- Piloto

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20 de dezembro de 2021

𝐉𝐚𝐜𝐤𝐬𝐨𝐧 dirigia o Impala de seu tio Jeffrey, lentamente as cinco e meia da manhã pelas estradas de Denver, que estavam completamente cobertas de neve naquela noite. No rádio do carro, tocara um rock antigo, o fazendo bater os dedos no volante, junto ao ritmo da música, enquanto cantarolava em baixo tom.

O dia já estava amanhecendo. Na rodovia 72, havia apenas um garoto loiro de dezoito anos, dirigindo um Impala 67 preto, absurdamente brilhoso, a ponto de conseguir refletir nitidamente o brilho da lua no capô. Estava a vinte minutos de sua casa, seu celular que estava dentro do porta luvas, começara a vibrar, tocando escandalosamente, o assustando.

-Porra de celular que não para de tocar - deixara uma mão no volante, e com a outra enquanto se esticava usou para abrir o porta luvas. Ao abrir se deparou com o visor do celular virado para cima, oque facilitou para que pudesse ver quem estava ligando. De imediato, achou que fosse seu tio, para saber o porque ele não havia chegado em casa ainda, já que não voltou para casa nos últimos três dias.

Na tela havia um número sem identificação, com a descrição de Spam. O garoto se questionou diversas vezes se deveria ou não atender, mas algo dentro de seu coração lhe dizia que aquela ligação poderia ser importante. As borboletas em seu estômago então se formaram rapidamente, o nervosismo em seu corpo o fazia tremer. Olhou para o retrovisor do carro uma última vez, admirando o nascer do sol tão claro que o fez lacrimejar os olhos, encarou o botão verde, onde havia um símbolo de telefone, suspirou em desdém e nele apertou.

-Alô? - suas mãos começaram a suar, quando ouviu do outro lado da linha uma voz grossa dizer o seu nome.

-Jackson Teller? - seu coração parecia uma escola de samba, seu estômago estava se auto revirando de ansiedade, suas mãos suando de uma maneira incontrolável, nem mesmo o ar-condicionado do carro estava o ajudando naquele momento.

Um número totalmente estranho, lhe faz uma ligação as cinco da manhã, perguntando sobre você, dizendo justamente o seu nome e sobrenome, qualquer pessoa entraria em desespero. Mas Jax não estava em pânico por isso, mas sim porque algo lhe dizia em seu coração, que a partir do momento em que atendesse a ligação, tudo em sua vida poderia mudar.

- Quem é? - o silêncio se fez presente dentro de segundos - Quem tá falando?

- Não importa. Eu quero que você me escute e preste muita atenção em cada palavra que vou lhe dizer. Se você colaborar comigo, garanto que será uma ligação rápida - apavorado começara a cogitar a possibilidade daquele homem estar o seguido, ou o rastreando, mesmo estando apenas ele e seu carro naquela estrada vazia. Então começara a pisar cada vez mais fundo no acelerador.

- Do que você está falando? - o silêncio tornou-se novamente por alguns segundos.

- Eu preciso da sua ajuda Jackson. Presta atenção, quero que pegue tudo de mais valioso que tenha para si, se quiser algumas roupas, pertences. Amanhã após o seu baile de formatura, vá para a rua Norton Boulevardy N°508, sozinho, sem que ninguém te veja. Certifique-se que ninguém estará o seguindo antes de ir. - a voz se calou, assim permanecendo, a espera de alguma resposta.

Jax acabara de completar dezoito anos. Estava terminando o ensino médio, partiria para a faculdade em menos de um mês e meio juntamente com Amaya. Tinha uma vida espetacular. Uma namorada perfeita, casa perfeita, um carro perfeito. Bom, tecnicamente o carro não era bem seu, mas era como se fosse, Jeffrey nem ao menos entrava naquela máquina já haviam muitos anos.

A vida que muitos garotos do colégio sonhavam em ter, Jackson Teller tinha. Era invejado, não só pela beleza física, que aliás faziam todas as garotas do colégio inteiro disputarem por ele, e isso deixava os outros garotos com muita raiva dele. Como também pelo seu jeito seguro de ser, educado, focado, direto, e objetivo. Embora soubesse ser um completo filho da puta quando precisasse.

𝐎 𝐩𝐚𝐬𝐬𝐚𝐝𝐨 𝐬𝐞𝐦𝐩𝐫𝐞 𝐯𝐨𝐥𝐭𝐚 - 𝐉𝐀𝐗 𝐓𝐄𝐋𝐋𝐄𝐑 Onde histórias criam vida. Descubra agora