Em um mundo cheio de possibilidades uma mulher e um homem que estão tão perto, mas que nunca se esbarraram, são pegos pelo famoso "destino" que começará a entrelaçá-los numa jornada cheia de infortúnios, reviravoltas e possivelmente amor.
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ANY GABRIELLY
New York Mall.
Saímos do restaurante. Quase me tremendo eu deveria me recompor rapidamente. Como pode um homem abalar todas minhas estruturas? Me negava a sentir tal coisa.
Mas confesso que por isso eu não esperava: encarar o Urrea tão cedo assim. Além de ter conhecido seus pais. E como assim ele tem um irmão gêmeo?
Ouvir aquele "Any" acabou com meu psicológico. A voz contida, meio rouca e baixa dele. A afronta dele ao me responder. Tudo veio a tona. Não eram como se tivessem passado dez anos do que nos aconteceu em Omaha, mas eu estava tão naquele almoço com minhas amigas que por segundos eu havia esquecido da existia dele. Lembrei dos nossos momentos presos naquela avalanche e toda vez que isso vinha à minha mente, acontecia uma segunda avalanche no meio das minhas pernas.
Acolhida. Me senti assim ao conhecer a mãe e pai de Noah. Me trataram de forma simpática e parecem ser boas pessoas, aliás, o jeito deles me remeteu aos meus pais, aquela sensação de abrigo, amor e lar, mesmo que tenhamos trocado apenas algumas palavras
Atenta, percebi que Senhora Urrea me lançou um olhar diferente, com certo teor de curiosidade. Será que Noah contou pra ela da viagem? Da minha existência? Não. Acredito que não, ela pareceu surpresa genuinamente. E a maior das maiores surpresas: Nathan. Aquele ser humano idêntico ao Noah. Admito ter sentido uma espécie de arrepio nada bom, aquele beijo no dorso da minha que me deixou desconfortável. Foi um sentimento "estranho" que não sei explicar e obviamente a vibe e energia deles é oposta. Isso deu para reparar nitidamente. Alguma coisa entre eles não bate, tive essa ligeira impressão.
Tentando abstrair tais acontecimentos recentes apressei as meninas a voltarmos logo para a empresa, mas quer saber? Eu não ia me concentrar em nada e quando Sabi disse a palavra "shopping", mudei imediatamente meus planos topando ir. Adiarmos alguns trabalhos não ia nos atrapalhar em nada. Além de termos deixado a Patton, secretária substituta lá.
Enquanto elas falavam quais looks iriam querer montar para sairmos a noite, peguei a chave do carro na bolsa e dei falta de algo importante: meu celular.
Corri rapidamente de volta pro Louis, parei na recepção perguntando se tinham achado um iphone na mesa em que eu estava. Não tinha certeza se pus o celular na bolsa ou se havia caído depois. Vim olhando da calçada até aqui na esperança, mas nada vi. E se alguém pegou enquanto caiu na rua e me distraí?
Que merda!
— Celular?
— Sim, acredito que deixei meu celular por aqui. — expliquei pra menina lerdinha da recepção.
— Any, querida? — ouvi a voz conhecida de agora a pouco.
Era senhora Urrea me chamando.
Olhei para Noah bem rápido o vendo se levantar de repente, andei ligeira até eles.