A Princesa

CAP.5 - A Realeza em meu sangue

Leila pediu para uma de suas empregadas arrumar um lanche para que pudéssemos conversar. Maxon, continuava no telefone e não parecia muito contente com a ligação. Mas assim que me viu sorriu.

- Vem, vamos nos sentar na área, lá está bem fresco e confortável – Falou e me guiou até a sacada onde tinha uma vista perfeita, do campo e da cidade

- Aqui é lindo – Falei e me sentei, lá era bem arrumado, até parecia que alguém morava ali

- Sim é linda a vista, porém tem muitos lugares lindos pelo mundo, acho que vai gostar de conhecer, cada país tem uma cultura diferente e incrível

- Achei que a maioria usava as facções como aqui ou era parecido

- Em alguns países sim, porém a grande maioria não – Uma moça deixou um lanche na mesa e uma taça para Leila – O sistema de facção nada mais é que separar a sociedade por áreas de conhecimento, porém em grupos e com leis rígidas sobre essa divisão

- Como assim, pode me explicar? – Por nunca ter saído do país não sabia como funcionava em outros lugares e realmente estava curiosa

- Claro minha querida – Falou e sorriu – A Erudição por exemplo, são pessoas mais voltadas para as áreas de saúde e pesquisa, tanto que quando fazem a escolha depois da iniciação fazem faculdade em alguma dessas áreas apenas, em outros lugares você sai da escola e vai para qualquer faculdade que preferir sem precisar ser de uma facção ou um grupo específico, pode até mesmo trocar de curso durante a graduação

- Parece ser bem interessante e melhor, queria ter tido oportunidade de conhecer outros lugares

- Você vai conhecer ainda – Ela respirou fundo e me olhou com uma certa tristeza no olhar - Era muito perigoso te expor, não podiam desconfiar que estava viva e menos ainda onde vivia

- Quem não podia saber? – Perguntei tentando entender melhor os motivos de não terem me criado ou pelo menos me contado sobre quem eu sou

- Os Leans, uma família rival da nossa – Respirou fundo e me olhou – Por isso não ficou com a gente, fizemos para te manter segura

- Você pode me contar direito sobre isso? Minha mãe... ou melhor, Elisabeth falou que era melhor que vocês mesmos me contassem – Abaixei a cabeça pensando se eu realmente queria saber

- Há muitas gerações um casal teve apenas três filhos homens, o Lean, o Dracul e o Darcklin, com o passar dos anos cada um queria poder e mais poder, entrando em guerra os três, uma magia antiga os amaldiçoo, essa maldição seria eterna e passaria para seus descendentes. Cada um criou seu próprio reino, eles morreram em guerra uns contra os outros, e com o passar das décadas muitos se mataram também, mas isso você vai entender melhor depois. Algumas gerações depois os Darck e os Dracul se uniram, mas os Leans não quiseram

Maxon entrou na sacada e na mesma hora em que sentou a senhora que antes havia nos servido colocou uma taça em sua frente, Leila sorriu para ele e vi o amor que tinha entre eles.

- No seu aniversário de 1 ano, os Leans prometeram que te matariam antes que completasse a maioridade, assim acabando com a nossa descendência e com os Darck definitivamente quando eu e seu pai morrêssemos. Dois meses depois o palácio Dracul sofreu um grave ataque matando o rei e a rainha, no dia o seu único filho e nosso afilhado estava em nossa casa, por sorte. Nesse mesmo dia decidimos pedir para Marcos e Elisabeth te levarem e criar longe e sem ninguém saber quem era, sua segurança vinha em primeiro lugar, mas agora ta na hora de voltar, precisa aprender sobre seu reino e sobre você e o que somos

- Como assim o que somos? – Ela parecia estar sendo sincera com tudo, eles se entreolharam

- O mundo não é apenas o que se vê, tem muita coisa que a grande maioria não sabe da existência e não acreditam, fazendo com que não passe de contos – Falou Maxon – A magia antiga fez com que eles se tornassem seres sanguinários, seres que necessitam de sangue para sobreviver, mas com isso vieram os dons como velocidade, força, visão, audição e olfato extremamente apurados e poder viver por muitos e muitos anos