Prólogo

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•  Seul, april • 

Jeno, um atleta de corridas de velocidade precisava de um ajudante após seu técnico falar que só voltaria a te treinar quando o corredor fosse menos cabeça dura e resolvesse seus problemas pessoais longe da equipe. Renjun um grande estudante da universidade parecia estar passado de ano no meio do semestre, mas restou uma única pendência, sem nenhuma atividade extra curricular.

A grande universidade de seol hoje em dia te garantia bolsas de estudos, mas em troca você seria parte do programa esportivo, competindo e levando o nome deles para cada canto do país, parecia uma troca justa.

Para aqueles que só queriam o esporte parecia maravilhoso ter patrocínio, suporte e uma equipe te ajudando, mas aqueles que so queriam cursar se sentiam frustados, muitos nesse caso escolhiam ter atividades extracurriculares, como ser cheerleader, administrar alas esportivas ou das bibliotecas da universidade.

Renjun pensou que passaria de ano ajudando o treinador quebrando um grande galho e seria fácil fazer tal coisa se não gaguejasse sempre que via um atleta falando consigo tão de perto, eles são grandes, brutos e claro, são ignorantes.

Poderia ser uma conclusão precipitada, mas era tudo o que via pelos cantos da universidade, mas Renjun era na dele, então todo maior contato físico, como segurar a cabeça do colega pelo braço enquanto bagunçava o cabelo e dando gargalhadas altas vendo a dor do outro era a maior brutalidade ja vista. —Mas ele queria isso, queria ter um grupo de amigos 'pra rirem alto também.—



— O que eu visto para um trabalho de ajudante? — Me perguntei enquanto mantinha os olhos no despertador e mantinha o cobertor pesado sobre o corpo e metade da cabeça, ainda estava tão cedo, quem marcou a essa hora queria começar a trabalhar antes do sol. — Espero que o de sempre sirva.

Coloquei meus casacos pesados de frio e com pelos perto do pescoço para me manter aquecido, não sabia exatamente onde o treinador iria me colocar, mas ser ajudante era melhor do que treinar para ganhar a média, nem que eu seja apenas alguém que recolhe toalhas dos jogadores de basquete, ou até mesmo o cara da água dos meninos de futebol, também posso dar meu jeito de ficar com cálculos mensais da equipe da universidade. — Quanto menor o contato, seria melhor pra mim. —

Saio do quarto com as mãos nos bolsos, reparo na movimentação do corredor e normalmente está lotado de pessoas esbarrando sem parar em meus ombros, sem pedir desculpas depois — oque é muito ofensivo se parar 'pra analisar— mas hoje não, hoje está calmo, com poucos estudantes carregando seus materiais para o andar de cima.

Perco cinco minutos apenas respirando e vendo o ar gélido tocar a ponta dos meus cílios enquanto logo a frente flores cerejeiras acordavam e caiam sobre o chão.

Desejei acordar cedo todos os dias.


—Hum, você é com quem irei trabalhar? — perguntei sem problema algum a um moreno alto que saía do corredor que ligava ao ginásio, estreitei os olhos, jurei já ter visto esse mesmo menino semana passada e ele estava com uma cor de diferente no cabelo, antes rosa.

— O que? Ali dentro só tem corredores de velocidade. — O garoto parou ombro a ombro do meu lado do corredor e respondeu olhando de lado pra mim.

—Certo, corredores...— Olhei diretamente pra entrada do ginásio logo a frente, se isso era mesmo a ala de atletismo, me pergunto como irei entrar carregando quilos de casacos de frio e não ter pensado nisso antes faz minha cabeça pesar. — Você não me respondeu, exatamente, o que eu queria.

— Olhe para os meus ombros largos. — O garoto moreno deu dois passos para trás, voltando agora a ficar frente a frente comigo, e sim, batemos ombro a ombro antes pelo motivo dos dele ser quase o dobro dos meus. — Minha área é a natação, reparou?

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