo um dos perfumes que tenho, mais específico oque ganhei no meu aniversário passado, Tom Ford, um perfume com Amêndoa Amarga, Baunilha, Couro e Raiz de Orris. E um desodorante para não ficar com odor porquê São Paulo é extremamente quente às vezes. Faço rapidamente minhas malas.

Desço as escadas, coloco minhas malas no sofá e vou para a mesa tomar o café da manhã.



— Achei que não vinha mais. - Minha mãe diz juntando suas sobrancelhas.

— Não quero chegar na escola de qualquer jeito, mãe. — Aquele povo claramente vai fixar os olhos em mim, não poderia chegar de qualquer jeito.

— E não vai. Pode ter certeza. — Mãe otimista é o equilíbrio que eu precisava. — Está ansioso? Não acho uma boa ideia você ir estudar lá, já te disse.

— E você sabe a minha opinião. Sei que não gosta do vovô Hernández, mas eu quero estudar lá, seria uma pura hipocrisia, o neto do Hernández não seguir o legado de sua família, a internet ia cair em cima de mim. — Minha mãe e meu vô se afastaram depois da morte de Melanie, por algum motivo que até hoje eu não sei.

— Não apoio sua ida para esse campus, existem outros melhores em São Paulo. E oque a internet acha não importa, aprendizado é importante, não importa em qual escola seja! — Minha mãe deve odiar ele, mas não consegue admitir isso.

— Mãe. Tenho 15 anos, tenho consciência das minhas decisões. Não é sobre vocês, é sobre a mim, o meu futuro, quem eu vou ser. Não sei oque aconteceu com vocês, mas espero que fique entre vocês, não quero que isso interfira nos meus estudos.

— Sim, filho, eu sei. Mas tenho medo de que algo aconteça com você, não quero que se machuque. — A mulher diz passando a palma da mão em meu rosto.

Desde a morte de Melanie que ocorreu consequentemente no campus ES, minha mãe tem medo de que eu e meu irmão, o Gael, que ainda tem 6 anos, estude lá. Mas eu quero. Quero superar o fato de minha irmã ter ido assim tão fácil em uma escola.

— Não vou. Pode ter certeza que não. A segurança do campus está bem melhor agora. — Digo colocando um pedaço de pão francês na boca e logo em seguida bebendo um suco de laranja natural. — E eu sei me cuidar mãe, sou velhinho já.

— Isso não muda meu pensamento, sou sua mãe, e quero te proteger, você sabe disso. Vamos? — Dona Carla se levanta da mesa rapidamente e pega sua Saint Laurent uma de suas bolsas. — Temos que chegar pontualmente.

— Calma mãe, nem é tão longe. — Pego minhas bolsas e vou direto pro elevador.

— Juro que se eu fosse uma mãe desgraçada, te deixava aqui mesmo, fazendo você perder seu primeiro dia! — Ela me olha, claramente nervosa.

— Já disse para você ir ao médico, isso ai de mudar de humor rápido deve ser bipolaridade — Coloco minhas mãos em minha cintura e levanto o queixo.

— E eu vou te levar para um hospício. Porquê essa sua loucura me deixa nos nervos! — Ela diz enquanto faz um gesto com as mãos e balançando a cabeça, como se estivesse louca.

Após ajeitarmos as minhas malas e ter tirado a cadeirinha do Gael, já que ele vai ficar com a babá, entro no carro e sento no segundo banco. Depois de alguns minutos, já em meio a cidade, coloco em meus fones de ouvido, ouvindo Notion de The Rare Occasions.

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⏰ Última atualização: Jun 30 ⏰

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