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Namjoon então estacionou o carro frente a casa branca com jardim pouco florido devido ao frio. Primeiro pegou as coisas do garoto para depois o tirar da trava e cadeira de segurança e o deixar correr para a porta. Jimin já os esperava ali quando o menino pulou e o outro pai o agarrou no ar.

Eles riam de algo enquanto Namjoon ia caminhando para o mesmo lugar. Jimin sorria largo, como sempre. Era até cômico como o mostrar de dentes do filho deles chegava a ser parecido com o de Jimin.

— Foi tudo bem na escola hoje, querido? Se divertiu com o Joon appa também? — Ele disse, o segurando no colo.

— Sim, foi! E Ji appa, hoje eu aprendi uma coisa muito legal. — Ele soltou, parecendo mais animado.

— É mesmo?! E o que é? Me conta! — Jimin o observou melhor e também com empolgação.

— Aprendi que eu te amo! Muito mesmo! O Joon appa que me disse pra te dizer. — E o abraçou pelo pescoço.

Jimin ficou estático, imóvel. Ele passava a mão no cabelo escuro do garotinho em seu colo enquanto olhava para Namjoon. Era visível a lágrima no canto do olho querendo já abrir uma cachoeira para expressar aquela sensação. Amar e ser amado era bom demais.

— Oh meu Deus, eu também te amo, meu anjinho. Muito... — O deu um beijo. — Muito, muito muito. — Vários outros. — E muito! — O agora moreno deu um beijo demorado no rosto da criança, que se contorcia em risada, e logo o deu um abraço mais forte.

Namjoon sorria encostado na pilastra da varanda da frente. Se fosse por sorte ou felicidade, não importava. Podia reescrever no dicionário a definição de amor só com aquela cena.

Tá, se fosse definir num filme, talvez diria que estava naqueles que o final dá certo. Ver o brilho dos olhos de Jimin, que apenas ele tinha, e ali com o filho dos dois nos braços, fruto do amor e desejo deles, também era uma outra forma de se falar de amor. E talvez uma das maiores que há.

O garoto pareceu ver algo dentro da casa e pediu para se soltar do pai, então assim que seus pés tocaram o chão, correu como um vento, deixando ambos os pais para o lado de fora. Jimin o observou até certo ponto e se virou para Namjoon, desconfiado.

— Era óbvio que isso tinha cara de arte sua... — Ele semicerrou os olhos.

— Eu juro que não tenho participação alguma nisso. — Namjoon assobiou em seguida, fingindo um disfarçar.

Jimin riu leve. — O que ele perguntou dessa vez?

— O que era amor.

— Meu Deus! — Jimin colocou ambas as mãos sobre a boca. — E você disse o que?

— Que amar é tipo estar com fome. — E bateu com a mão contra a testa.

— Eu prometo tirar um tempo para falar com ele sobre isso. — Jimin riu com todos os dentes, balançando a cabeça desacreditado. —  Como foi o trabalho hoje?

— Maçante... — Namjoon coçou a nuca. — Estar em um emprego novo é bom, mas tem suas muitas desvantagens... E os seus novos projetos? Deram certo?

— Sim, estava finalizando um agora pouco, antes de vocês chegarem... Só consigo concluir o quanto minha vida como apenas um arquiteto na Youth era muito mais fácil. Você deveria ter me dado uns tabefes quando eu decidi abrir meu próprio escritório!

Ambos riram ali e se encararam no momento descontraído. Aquele gesto nunca foi e nunca seria estranho para eles.

Então Namjoon finalmente entregou a bolsa da escola e de brinquedos a Jimin, que logo ouviram novamente a tagarelice do garoto, que agora voltava para a porta acompanhado. O outro homem e também moreno deu o garoto a Jimin e passou a frente na porta.

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