𝟬. prologue.

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Nunca pensei muito sobre como eu iria morrer, e sobre aquele tal "5 minutos da vida" aonde se passa um filme sobre sua vida pelo seus olhos

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Nunca pensei muito sobre como eu iria morrer, e sobre aquele tal "5 minutos da vida" aonde se passa um filme sobre sua vida pelo seus olhos. Eu era adolescente, aproveitando minha vida ao máximo com meus amigos e achei que era invencível e até pensei que viveria pra sempre.

Mas a morte não se parece com algo tão ruim, espero que a morte seja leve. Que seja como aquela sensação de acordar nos braços do nosso pai enquanto ele nos tira do cochilo do sofá para levar até a cama, ou a sensação de fim de tarde na praia depois de surfar com a galera. A morte é leve, e rápida, a única coisa que importa depois disso é o que você deixou pra trás.

Você foi a pessoa que queria ser? Viveu a vida que queria viver? Beijou quem queria beijar? Amou, se divertiu, riu tanto que sua barriga doeu? As pessoas vão lembrar de você? Você tem algo a deixar no mundo?

Acho que estou aos poucos respondendo essas perguntas ao longo da minha história.

As vezes me pego pensando sobre qual vai ser o meu último pensamento antes da morte, gostaria de saber se quando meu pai morreu, foi tranquilo como eu imagino.

A pior parte na morte, é pra quem fica. Pra quem tem a memória viva daquela pessoa, pra quem tem que aguentar o funeral, olhares de pena e os pêsames. Essa parte da morte não é nada tranquila. O luto perdura até algum dia da semana quando são nove e meia, você abre os olhos e aquela tristeza profunda parece ser dado trégua, você toma coragem e abre as cortinas dando de cara com uma imensidão, as luzes da cidade que nunca dorme tão brilhantes e chamativas. Consegue abrir um sorriso sincero sentindo o vento bater contra sua pele ainda quente.

As coisas ainda eram difíceis, principalmente na escola. Os olhares de pena pra cima do meu irmão e eu. As professoras descaradamente nos dando notas de graça por conta do luto. E um trilhão de cartinhas e mensagens por dia, parece até que a culpa era deles.

A culpa era minha, eu me sentia culpada desde o momento que abri os olhos e me vi naquela cama de hospital. Sempre me pego pensando no que teria acontecido se eu tivesse ficado naquela festa só um pouco mais. O que teria acontecido se o Liam, meu ex namorado, não fosse o maior babaca do mundo.

──── Acho que vamos nos mudar. ──── Ouvi a voz do meu gêmeo me fazendo tirar um dos lados do fone, olhei para ele confusa. ──── Vi nossa mãe procurando uma casa em um site estranho, em outra cidade. Bem longe daqui.

──── Você fuçou nas coisas da mamãe de novo? ──── Fechei meu armário e entreguei meus livros pro loiro que me acompanhava pelo corredor da escola.

──── Achei que ia achar pornô, ou talvez um site de relacionamentos, mas ela quer se mudar Lisa. Literalmente, deixar tudo para trás e ir embora. ──── Ele segurou meu braço me fazendo parar e encara-lo.

──── Talvez seja a melhor ideia Peter, você realmente gosta de estar aqui depois de tudo? ──── Ele pareceu meio pensativo, logo após soltou um suspiro cansado.

──── Tem razão, vamos pra casa logo.

━━━━━━━ NOTES 🥂

➤ oii gente linda!! como podem perceber, resolvi reescrever HIM AND I, reli ela esses dias e percebi que tive uma ótima ideia de história só não aproveitei ela como deveria. espero que gostem das mudanças e ainda gostem de euphoria jskskskd beijos. 💗

𝗛𝗜𝗠 𝗔𝗡𝗗 𝗜 | Fezco.Onde histórias criam vida. Descubra agora