Decisão

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Acordo ouvindo a companhia tocar e olho pro relógio do criado‐mudo, franzi o cenho vendo a hora

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Acordo ouvindo a companhia tocar e olho pro relógio do criado‐mudo, franzi o cenho vendo a hora.


Isso lá é hora de acordar alguém?

- Hum? ‐ e novamente o som se espalha pelo ambiente, me levanto colocando minha pantufa, pegando o meu hobby atrás da porta, e vou pro andar de baixo acendendo a luz.

Pego a chave da porta abrindo a mesma, logo indo pro portão, vendo se ouvia algo, só um grunido e um frio tremendo, abri o portão dando de cara com um bebê conforto, tirei o paninho que o cobria e vi um bebezinho.

Ele estava todo embrulhadinho.

- ué? - olhei ao redor sem ver nenhuma alma viva, voltei a encarar a criança que dormia calmamente - esse quebra cabeça tá muito confuso, e quem começou vai ter que terminar - falei pra mim mesma confusa.

Já começa que são 23 da noite, quem em plena sã consciência deixa uma criança na porta alheia nesse frio?

Peguei o bebê conforto, com cuidado pra não balançar muito e o bebê acordar, fechei o portão e entrei rapidinho pra dentro de casa, me sentindo mais quentinha, agora com o ambiente melhor iluminado, fui correndo ligar o aquecedor, pra aquecer mais a casa, e pude reparar melhor no bebê.

Cabelos castanho, branquinho, estava com uma chupeta azul, e um conjuntinho quentinho na cor verde, reparei em um saquinho, e peguei, retirei três envelopes, um deles continham meu nome e os outros dois apenas bebê.

Engoli em seco realmente sem ação.

- olha, se isso for brincadeira, é uma de muito mal gosto - falo, vai que tem uma escuta no bebê conforto, mais nada acontece - como as pessoas têm coragem de deixar um bebê na porta alheia? Mas se deixaram aqui, é porque me conhecem - encarei a carta que tinha meu nome novamente.

Resolvi abrir e ler ela, vai que tem uma explicação pra tudo isso...

Bom, você deve estar se perguntando o por que de eu ter deixado meu bebê na sua porta né?

Concordei...

Queria dizer que eu sei que não tem perdão, e não espero receber ele, estou pagando por tudo que eu fiz por ele, eu não dei nome a esse anjinho, então fique a vontade pra dar o que preferir, peço para que não entregue ele ao concelho tutelar, não quero meu bebê com desconhecidos.

Winter Cardin - Conexão Onde histórias criam vida. Descubra agora