ep:03

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Carol narrando:

era por volta das 15:30 quando uns caras armados até os dentes entraram no mercadinho, um moreno tatuado entrou junto a meus pais - que choravam descontroladamente - e Suellen entrou por último, ela tinha desespero no olhar, milena correu se escondendo atrás do caixa e eu apenas paralisei, o que eles queriam? babi tinha haver com isso?

- É Carolina né? venha aqui - o moreno vem até mim puxando levemente meus cabelos enquanto passava a mão em meu corpo - bem gostosinha até, vou levá-la agora mesmo

- Quem são vocês? o que tá acontecendo? - olho assustada enquanto me debato tentando me soltar

- Me desculpa carol, eu juro que sinto muito...eu não tive escolha - Suellen se ajoelhou no chão me abraçando, e logo recebe um tapa na cara do moreno

- isso que você chama de família, te deu em troca de uma divida. Agora você pertence a mim e será minha fiel - ele me encara e me joga contra um dos homens armados - levem logo ela, quero que tudo esteja pronto quando eu chegar

- por favor, me leve no lugar dela - suh estava com a mão na sua bochecha enquanto chorava suplicando ao homem

- Vocês estão brincando né? não deixa eles me levarem mãe, socorro - grito começando a chorar, dou uma cotovelada em um cara fazendo ele me soltar, logo o moreno tatuado se vira e atira na perna de papai. Entrei em choque, isso não podia ser real, eu não podia estar sendo usada como moeda de troca - seus desgraçadoss

- me perdoe filha, eu não sabia de nada...eu juro que não fazia ideia que sua irmã tinha essas dívidas - mamãe se ajoelhou, chorando ao lado de papai que gemia de dor, minha vida estava acabada, será que babi fez isso? maldita garota

- venham logo, tenho mais o que fazer - o tatuado cuspiu em papai e saiu dali subindo em uma moto, fui puxada pelos cabelos até o carro enquanto me debatia, sinto um objeto duro sendo desferido em minha cabeça e de repente tudo fica preto

[16:05]

acordo com uma forte dor de cabeça e começo a chorar, aquilo não podia ser real; me levanto olhando tudo em volta enquanto limpo minhas lágrimas, era um enorme quarto luxuoso e bem decorado, eu estava presa com algemas na cama. Sem ao menos uma fresta de luz, começo a gritar por ajuda, que foi totalmente em vão, minha garganta estava seca e só conseguia pensar na maldita menina, até que a porta se abre e a morena entra no cômodo, só consegui suplicar por minha vida

- babi? me tira daqui, por favor, não faz nada comigo babii - me ajoelho enquanto choro cada vez mais, ela parecia surpresa, talvez nem ao menos lembrasse de mim? mas como? - eu imploro, me tira daquii

- Em que porra você se meteu garota? eu disse pra ficar fora do baile - ela entrou no quarto, me libertou daquelas pulseiras de ferro e começou a caminhar de um lado para o outro - nem ouse tentar correr, como parou aqui caralho? - babi me olhou fixamente de cara fechada, seu rosto estava vermelho de raiva e sinto que a qualquer momento posso levar um tapa

- por favor, me ajuda - A olhei fixamente com os olhos marejados, tentando controlar o choro. Babi deu passos lentos até mim, segurou com força meu pescoço e me olhou com repulsa, o que eu tinha feito? o ar estava cada vez mais difícil de entrar e eu já me debatia, enquanto ela só apertava cada vez mais forte travando seu maxilar

- Você é uma vadia qualquer, como as outras...fez por merecer estar aqui. - ela me soltou fechando o pulso e quebrou um vaso - a empregada vai apresentar a casa e lhe darei uma lista do que é, ou não permitido... agora vá tomar banho, Victor voltará pela noite e quer você limpa, sem roupa alguma - logo a morena saiu dali trancando a porta, quem é Victor? e não vou olhe esperar nua nem que me obriguem, a imagem que criei de bárbara foi totalmente destorcida, ela parecia um anjo caído na noite anterior, hoje sei que ela é a própria rainha do inferno

[ momentos antes]

Lara narrando:

estava caminhando até o ponto de dona Fátima, presciso comprar coisas para repor lá em casa quando dois carros pretos passaram acelerando, um deles é de coringa; mas o que será agora? ainda é cedo pra qualquer ação, minhas respostas chegaram assim que entrei no estabelecimento, milena estava sentada no chão chorando enquanto outras três pessoas pareciam atordoadas. Joker já escolheu a nova fiel, pobre garota.

- Lara, por favor...fala pra babi não fazer nada com a carol, ela não merece pagar por erro meu. É tudo culpa minha - uma loira veio até mim com os olhos vermelhos, já lhe vi várias vezes na boca, e outras saindo do escritório de Babi. Meu sangue ferveu, logicamente era dela que babi havia falado

- lara nós ajude, voltan não merece passar por isso, ela é uma menina boa - Milena soluçava enquanto atacava um chocolate, ela costumava comer enquanto estava nervosa

- por qual motivo eu ajudaria a puta que dá pra babi? - puxei a loira pelos cabelos até o meio da rua, escutando gemidos vindo da mesma e gritos de várias pessoas, derrubei a mesma do chão e chutei com força sua barriga, assim começando uma sessão de espancamento; que só parou quando uns vapores me puxaram bruscamente no meio da multidão que tinha se formado ao redor, a deixei em um estado irreconhecível, arranquei tufos de seu cabelo e sua face estava ensanguentada, quero ver se terá coragem de voltar a se deitar com babi

[16:25]

me levaram pra boca principal onde Arthur estava, me jogaram em cima do mesmo e disseram tudo que tinha acontecido, apenas recebi um tapa na cara seguidos de vários xingos e dedos na cara, fui arrastada novamente até em casa onde marcos me trancou no quarto. Esperei 30 minutos enquanto ouvia seus passos e assim que eles se afastaram, tratei de pegar uma mochila onde coloquei umas roupas e dinheiro, amarrei vários lençóis e os prendi na cama, jogando a outra porta pela janela, me segurei firme e desci por eles, olhei um pouco o movimento e corri até a casa de Tainá, que fica perto da entrada principal

- abre logo garota - falo batendo na porta várias vezes, até que a mesma é aberta e a Tainá me puxa pra dentro trancando a porta

- tá fazendo o que aqui? soube o que aconteceu, vai tentar fugir de novo? - rio sarcástica enquanto caminhava até a cozinha pegando uma garrafa de água e um copo - toma ruiva, tá suada de tanto correr

- lógico que vou tentar fugir, agora Arthur inventou que quer me engravidar - coloco água no copo e bebo um gole

- ué, babizinha não pode te ajudar nisso? certeza que essa decisão dele  foi por conta dos boatos, que não são apenas boatos - a vejo cruzar os braços e reviro os olhos terminando de beber a água

- não é só por isso, você sabe o mal que ele me faz, eu não planejei isso Tainá, não vou ficar minha vida toda submissa a um bandido que se caga na primeira invasão - coloco o copo sob a mesa com certa brutalidade e suspiro fundo - babi não pode me ajudar nisso, nós teríamos que fugir daqui, e seria bastante difícil não sermos reconhecidas, e coringa mandaria os parças dele atrás dela

[Desculpem a demora, estava cheias de coisa da escola pra fazer, vou tentar postar com mais frequência, bjss]

𝐀 𝐟𝐢𝐞𝐥 𝐝𝐨 𝐦𝐞𝐮 𝐢𝐫𝐦𝐚̃𝐨 • 𝔅𝔞𝔟𝔦𝔱𝔞𝔫 𝔤!𝔭Onde histórias criam vida. Descubra agora