Capítulo Sete

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                                  POV Andi

Depois de mais um tempo dentro do armário de limpeza decidimos sair dali e ver o que o diretor estava fazendo para não ter escutado o alarme de incêndio.

– O que? – Digo abrindo a porta da sala do homem e a encontrando vazia.

– Parece que estamos sozinhas. - Emília diz se sentando na cadeira do diretor e abrindo o computador dele. – Vou apagar as filmagens. – Ela diz. – Puta merda. – Ela da um tapa em sua própria testa.

– O que foi? – Digo ficando do lado dela. – Lascou. – Digo também dando um tapa na testa. – Eu sabia que esse plano não iria funcionar, eu sabia. – Surto levemente.

O computador tinha senha.

– Fica calma, ok? – Emília diz me olhando. – Eu vou dar um jeito. – Ela diz com a mão no queixo pensativa. – Qual deve ser a senha?

– Do jeito que aquela mulher é tapada, deve ser o nome do cachorro dela. – Digo rindo.

Emília começa a teclar rapidamente no computador. – Meu deus é isso! – Emília exclama.

Quando olho para a tela do computador o vejo desbloqueado. – Mentira que era isso mesmo. – Eu digo soltando outra risada alta.

– Andi você é um gênio. – Ela diz abrindo os arquivos do computador e apagando as últimas filmagens da câmera do refeitório.

– Como sabia o nome do cachorro dela? – Pergunto curiosa.

– Eu já vi ela passeando no parque com o cachorro. O nome do cachorro é paçoca. – Emília diz rindo e se levantando da cadeira.

– Nossa quanto anos ela tem? Cinco? – Pergunto pegando meu telefone da caixa de papelão que estava em cima da mesa.

– Vamos voltar logo para a sala de detenção antes que ela volte. – Emília diz também pegando seu telefone na caixa.

– O que você acha de invés de ficarmos trancadas numa sala por quatro horas mexendo no celular, aproveitarmos que a escola está vazia? – Pergunto balançando as sobrancelhas.

– O que sugere que façamos? – Ela pergunta abrindo a porta da sala e saindo, eu bem atrás dela.

– Que tal um banho de piscina? – Eu digo sugestivamente. – Está calor. – Limpo o suor da minha testa.

– Boa ideia. Mas não temos biquínis aqui. – Emília diz enquanto caminhamos pelo corredor.

– É só usarmos calcinha e sutiã mesmo. – Digo como se fosse óbvio.

– Está doida? – Emília diz chocada parando de andar.

– O que? Não é como se nunca tivessemos nos visto de roupas íntimas antes. – Digo me lembrando do verão passado.

– Cala boca, Agosti. – Emília diz me empurrando levemente pelo ombro.

– Estou mentindo? – Emília bufa e começa a me puxar pela mão até a piscina da escola.

Fomos andando de mãos dadas até lá, e só percebo isso quando chegamos na área da piscina.

"A mão dela é tão macia." – Penso.

Quando ela percebe que ficamos de mãos dadas o caminho todo, solta minhas mãe bruscamente.

– Foi mal. – Ela diz sem graça.

– Tudo bem. – Digo a olhando.

– Então... Vamos entrar ou não? – Ela pergunta apontando para a piscina.

Detention - EndiOnde histórias criam vida. Descubra agora