My Brother's Girlfriend - Parada

capitulo 11

Andi Pvo's.

Abri os olhos rapidamente após ouvir gritos vindo do quarto em frente, Emilia e Sebas pareciam discutir. Olhei no pequeno relógio que ficava no móvel ao lado da cama. Marcava exatamente 4:45 da manhã. O céu ainda estava um pouco escuro e o tempo frio.

Ouvi a porta bater, em seguida passos de alguém descendo as escadas. Não contive a minha curiosidade. Vesti um moletom preto e saí do meu quarto. Passei em frente ao de Sebas, e vi ele jogado na cama, dormindo profundamente. Neguei com a cabeça e desci as escadas indo em busca de Emilia.

Encontrei a pequena na rede que ficava no jardim, ela estava com os seus olhos fechados e abraçava seus próprios braços, talvez pelo vento frio da madrugada.

─ Oi. ─ Vi ela abrir os olhos, dando um meio sorriso. ─ O que aconteceu? acordei com a discussão.

─ Sebas, ele chegou agora e bêbado. ─ Seu tom era de pura decepção. ─ Acho que luka estava certo, acho que ele estava mesmo com outra mulher, senti um cheiro de perfume feminino em sua roupa.

─ Que idiota. ─ Como eu gostaria de socar a cara de Sebas nesse momento. ─ Posso me deitar aqui com você?

Ela assente, me dando espaço na rede. Emilia se ajeitou deitando sua cabeça em meu peito. Me atrevi a levar minha mão até o seu cabelo, e acariciar. Enquanto ela apenas se aconchega mais em meu corpo.

─ Sabe o que é pior? o fato dele ter estado com outra não me incomoda. ─ Senti uma pontada de felicidade em meu peito. ─ Mas sim o fato dele estar se mostrando uma pessoa totalmente diferente do que sempre foi comigo. Ele parece gostar de me machucar, suas atitudes falam por si só.

─ Emilia, esse é o Sebas de verdade! Durante esse tempo com você ele apenas fingiu ser alguém que não é, na verdade ele é apenas um cara egoísta, que pensa apenas em si, nos seus interesses e tá pouco se fudendo para o resto do mundo. ─ Falei me recordando do passado.

─ Você e o Sebas não se dão bem, não é? toda vez parecem querer matar um ao outro pelo olhar.

─ É, digamos que ele não seja a minha pessoa favorita. ─ Respondi tentando encerrar aquele assunto.

─ Existe um motivo para isso, não é? ─ Me calei. ─ Se não quiser falar, tudo bem, eu entendo. Me desculpe se...

─ Com 15 anos eu beijei uma garota pela primeira vez, éramos amigas, era para ser um segredo nosso, ninguém sabia ou desconfiava na época que eu gostava de mulher. Mas Sebas acabou ouvindo uma de nossas conversas, ele contou para todo o colégio, contou para os meus pais que na época me deram total apoio, mas os pais dessa minha amiga não, eles abominavam a idéia de ter uma filha lésbica. ─ Senti o peso das minhas palavras, era como se eu estivesse voltando no tempo. ─ Eles a tiraram do colégio, proibiram ela de manter qualquer tipo de contato comigo. Já era tarde, eu estava nutrindo sentimentos por ela. Mas que tiveram que ser esquecidos, todos no colégio me olhavam estranho, as meninas não queriam estar perto de mim, e o pior de tudo, Sebas havia feito tudo aquilo apenas para me prejudicar, ele sempre tentou fazer de tudo para me ver mal.

─ Minha nossa, como o Sebas teve coragem? você é irmã dele, ao invés de te prejudicar, ele devia ter conversado com você. ─ Emilia estava horrorizada com a história que eu tinha acabado de contar.

─ Hoje em dia não conseguimos mais ser amigos, apenas estamos sempre próximos por conta da família, dona eleanor não aceitar ter os filhos longe.

─ Sua mãe me parece ser uma pessoa tão bondosa, você teve a quem puxar. ─ Sorri com o seu comentário.

─ Ela é sim, uma mulher incrível! ─ Emilia bocejou, se aconchegando mais em mim. ─ Está com sono?

─ Um pouco. ─ Respondeu baixinho.

─ Sabe, eu estou curtindo isso que está acontecendo entre nós duas. É um sentimento tão natural e genuíno. Eu não sei o que vai acontecer daqui para frente, mas eu não quero que isso acabe. ─ Senti a respiração de Emilia calma. ─ Emilia?

Não objetive resposta. Olhei para o seu rosto angelical, notando que ela havia adormecido. Ao menos estava mais calma.

─ Durma bem, pequena! ─ Beijei sua testa.

Encarei o céu por alguns instantes, enquanto deixava o sono tomar contar do meu corpo ao poucos. Finalmente podendo descansar.