Prólogo

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A vovó Teçâ sempre me contou a história dos meus pais. De como minha mãe Inaiê morreu quando me deu a luz, pois na aldeia não tinha muitos recursos medicinais, e o pouco que tinha não fora suficiente.
Papai Viatã morreu pouco tempo depois atacado por alguma fera quando foi caçar. Toda a aldeia teve que se mudar nessa época, porque onde vivíamos não era mais seguro. Não tenho muitas lembranças dele, mas sinto que falta do seu sorriso...

Por isso a vovó sempre me incentivou nos estudos, ela acreditava que eu poderia fazer algo pela aldeia. E esse se tornou meu sonho, minha meta e o motivo principal para nunca desistir.

Quando peguei o envelope nos correios da cidade mais próxima da aldeia e vi que tinha passado na melhor universidade de medicina do país, todo meu povo comemorou. Era como se a solução para todos os nossos problemas tivessem sido resolvidos, por causa de um papel.

Uma festa de despedida foi feita oito dias depois e foi nesse momento que eu percebi que teria que dar mais do que o meu melhor.

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