Naquele dia, a dona Andreia ia demorar um pouco para chegar em casa. Jessy, por sua vez, se tranquilizara por saber que, de igual modo, o Luís não estaria em casa naquela hora.
Entretanto, esse alívio não duraria para sempre e iria trazer um final nada agradável.
Por estar sozinha em casa, Jessy se entretinha com as músicas transmitidas pelo rádio. Contudo, o som do rádio estava, ligeiramente, mais alto e isso fez com que Jessy não percebesse que alguém entrou na casa.
Era o Luís.
O mesmo fora a procura de Jessy que, por sua vez, estava em seu quarto a varrer o chão. Luís a surpreendera por detrás e a mesma soltara um grito apavorante.
– Calma… não precisas de gritar. Sou só eu…
– ME SOLTA!!! – gritara Jessy desesperada.
Luís virou Jessy para ficar cara a cara com ela e a segurava pelos braços. O mesmo estava olhando para ela daquele jeito que a mesma detestava.
Jessy temia o pior…
– Já te disse que não precisas de gritar. Eu não sou surdo!
– Então, porquê que não me soltas? – os olhos de Jessy estavam marejados – Por favor, me larga!
– Jessy… eu… eu te amo muito. – Jessy expressava uma cara de “poucos amigos”. Luís estava tomando coragem para dizer o seguinte. – Só que eu não te amo como muitos podem pensar ou querer. Eu te amo como mulher. – Jessy arregalou os seus olhos com tamanha loucura proferida pelo Luís.
Ele era doente, só podia ser…
– Tu estás maluco? Bebeste? Como podes me dizer uma coisa dessas? – Jessy ainda estava incrédula – E a minha mãe, seu pervertido? AH, ME SOLTA! SOCORRO… - esbravejara Jessy.
– Eu gosto da tua mãe, mas quem eu amo mesmo és tu, Jessy… – declarou ao passo que tapava a boca de Jessy para que a mesma parasse de gritar.
Já estando em um “pico" de desespero altíssimo, Jessy fora chutar o amiguinho de Luís de modo que o mesmo a soltasse. E finalmente, a soltou ao passo que o mesmo caíra para atrás e Luís gritava em função de sentir fortes dores naquele sítio.
Jessy correra, desesperadamente, em busca de ajuda. Ela não podia mais ficar perto daquele maluco. Jessy saíra de casa e corria muito rápido. Todavia, ao ouvir a voz de Luís gritando o seu nome, Jessy não percebera que um veículo estava passando e, infelizmente, Jessy fora atropelada por este veículo.
Tanto as pessoas que estavam presentes nesse momento como o próprio Luís ficaram apavoradas com o que aconteceu.
O sangue de Jessy escorria involuntariamente. O condutor daquele veículo fugiu, sem se preocupar com o estado da adolescente que ele atropelara.
Ao passo que se ouvia choros e gemidos, o Luís chamara a ambulância e de seguida, Andreia. Quando a mesma soube do infeliz ocorrido, a mesma esbravejava de forma lamentável.
Infelizmente, o impacto fora tão forte que se tornou fatal para Jessy. A mesma acabara por morrer. E com tudo isto, a dor de Andreia só aumentava.
Ela perdera a sua única filha. Ela se sentia sem forças para fazer mais nada. A sua menina morreu…
Dias depois, Andreia iria encontrar um diário de Jessy onde ela escrevia tudo o que sentia e lá Andreia descobriu coisas abomináveis que Jessy passara com o Luís.
Ela foi investigar tudo isto melhor e esta suspeita fora confirmada.
Entretanto, antes de poder fazer com que Luís pagasse por tudo o que fizera, o mesmo já havia fugido.
Agora, o que restava a Andreia era a imensa dor e o penoso arrependimento que jazia nela em função de nunca ter dado “ouvidos" aos apelos de sua filha.
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Três vidas, uma sentença - Concluída
Truyện Ngắn☆CONTO☆ ⚠️Aborda a problemática da gravidez precoce, tentativa de abuso sexual, perseguição após término de relacionamento, feminicídio e suicídio 🥇#1 em problemas sociais (21/01/2022) 🏅#3 em Cabo Verde (22/01/2022) 🏅PREMIAÇÕES🏅 🥈2°Lugar no c...