O senhor dos ossos de Sukeegi

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O murro na costela custou mais que o ar. Também cuspiu sangue. Encurvado de dor abriu brecha. Chute na jugular. Esse oponente era honrosamente desleal por não cometer a pachorra de conferir mais dignidade à ética do que ao risco da morte, naquele caso: ele que estava sendo debulhado na porrada até que um empurrão enfurecido enfim garantiu espaço. Uma pausa para bufar bafo de sangue e cálcio.

Embriagados os bestiais brutamontes botaram as pernas a rumar rápido para se fazerem de aríetes. Sem temor, não hesitaram retardo ou recuo. Aquele que já tinha apanhado foi o isolado. Rudemente bateu em pedra fraca que se esfarelou nas costas dele. Certamente sentiu e sofreu a dor mas continuou íntegro e motivado.

O oponente, coitado. Vementemente estático no lugar do choque, vaidoso de se achar viril, fraquejou segurando seu ombro quebrado. Talvez até só deslocado. Mas a auto piedade de querer abrandar ferimento era o que bastava para "definitivar" sua derrocada.

O senhor dos ossos de Sukeegi levantou sacudindo o pó da pedra que não perdurou ao recebê-lo. Penando agonia enorme, enojou indiferença andando rumo ao amedrontado. Uma só vez pôs a mão no oponente. Segurou o topo daquela cabeçona com uma só palma. Com a força dos dedos espremeu a carne para garantir aderência. Subitamente, subiu o braço arrancando o côco do resto do corpo.

Similares são as estórias de todos os outros crânios que coleciona e veste. A não ser seu capacete. A estória do capacete é uma estória bem mais pitoresca. 

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⏰ Última atualização: Mar 05, 2022 ⏰

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