𝑐𝑎𝑝𝑖𝑡𝑢𝑙𝑜 𝑑𝑒𝑧𝑒𝑛𝑜𝑣𝑒.

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P.O.V ARMIN ARLERT

Não sei por quanto tempo fiquei sentado naquele banco estofado do corredor do hospital, junto a Mikasa, que não me deixou só nem por um simples segundo.
A angústia no peito era maior ainda quando o tempo corria rápido, queria que todo esse inferno fosse apenas um pesadelo. Do qual eu queria acordar rapidamente.

- Senhor Arlert? - Ouço uma voz grossa mas calma chamar pelo meu sobrenome, levanto minha cabeça na direção em que a pessoa me chamou e vejo que era o médico que socorreu (S/N).

Me levanto assim que me chama e fico em sua frente, esperando para oque ele tinha de me falar.

- A paciente está começando agora a cirurgia, mas infelizmente pode correr riscos, a cirurgia é de um grau de risco muito forte, então peço para que tenham forças - Ele diz sério. E mais uma vez, não tenho reação, a não ser sentir as lágrimas escorrerem por meu rosto. Eu nem forças tinha mais, se é que eu já tinha.

- E o que ela tem doutor? Qual é o quadro da (S/N)? Eu preciso saber - Falo atônito demais, atropessando nas minhas próprias lágrimas. Vejo Mikasa ao meu lado, afagando meus ombros.

O médico suspira profundamente antes de me contar.

- A (S/N) está em um quadro grave, acho que não é nenhuma novidade para ninguém, já que dava para perceber como ela já chegou aqui no hospital - Ele começa, sinto minhas mãos soarem e tremerem. - A cirurgia que ela irá fazer será a remoção das duas balas que a perfuraram na coxa direita - antes que ele pudesse continuar eu o intervenho com perguntas.

- Desculpa doutor mas, ela vai perder o movimento da perna direita dela? E o baque na cabeça?

- Tenha calma rapaz, eu iria falar sobre isso agora.

Cruzo minhas duas mãos, para me distrair, poderia até me beliscar, a dor que eu sentiria poderia aliviar mas não se compara com a dor que eu sentia em meu coração e alma.

- Fiquem tranquilos que ela não irá perder o movimento, mas quando acordar terá que fazer fisioterapia para voltar a se acostumar a andar - arqueio uma de minhas sobrancelhas com isso. Mas, depois da cirurgia, ela acordaria depois de algumas horas, só se... - Mas agora vou explicar o motivo do quadro dela ser de risco, não é nem por conta da perna, mas sim da pancada que ela teve na cabeça. Infelizmente a (S/N) desenvolveu um coágulo no cérebro pelas pancadas que ela teve a julgar por tantas lanças de escada - Eu juro que eu poderia gritar naquele momento. Fecho meus olhos e me esgano pelo choro que começa a ficar pior.

- E porque não podem realizar uma cirurgia doutor? - Mikasa pergunta para mim, não estava no meu momento, só queria apenas escutar, eu nem sequer conseguia dizer sequer uma palavra.

- Bom senhorita, coágulos são bolsas de sangue, se fosse em outro local do corpo poderíamos até realizar uma cirurgia para drenar uma certa quantia dele, porém no caso da (S/N), esse coágulo se formou no cérebro e o local é bem sensível, então, as chances são zero de fazer uma cirurgia ali, ela poderia ter uma sequela pior ou poderia entrar em óbito no momento que poderíamos cogitar em mexer no local - Explicou ainda mais e senti a minha pressão baixar como nunca tinha abaixado antes em toda minha vida.

- Mas então, o que irá acontecer com ela? - Mikasa pergunta com a voz totalmente embargada. Ela queria encontrar consolo e apoio também mas não tinha ninguém. Até para isso eu não sirvo para nada.

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⏰ Última atualização: Jan 27, 2022 ⏰

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𝐎𝐧 𝐭𝐡𝐞 𝐰𝐚𝐲 𝐭𝐨 𝐭𝐡𝐞 𝐨𝐜𝐞𝐚𝐧 || 𝐴𝑟𝑚𝑖𝑛 𝐴𝑟𝑙𝑒𝑟𝑡 ¡♡Onde histórias criam vida. Descubra agora