capítulo 6

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chegando ao quarto destinado que o alourado citou, ele tira uma pequena chave de aparência envelhecida do bolso e abre a porta. o aposento aparentava ser aconchegante, com uma cama de casal e uma grande janela.

"seu quarto senhorita...sinto muito pela rispidez do senhor ackerman, o jeito dele é assim" armin dá um leve sorriso "espero que ele não tenha lhe ofendido, sinto muito" o rapaz fala a última frase apreensivo apertado as mãos e encarando o piso de madeira.

após o de fios dourados completar sua frase vosmecê se desespera, não queria que o garoto se culpasse por atitudes que não eram dele e nem sua culpa.

"s-senhor arlert ! por favor, não peça desculpas, sei bem como a personalidade do ackerman é, toda paradis sabe, ele é muito comentado em tabernas e lojas, em qualquer lugar" você fala enquanto balança seus braços em movimentos de desespero com medo do garoto se culpar por mais alguma coisa.

arlert simplesmente dá um sorriso e acena com a cabeça como forma de concordância "certo".

antes de armin se dirigir para a porta ele olha para trás, lhe analisando dos pés a cabeça. "irei perguntar a mikasa se ela tem um robe para lhe emprestar, creio eu que essas roupas não são muito confortáveis para passar a noite"

antes mesmo que vossa pessoa podesse abrir a boca para protestar e falar que não se importava de dormir com essas roupas, o rapaz fecha a porta atrás de si e deixa seu aposento, deixando apenas você e a brisa gelada da noite, que adentrava a janela meio aberta.

após um tempo pode ouvir uma sequência de leves batidas na porta, e junto delas pode sentir seu coração disparar pelo susto.

vosmecê levanta da cama que estava momentos antes sentada e se direciona a porta abrindo o trinco e vendo uma mulher alta, de cabelo preto curto e uma leve cicatriz no rosto, ela era linda.

"senhorita?" vosmecê se despertou de seus pensamentos enquanto piscava algumas vezes e encara o rosto da mulher a sua frente "hã...sim?" a mulher lhe encara por alguns segundos lhe estendendo um roupão dobrado segurando o mesmo  com uma das mãos "armin mencionou que você precisava de roupas para passar a noite." 

"oh, sim muito obrigada, senhorita... mikasa?" você a olha com um olhar de dúvida, temia mencionar o nome da senhorita a vossa frente errado e passar vergonha "mikasa ackerman. agora com licença que tenha afazeres" seu cérebro ficou processando por alguns momentos, "ackerman".

"acho que esse jeito com certeza é de família" pensou consigo mesma enquanto dava um risada nasal e fechava a porta atrás de si.

se despiu vestindo as roupas que senhorita mikasa lhe emprestou, as mesmas ficaram levemente largas e grandes, mas confortáveis, agradeceu a senhorita de mais cedo mentalmente pois não teve forças de falar a ela com palavras, ackermans eram realmente assustadores.

a noite já havia caído e parecia que junto a ela a temperatura também. por mais que estivesse revestida com várias mantas seu corpo estava gelado, seus dedos formigavam de tanto frio e conseguia sentir a ponta do nariz gélida. o sono simplesmente não vinha.

decide levantar da cama e procurar uma lamparina para iluminar o quarto e procurar material para acender a lareira, mas nessa missão só teria você e a luz do luar.

a noite estava tão densa que não conseguia enxergar um palma a vossa frente, vosmecê abre o trinco da porta levemente, orando para uma santidade superior não acordar os ackermans, preferia enfrentar um titã com as mãos amarrada nas costas do que trombar com um desses dois mau humorados.

ao passar dos momentos sua visão já estava se acostumando a escuridão. não necessitava mais andar com as mãos escoradas na parede como se tivesse algum problema nas pernas.

você tinha a impressão que tinha dado várias voltas, mas não achava nada do que precisava, já estava se sentindo frustrada e o tempo estava pior que antes. talvez senhor ackerman tenha errado o ambiente que você iria morrer de frio.

após algum tempo pode ver uma luz amarelada sair por de baixo de uma porta, a essa altura não estava se importando de tomar uma bronca de levi por estar vagando por ai e ser expulsa da área dos survey corps para sempre, só queria algo para se esquentar, e logo.

abre a porta levemente que ecoa um rangido. com as pontas dos dedos congeladas, e dando mini choques com o trinco congelado.

"é agora ou nunca." pensa consigo mesma.

𖥻݂𝆬  you're so golden- armin arlertOnde histórias criam vida. Descubra agora